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Cerimónia entrega de prémios: Novo Banco quer honrar tradição de apoio às empresas

O Governo diz que é tempo de as empresas encontrarem novas formas de se financiarem, para lá dos capitais públicos. Só assim conseguirão chegar cada vez mais longe, contribuindo para o emprego. A banca diz-se disponível para dar um empurrão neste salto. Haja vontade para arriscar.

06 de Fevereiro de 2015 às 10:37
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A cerimónia reuniu duas centenas de convidados no Four Seasons Hotel Ritz em Lisboa, naquela que é a quarta edição da iniciativa conjunta do Novo Banco e do Negócios.

 

 

É em tom de promessa que Eduardo Stock da Cunha traça a posição do Novo Banco no que diz respeito ao apoio às empresas nacionais. "O Novo Banco vai tentar continuar a ser o banco de referência das empresas", afirmou durante a cerimónia de entrega dos Prémios Exportação e Internacionalização, uma iniciativa conjunta do Novo Banco e do Negócios.


No fundo, o presidente desta instituição bancária quer honrar uma tradição iniciada com o seu antecessor -o Banco Espírito Santo (BES) - para continuar a ser "o banco das empresas". "Quando cheguei ao Novo Banco há cinco meses, percebi que era um animal diferente do resto da banca portuguesa", explicou ao auditório com mais de 200 convidados.


A diferença está precisamente nessa capacidade de apoiar as pequenas e médias empresas nos desafios da aposta nos mercados externos. Ainda assim, o banqueiro acredita que as empresas só deverão dar esse passo além-fronteiras quando forem "extremamente competitivas" em território nacional.


O desafio estende-se a todos os sectores de actividade, mesmo os mais "tradicionais". "Não podemos pensar que o nosso futuro é exportar [apenas] nos sectores com maior densidade tecnológica", reforçou.


Actualmente, o Novo Banco trabalha com cerca de 40% das companhias nacionais. As mesmas representam um total de 72% dos créditos concedidos por esta instituição bancária.


Também António Pires de Lima espera que essa tradição iniciada com o BES no apoio às empresas se mantenha, através de um "esforço equilibrado". "Faço votos para que o Novo Banco tenha, após a transição imprevista do último Verão, uma actividade centrada naquilo que é essencial: o apoio à economia", afirmou, dirigindo-se a Eduardo Stock da Cunha.

 

Ainda assim, o ministro da Economia pede às empresas que procurem diversificar as suas fontes de financiamento para lá da esfera pública. Perante um "empreendedorismo sustentado no capital do Estado [que] está verdadeiramente condenado ao fracasso", o governante sugere aos accionistas que encontrem novos parceiros de negócio ou invistam mais do seu próprio capital. "É sempre difícil aumentar os capitais próprios", reconheceu.


O retorno, garantiu, irá muito além da esfera corporativa. "Só o investimento consegue combater o maior flagelo social, o desemprego", actualmente fixado na casa dos 13%, e fazer crescer o consumo e a própria economia. Os primeiros passos nesse sentido já foram dados e o mérito é dos empresários, como tem evidenciado com frequência nos seus mais recentes discursos.


"A maior reforma que se verificou em Portugal nos últimos anos foi uma reforma de mentalidade nas empresas", garantiu, apesar do esforço do Executivo para criar condições mais favoráveis ao investimento.


Apesar de admitir que é necessário reduzir a carga fiscal que pesa sobre famílias e empresas no país, Pires de Lima acredita que "só é possível reduzir drasticamente os impostos se tivermos orçamentos equilibrados".


É preciso que as empresas se foquem num mercado cada vez mais global. "Hoje não somos orgulhosamente um país só, mas um país que exporta mais do que importa", concluiu.

 

Novo Banco e Negócios premiaram 15 empresas 

Sala cheia no Hotel Ritz, em Lisboa, para assistir à cerimónia de entrega dos prémios Exportação e Internacionalização, atribuídos pelo Novo Banco e o Negócios, a qual contou com a presença do ministro da Economia, António Pires de Lima. Estes prémios distinguiram as empresas com melhor performance exportadora e aquelas que se se assumem como casos de sucesso na internacionalização. Para a posteridade fica a foto de família de todos os premiados.

 

 

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Lista de vencedores


Prémios Exportação


Melhor Grande Empresa Exportadora Bens Transacionáveis
Vencedor: Riopele
Menção Honrosa: Lameirinho
Menção Honrosa: Pavigrés

 


Melhor Grande Empresa Exportadora Serviços
Vencedor: WeDo Technologies

 


Melhor PME Exportadora Bens Transacionáveis
Vencedor: J M Gonçalves Tanoaria
Menção Honrosa: Sidónios Íntimo


Melhor PME Exportadora Serviços
Vencedor: Vision-Box

 


Prémio Exportação + Emprego
Vencedor: AM Classic Furniture

 


Prémio Exportadora Revelação
Vencedor: Nautilus

 


Prémio Melhor Exportadora com Capitais Estrangeiros
Vencedor: Browning Viana

 


Prémio Associação Empresarial
Vencedor: Cefamol

 


Prémio Especial do Júri
Vencedor: Sovena

 


Prémios Internacionalização


Prémio Grandes Empresas
Vencedor: Sugal

 


Prémio PME
Vencedor: Carfi

 


Prémio Revelação
Vencedor: Ancorpor

 

 

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