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Garantir uma gestão da inovação estruturada e sistemática

A inovação não é um tema decorativo, é uma parte natural de qualquer estratégia para promover o crescimento, explica Sérgio Silvestre, innovation labs & portfolio director da Claranet Portugal.

05 de Janeiro de 2024 às 12:51
Sérgio Silvestre, innovation labs & portfolio director da Claranet Portugal
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A Claranet é uma empresa tecnológica cujos pilares assentam na inovação. Ao longo da sua história, a Claranet Portugal foi pioneira em vários temas, desde o início da própria Internet comercial em Portugal com a Esotérica, a modelos de negócio, até ao nascimento da cloud no nosso país.

Graças à aposta feita em inovação, uma pequena startup que começou com cinco pessoas transformou-se em duas décadas numa empresa com cerca de mil colaboradores, sendo um dos principais fornecedores de serviços de tecnologias de informação em Portugal, com mais de 200 milhões de euros de volume de negócios.


Para continuar a crescer de forma estruturada sentiram a necessidade de seguir uma abordagem mais estruturada e sistemática da gestão da inovação e, no início de 2022, decidiram criar a Claranet Labs. Falámos com Sérgio Silvestre, innovation labs & portfolio director da Claranet Portugal, para saber como se implementa e mede a inovação dentro da empresa.

 

Como promovem a colaboração interna para gerar inovação?

Com uma iniciativa que permite a todos os colaboradores apresentarem novas ideias que possamos experimentar e testar; procurando depois financiá-las, principalmente com recursos internos. Queremos que essas ideias se transformem em projetos, em serviços e em receitas futuras, ou numa empresa mais eficiente.

Também investimos na construção de um novo escritório onde vamos procurar criar alguns laboratórios nas nossas áreas core: Cloud, Security, Data & AI, Applications e Workplace.

Temos a sorte de trabalhar com as melhores tecnologias de parceiros e queremos ter espaços para não só as testarmos e potenciarmos, como para potenciar novos produtos, serviços e processos para a Claranet.

 

De que forma medem o impacto da vossa inovação dentro da empresa? As métricas são as mesmas que aplicam para avaliar os projetos dos clientes?

O impacto da inovação nesta fase é sobretudo focado em novos (ou melhorados) serviços ou processos. Gerimos os projetos como se estivéssemos a gerir os projetos dos clientes, mas obviamente tendo objetivos específicos e maior espaço para falha, porque estamos tipicamente a fazer algo menos conhecido por nós e pelo mercado.

 

Como promovem uma colaboração interna para melhorar a inovação?

Procuramos e valorizamos projetos que juntem equipas diferentes da nossa organização. É nessa interceção e nessa colaboração que sentimos que temos mais valor para criar. Diria que inovação e colaboração interna se autoalimentam.

Damos visibilidade interna às várias ideias que surgem e às que evoluem para algo mais, mas também à iniciativa daqueles que tiveram a ousadia de propor ideias, mesmo que não se transformem em novos serviços. Arriscar, testar e ousar são os comportamentos que tentamos incentivar. Alguns vão mais longe, outros não, mas é esse o espírito que fomenta a inovação.

 

Como avaliam o risco da inovação na Claranet?

Não seguimos uma abordagem sistemática de avaliação do risco. Seguimos uma abordagem por projeto e, como tal, do ponto de vista do investimento, sabemos qual o nível de compromisso e risco que podemos aceitar.

 

Como abordam a falha? Como um processo natural da inovação?

Diria que a pergunta dá a resposta. Falhar é natural e humano. Em situações em que estamos a tentar chegar a algo novo, ou substancialmente melhorado face ao que fazemos e ao que existe no mercado, ainda mais.

O fundamental é tentarmos falhar nas áreas em que aquilo que aprendemos - ao falhar - será útil para os projetos seguintes (seja em projetos de inovação internos, ou em projetos dos nossos clientes).

2ª edição do PNI A segunda edição do Prémio Nacional de Inovação (PNI) arranca em janeiro de 2024. Esta é uma iniciativa promovida pelo Jornal de Negócios, BPI e Claranet, conta com o patrocínio da Galp, e a ANI - Agência Nacional de Inovação e a COTEC Portugal como parceiros institucionais e a Nova SBE como knowledge partner. Mais informação em premionacionaldeinovacao.pt.
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