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A conta bancária é o mais básico dos produtos financeiros que um consumidor pode ter. Em muitas situações, é mesmo obrigatória para que possam receber o salário. Mas, nos últimos anos, ter uma conta bancária tem vindo a ficar cada vez mais caro. E também alguns dos principais serviços associados às contas viram as suas comissões aumentar. Mas há forma de evitar estes encargos ou pelo menos reduzi-los?
Para começar, é importante que os consumidores estejam atentos à oferta que existe no mercado. E esta é muito diversificada no que diz respeito a contas. Contas à ordem, contas pacote, contas-base e contas de serviços mínimos bancários. Antes de fazer uma escolha, devem definir as suas necessidades para perceber qual o produto que melhor as satisfaz.
As contas de serviços mínimos bancários são as mais baratas que podem encontrar. Isto porque têm um limite aos encargos que podem ser cobrados: os bancos não podem cobrar, anualmente, mais do que 1% do valor do indexante dos apoios sociais (IAS) que, este ano, representa um máximo de 4,28 euros (já incluindo o imposto do selo). Ainda assim, para aceder a estas contas, os clientes não podem ter outra conta bancária.
Há depois as tradicionais contas à ordem, onde os encargos têm vindo a aumentar sucessivamente. E, ao mesmo tempo, as condições que garantiam a isenção da comissão de manutenção têm vindo a desaparecer. É o caso da domiciliação do ordenado. Actualmente, apenas duas instituições, o Montepio e o Bankinter, permitem escapar a este custo mediante o recebimento do vencimento. A estes juntam-se os bancos online, como o ActivoBank, Best e BiG, que também não cobram esta comissão.
Mas, para ter uma melhor percepção das comissões praticadas, pode recorrer ao comparador do Banco de Portugal, no Portal do Cliente Bancário. Aqui poderá constar que a comparação pode ajudá-lo a poupar 83,20 euros (já incluindo imposto do selo) por ano. Esta é a comissão mais elevada e que é praticada pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Chamusca, enquanto várias instituições nada cobram.
Outra estratégia que pode permitir poupanças é a opção por contas pacote ou contas-base. Em ambas as situações, as contas são compostas por um conjunto de serviços mediante o pagamento de uma comissão única. No primeiro caso, as contas variam de instituição para instituição, enquanto no segundo são padronizadas. É uma questão de perceber os produtos que melhor satisfazem as suas necessidades.
Comparar é uma estratégia que tipicamente ajuda a poupar. E o mesmo acontece no que diz respeito às contas bancárias. Um produto financeiro muito comum entre os portugueses, tendo em conta que o Banco de Portugal estimam que existam cerca de 16,5 milhões de contas de pessoas singulares.
Dicas para fugir às comissões das contas
Definir as suas necessidades e comparar a oferta do mercado podem permitir poupanças relevantes.
Para fazer uma escolha ponderada, deve começar por definir as suas necessidades. Isto é, quais são as características que a sua conta deve ter. Desse modo será encaminhado para um tipo de conta e para os produtos que lhe estão associados.
Comparar a oferta do mercado
Comparar é uma estratégia típica de poupança. Neste caso, a ferramenta que pode utilizar é o comparador do Banco de Portugal, onde estão os encargos máximos anuais cobrados em vários serviços relacionados com contas de pagamento. Mas não são consideradas eventuais bonificações.
Usar o ATM para fazer operações
A legislação nacional não permite que sejam cobradas comissões pela realização de operações através das caixas Multibanco, pelo que esta pode ser uma opção a considerar para fugir a alguns encargos.