"Os temas da diversidade e inclusão estão hoje mais presentes nos vários níveis das empresas", refere Pedro Rocha Matos, senior client partner da Korn Ferry. "As empresas portuguesas estão a fazer o seu caminho. No entanto, é preciso não esquecer que a grande maioria das nossas empresas são PME e muitas de perfil familiar, no entanto, também nestas se vêem bons exemplos, de diversidade na gestão, com gestores profissionais, com estrangeiros, com diferentes backgrounds. Nas grandes empresas são os accionistas internacionais a fazer o 'drive' da mudança."

Segundo Maria Antónia Torres, existem empresas em Portugal em diversos estádios de desenvolvimento face ao tema até porque sendo "um tema que implica alguma mudança cultural, não acontece imediatamente. É preciso reflexão sobre o tema e um caminho a percorrer." Mas "há empresas já com uma cultura de diversidade e com uma prática consistente na matéria", refere a membro da comissão executiva e líder da Diversidade da PwC.

"Existem várias velocidades e vários estados de maturação relativamente a este tema", salienta Paula Guimarães, presidente do GRACE. No entanto, a sua experiência de discussão em torno da implementação da Carta Portuguesa para a Diversidade, iniciativa da União Europeia, para encorajar os empregadores a implementar e desenvolver políticas e práticas internas de promoção da diversidade dá-lhe uma outra visão. Reconhece que há cada vez mais empresas portuguesas que incorporam nas suas práticas, nos seus modelos de gestão, uma preocupação genuína e autêntica pela promoção da diversidade. "Naturalmente, existem muitas outras que estão a fazer o seu caminho, que não é fácil porque é um caminho de entendimento mútuo, de conversão gradual de métodos, de práticas, de códigos de conduta e, sobretudo, de atitudes individuais dos colaboradores e dos gestores", conclui.