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Os desafios da recessão e da escassez

Os maiores desafios que a Bosch Security Systems enfrenta são o desconhecido, a recessão que se alastra a nível mundial e a escassez de recursos humanos e materiais.

07 de Outubro de 2022 às 12:00
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Os anos de 2021 e 2022 foram marcados pela pandemia de covid-19, cujo processo de recuperação foi afetado pelas questões energéticas, inflação e pela guerra na Europa, com a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Nesta altura, em termos globais, António Pereira, plant manager da Bosch Security Systems, faz um balanço muito positivo. “Surgiram muitos desafios que nos fizeram crescer como organização e muitas oportunidades que sulcam o nosso percurso e crescimento sustentado. A pandemia foi uma vida dentro da vida, que superámos com excelência. A escassez de material afetou-nos de forma leve, pois fomos, como organização, muito ágeis e dedicados”, explica o plant manager da Bosch Security Systems, empresa vencedora da categoria Exportações – Multinacional na edição do ano passado dos Prémios Exportação & Internacionalização, uma iniciativa do Jornal de Negócios e do Novo Banco, em parceria com a Iberinform Portugal.

Os aspetos mais críticos são os que têm impacto na produção e no desenvolvimento do negócio e para esses tem de se encontrar soluções. “Os custos de transporte e custos de eletricidade (não consumimos gás) tiveram um impacto muito negativo na nossa competitividade, contudo estamos a implementar projetos para minimizar os efeitos e recuperar parte dessa perda de competitividade. A título de exemplo, a implementação de um parque de painéis fotovoltaicos de 1 mW/h de potência instalada”, explica António Pereira.

A recessão mundial

Por sua vez, o conflito que grassa no Leste da Europa, segundo António Pereira, “em termos de negócio não teve ainda um impacto muito apreciável, já ao nível humano, e como a organização é composta por pessoas, deixa-nos a todos estupefactos, apreensivos e muito tristes com tanta desumanidade. Contudo, maiores e mais imprevisíveis efeitos são expectáveis pois não se perspetiva o fim desta situação, parecendo a paz e a prosperidade comuns estarem comprometidas por longo tempo.”

Quanto às perspetivas para 2023, António Pereira refere que “a conjuntura atual é desfavorável, quer em termos de competitividade e custo, quer em termos de ‘supply chain’. Adaptámos a organização. Também a bipolarização traz desafios e oportunidades. E neste momento estamos centrados nas oportunidades e no crescimento.” Mas não deixa de considerar que “os maiores desafios são o desconhecido, a recessão que alastra a nível mundial e a escassez de recursos humanos e materiais”.

 

A conjuntura atual é desfavorável, quer em termos de competitividade e custo, quer em termos de ‘supply chain’. Adaptámos a organização. Também a bipolarização traz desafios e oportunidades. António Pereira
Plant manager da Bosch Security Systems

 

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