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A banca ajuda as empresas portuguesas a crescerem

O sector da metalurgia e metalomecânica é o maior exportador industrial e atingiu um novo máximo em 2015.

15 de Março de 2016 às 16:00
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Qual o papel do sector financeiro no crescimento das empresas portuguesas? "Deve ser um facilitador da vida das empresas", respondeu o administrador do Novo Banco, José João Guilherme.

O papel da banca no mundo empresarial foi precisamente um dos temas em destaque na mesa- redonda realizada durante a cerimónia de entrega dos Prémios Exportação e Internacionalização, uma iniciativa conjunta do Novo Banco e do Jornal de Negócios.

"A banca deve facilitar a vida das empresas, para que, por exemplo, quando a Sogepoc vende concentrado de tomate receba a tempo e horas ou para que tenha os financiamentos necessários", afirmou o gestor.

E, num momento em que o país ainda conta com uma taxa de desemprego superior a 10%, "é importante criar emprego e boas empresas". Nesse âmbito, a "banca está mais do que disponível para bons projectos", garantiu José João Guilherme.

O sector industrial mais exportador de Portugal é a metalurgia-metalomecânica, que registou o seu melhor ano em vendas para mercados internacionais em 2015.

Analisando os fundos de apoio à exportação do Portugal 2020, o sector industrial mais exportador do país deixa elogios. "Há vários instrumentos ligados à internacionalização muito interessantes e que estão a ser muito bem utilizados pelas empresas", disse Gonçalo Lobo Xavier, assessor da AIMMAP, associação de empresas de metalomecânica e metalurgia.

O representante do sector aponta que o Portugal 2020 "é um instrumento relativamente simples do ponto de vista burocrático. A burocracia era de facto um entrave muito grande para as empresas e, nesse aspecto, melhorou-se muito", afirmou Lobo Xavier, destacando que o Portugal 2020 tem "feito o seu caminho" e tem "melhorado bastante".

Também analisou os restantes incentivos actualmente disponíveis e expressou a sua opinião. "Parece-me insuficiente o aproveitamento dos outros fundos europeus como o Horizonte 2020 ou mesmos os fundos do chamado Plano Juncker", começou por apontar.

"Não me parece que exista em Portugal , como noutros países, um aproveitamento, uma estratégia quer do Estado, quer das empresas, para os fundos do Plano Juncker", afirmou Gonçalo Lobo Xavier.

Uma das empresas que já está a utilizar os fundos do Portugal 2020 é a Vision Box, empresa de sistemas de controlo automático de fronteiras.

"Temos já dois projectos em curso do Portugal 2020 e estamos a fazer outras candidaturas", afirmou o presidente da empresa, Bento Correia.

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