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Minnie Freudenthal, médica internista e especialista em Nutrição e Neurociência, interveio sobre a evolução da relação entre médicos e doentes, na keynote "Cúmplices na Saúde".
A tecnologia na Saúde foi o principal grande tema em destaque na conferência Portugal Health Summit antes da hora do almoço, numa mesa-redonda intitulada "A Tecnologia que Nos Projeta", que reuniu Afonso Dias Alves (board member, Promptly), Ricardo Amado (head medical systems, Fujifilm Portugal), Hugo Marques (head of digital & automation, Siemens Healthineers Portugal) e Miguel Amado (head, Science and wellness consulting leader, EY), num debate conduzido pela jornalista Helena Garrido.
Afonso Dias Alves reconheceu que "a Inteligência Artificial (IA) já nos permite ter uma segurança elevada", garantindo que "os médicos podem confiar na regulamentação europeia".
Médicos com os "superpoderes" da tecnologia
Por sua vez, Hugo Marques sublinhou como a tecnologia pode contribuir para a desburocratização das tarefas lembrando que "o médico pode, agora, começar a ter mais tempo para uma maior dedicação aos cuidados de proximidade, aos doentes na comunidade, mas com o plus dos 'superpoderes' da tecnologia". Exemplos disso são poder fazer uma TAC dentro de uma ambulância, com um diagnóstico em tempo real e com ganhos na saúde.
Ricardo Amado considerou que "o choque tecnológico vai ajudar a recuperar o médico de antigamente, mais humano e com mais tempo para lidar com o doente".
Por fim, Miguel Amado defendeu que "a tecnologia contribui e vai continuar a contribuir para acelerar a prevenção e a investigação ao ter conseguido aumentar brutalmente o alcance nos dados que conseguimos obter, a sua maior variedade – passámos dos dados clínicos para os dados genómicos e agora para os dados comportamentais – e também a sua maior capacidade de processamento".
Integração de Dados
A última keynote da manhã, "Integração de Dados: Agilidade e Flexibilidade em Segurança", foi apresentada por Sofia Couto da Rocha, médica e head of innovation & head of virtual client na Lusíadas Saúde, que destacou o papel crucial dos dados na modernização dos cuidados de saúde. De acordo com a palestrante, "os dados em saúde têm de ser confiáveis, tem de ser muitos e tem de ser organizados", defendendo também que "a inteligência artificial não vive sozinha sendo fundamental a readiness e a integração dos dados".
O debate prossegue durante a tarde, com um olhar sobre o sistema de saúde português e os desafios que se colocam para o futuro.