Como se alinha o projeto MIT com as iniciativas europeias de requalificação da força de trabalho?
O projeto MIT está extremamente alinhado com as iniciativas europeias de requalificação, cuja principal preocupação é a preparação da força de trabalho com as competências digitais para o mercado de trabalho atual e futuro. Ao desenvolver uma solução que permite a identificação de talento para a área TIC, baseada num modelo preditivo de AI e ML, livre de erros humanos e vieses cognitivos, a Code for All está a contribuir para a requalificação da força de trabalho, minimizando as consequências da digitalização, que se espera que force a extinção de mais de 800 milhões de postos de trabalho até 2030.

Quais os objetivos europeus?
O Digital Compass da UE definiu como objetivo 80% da população com digital skills básicas até 2030; no entanto, os especialistas estimam que, na realidade, apenas 64% dos europeus atingirão o target. Em resposta a estes desafios, iniciativas como o MIT são essenciais. A complexidade e a escala das necessidades de reskilling e upskilling exigem soluções inovadoras e disruptivas, como defendido pela Comissão Europeia através de programas como a European Skills Agenda.

Como garantem que o MIT não introduz vieses na seleção de profissionais candidatos ao bootcamp?
Todo o desenvolvimento do projeto e o próprio modelo de dados foi feito de forma a retirar os vieses na identificação de talento para ser requalificado. Quando um utilizador entra na MIT, é-lhe atribuído um ID anonimizado, excluindo todos os atributos sensíveis, como os dados demográficos. Além disso, o cálculo do score é feito pelo modelo, não dependendo de qualquer interação humana, sendo também esse um ponto crucial de forma a evitar subjetividade e falta de imparcialidade. Por fim, a Code for All toma todas as medidas possíveis de teste de subconjuntos de dados e validação do modelo, para identificar possíveis falhas tanto de desempenho como de viés, garantindo o correto funcionamento do mesmo.