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Polisport: Azeméis "acelera" pelo mundo com peças para motas e bicicletas

Fundada há 40 anos por um apaixonado pelas duas rodas, a empresa nortenha emprega cerca de 250 pessoas e é líder mundial de porta-bebés, afirmando-se neste momento no mercado pelo fabrico europeu.

18 de Dezembro de 2018 às 15:15
A Polisport Plásticos lidera o mercado mundial nas cadeiras de bebés para bicicletas. Nuno Fonseca
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Polisport -  Menção Honrosa - PME Exportadora de Bens Transaccionáveis

Em 1978, com apenas 18 anos, Pedro Araújo era um praticamente amador e entusiasta do motociclismo "off-road" (modalidades enduro e motocross) e, face à dificuldade em encontrar artigos de reposição, decidiu começar a produzir peças plásticas para motos. Em meados da década de 1980, percebendo que as bicicletas também precisavam de muitos produtos similares - como manetes, punhos ou guarda-lamas -, o jovem empreendedor nortenho começou também a produzir esse tipo de acessórios.

Fruto desta paixão do ainda accionista maioritário e presidente executivo pelo mundo das duas rodas, a Polisport Plásticos factura actualmente cerca de 28 milhões de euros por ano, com a exportação a pesar 97% do total. No segmento das bicicletas, que é o mais relevante no negócio, embora tenha outros acessórios, como capacetes, guarda-lamas, bidões ou protecções, as cadeiras de criança são o principal produto e imagem da marca, liderando a produção a nível mundial com mais de meio milhão de unidades anuais.

Nos produtos de plástico conseguimos ter o processo de A a Z. Temos departamento de engenharia, de inovação, uma empresa que faz a concepção e o fabrico do molde, outra que faz a injecção da peça plástica e depois a parte de montagem e toda a força comercial.  Paulo Freitas
Director comercial da Polisport Plásticos 

Essa posição de liderança chegou em 2013, quando tomou a "decisão estratégica" de adquirir 100% da concorrente holandesa Bobike, uma marca "premium" que veio completar o portefólio. Se na área da bicicleta, Holanda, Alemanha e França são os melhores mercados, as peças plásticas que produzam para os fabricantes de motos KTM, Husqvarna, Gas Gas ou Suzuki, além dos produtos de catálogo com marca própria, têm como principal destino os EUA.

Uma terceira área de negócio "com peso", que iniciou há pouco mais de uma década e que mantém com um único cliente do Norte da Europa, são as cadeiras para transportar bebés em automóveis. Envolve a produção de peças plásticas, a montagem da cadeira e a gestão logística em mais de 30 países para uma marca norueguesa, com o director comercial, Paulo Freitas, a frisar que "a parceria com este cliente está a crescer e já é o terceiro melhor cliente" para a empresa de Oliveira de Azeméis, que emprega 250 pessoas.

Fabrico europeu e brasileiro

Parte de um grupo constituído por seis empresas e um total de 380 trabalhadores, nos produtos de plástico consegue ter "o processo de A a Z", com todas as valências dentro de portas. "Temos departamento de engenharia, de inovação, uma empresa que faz a concepção e o fabrico do molde, outra que faz a injecção da peça plástica e depois a parte de montagem e toda a força comercial", ilustra o responsável comercial. "Constantemente a ser contactado" por empresas internacionais, Paulo Freitas completa que, além disso, "uma das mais-valias neste momento é produzir na Europa", onde "há muitas marcas, mas pouca produção industrial".

Ao nível da internacionalização, para a marca holandesa Bobike, a Polisport Plásticos tem a parte de desenvolvimento de produto e de marketing na Holanda. E há três anos fez uma "joint-venture" no Brasil para o fabrico local de produtos para bicicletas destinados ao mercado sul-americano, fintando assim as "elevadíssimas" taxas de importação, e conta com uma força de vendas própria, tem sido este "o primeiro ano em pleno com esta metodologia de trabalho".
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