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Agricultor de corpo e alma, Joaquim Pedro Torres tem dedicado as últimas décadas à atividade e tem procurado contribuir, enquanto agente ativo, para a divulgação e evolução do setor. O vasto percurso valeu-lhe a eleição como vencedor do Prémio Personalidade da 11ª edição do Prémio Nacional de Agricultura, entregue em mãos por Maria do Céu Antunes, ministra da Agricultura e da Alimentação, Pedro Barreto, administrador do BPI, e Ana Dias, administradora financeira da Cofina. "Este prémio enche-me de orgulho e satisfação", afirmou Joaquim Pedro Torres, durante a cerimónia realizada em Lisboa, dedicando a distinção a todos os agricultores.
Fundador e diretor-geral da Valinveste, empresa que se dedica à produção agrícola, mas também à preparação de projetos de investimento e ao acompanhamento técnico das explorações, Joaquim Pedro Torres tem uma visão abrangente da agricultura. "É uma ciência complexa em que interagem muitos fatores de forma diferente e, por isso, a experiência que se apanha do operador de máquinas ou do responsável da exploração acaba por ser decisiva na nossa aprendizagem", reconheceu. É esta dimensão de diversidade que, acredita, contribui para o sucesso de uma atividade desafiante para quem a pratica, mas essencial para a economia e para a produção alimentar do país.
Foi também a preocupação com a imagem pública da agricultura que o levou a criar, em 2009, a Agroglobal, uma das maiores feiras do setor a nível europeu. Em entrevista recente ao Jornal de Negócios, Joaquim Pedro Torres explicou que o agricultor "era visto como alguém que não estava muito bem preparado e que vivia de subsídios", algo que considera não corresponder à verdade, e que justificava a criação de um evento profissional para promover o agronegócio.
Durante a cerimónia, o "arquiteto" do certame aproveitou a oportunidade para agradecer ao BPI a confiança depositada no projeto desde o início, um "selo de confiança" que permitiu atrair outras instituições bancárias para a iniciativa. "É um banco que teve bastante importância na criação da Agroglobal", reforçou.
Mas foi também a importância do setor que quis sublinhar à boleia da distinção recebida - não apenas na coesão territorial, como na qualidade dos seus agentes. "Encontrei no setor agrícola sempre um património muito grande de valores humanos, uma reserva de valores morais que penso que está presente na agricultura", apontou. Por acreditar no que a atividade "tem para dar a este país", Joaquim Pedro Torres lembrou a necessidade de o país investir mais nesta área, que "pode ter impactos económicos muito importantes" e "contribuir para criar um país mais equilibrado", reduzindo as assimetrias entre litoral e interior.
Aliás, a este propósito, na entrevista que deu ao Jornal do Negócios, destacou o caso do Alqueva como exemplo ao potenciar o desenvolvimento das regiões de baixa densidade populacional. "O Alqueva agarrou na região do Baixo Alentejo que definhava, porque a sua atividade agrícola não era eficiente nem competitiva, e depois de uma obra de rega extraordinária, originou uma enorme reconversão na agricultura, fazendo hoje do Alqueva um exemplo mundial", destacou.
Afastado da organização da feira do agronegócio, responsabilidade que deixou para se poder dedicar a outras atividades, Joaquim Pedro Torres garante que irá manter-se ao serviço do setor nos próximos anos. "Não sou um jovem agricultor, mas estou preparado para continuar a trabalhar", afiança.
Fundador e diretor-geral da Valinveste, empresa que se dedica à produção agrícola, mas também à preparação de projetos de investimento e ao acompanhamento técnico das explorações, Joaquim Pedro Torres tem uma visão abrangente da agricultura. "É uma ciência complexa em que interagem muitos fatores de forma diferente e, por isso, a experiência que se apanha do operador de máquinas ou do responsável da exploração acaba por ser decisiva na nossa aprendizagem", reconheceu. É esta dimensão de diversidade que, acredita, contribui para o sucesso de uma atividade desafiante para quem a pratica, mas essencial para a economia e para a produção alimentar do país.
Foi também a preocupação com a imagem pública da agricultura que o levou a criar, em 2009, a Agroglobal, uma das maiores feiras do setor a nível europeu. Em entrevista recente ao Jornal de Negócios, Joaquim Pedro Torres explicou que o agricultor "era visto como alguém que não estava muito bem preparado e que vivia de subsídios", algo que considera não corresponder à verdade, e que justificava a criação de um evento profissional para promover o agronegócio.
Durante a cerimónia, o "arquiteto" do certame aproveitou a oportunidade para agradecer ao BPI a confiança depositada no projeto desde o início, um "selo de confiança" que permitiu atrair outras instituições bancárias para a iniciativa. "É um banco que teve bastante importância na criação da Agroglobal", reforçou.
Mas foi também a importância do setor que quis sublinhar à boleia da distinção recebida - não apenas na coesão territorial, como na qualidade dos seus agentes. "Encontrei no setor agrícola sempre um património muito grande de valores humanos, uma reserva de valores morais que penso que está presente na agricultura", apontou. Por acreditar no que a atividade "tem para dar a este país", Joaquim Pedro Torres lembrou a necessidade de o país investir mais nesta área, que "pode ter impactos económicos muito importantes" e "contribuir para criar um país mais equilibrado", reduzindo as assimetrias entre litoral e interior.
Aliás, a este propósito, na entrevista que deu ao Jornal do Negócios, destacou o caso do Alqueva como exemplo ao potenciar o desenvolvimento das regiões de baixa densidade populacional. "O Alqueva agarrou na região do Baixo Alentejo que definhava, porque a sua atividade agrícola não era eficiente nem competitiva, e depois de uma obra de rega extraordinária, originou uma enorme reconversão na agricultura, fazendo hoje do Alqueva um exemplo mundial", destacou.
Afastado da organização da feira do agronegócio, responsabilidade que deixou para se poder dedicar a outras atividades, Joaquim Pedro Torres garante que irá manter-se ao serviço do setor nos próximos anos. "Não sou um jovem agricultor, mas estou preparado para continuar a trabalhar", afiança.