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Transformação digital: Reinventar as empresas na era digital

As organizações já aceleraram no trilho da transformação digital. Mas admitem que ainda há desafios a contornar. A criação de infra-estruturas digitais e a organização interna são alguns dos obstáculos.

22 de Maio de 2017 às 11:32
O primeiro Digital Lab decorreu no dia 12 de Maio no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa. Inês Lourenço
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A transformação digital passou a estar na ordem do dia para as organizações. Com a aceleração da era digital, hoje é um tema incontornável que já faz parte do léxico de gestão de praticamente todas as entidades públicas e privadas.

A maioria das empresas europeias já deu os primeiros passos no trilho da revolução digital, porém, ainda há desafios a contornar. E transversais a quase todos os sectores de actividade.

Esta foi uma das conclusões do primeiro Digital Lab, evento que tem como objectivo a reflexão e análise sobre temas relacionados com inovação digital e que se insere no âmbito da iniciativa Portugal Digital Awards, promovida pelo Jornal de Negócios e a IDC, em parceria com a Vodafone e a Axians.

O desenvolvimento de infra-estruturas digitais convergentes com toda a área de negócios e a cultura empresarial foram apontados como alguns dos principais desafios com que as empresas nacionais se debatem durante o evento que decorreu no dia 12 de Maio e contou com a participação de 25 gestores.

Para Gabriel Coimbra, "country manager" da IDC, há dois desafios tecnológicos que "têm um impacto enorme ao nível do modelo de negócio: a capacidade dos incumbentes criarem, em primeiro lugar, plataformas digitais para conseguir organizar o seu ecossistema e colocar em contacto o seu negócio com os parceiros e clientes. Por outro lado, também há o desafio das organizações incumbentes criarem o efeito rede [o network efect], e exemplo disso é o IoT [sigla em inglês para a internet das coisas] ou o IoE [internet de todas as coisas]".

A organização interna, a própria cultura empresarial, é outro dos grandes desafios que as organizações têm de ultrapassar para acelerarem na auto-estrada da revolução digital. E neste campo as mudanças têm de começar pela liderança, na maneira como os responsáveis das organizações e CEO agarram o tema do digital, comentou Gabriel Coimbra. Um dos passos para ultrapassar este desafio passa, por exemplo, pela criação de novas funções como a de CTO ou de "digital officer chief", apontou.

Um caminho que parece estar a ser seguido pelas empresas privadas, mas também pela administração pública. E sem atalhos. A criação da função de "chief data officer" pela Câmara Municipal de Lisboa foi um dos exemplos sublinhados durante o debate entre os 25 gestores.

Além disso, de acordo com um estudo publicado recentemente pela IDC que analisou as 500 maiores empresas europeias, 43% lançaram nos últimos 12 meses um "digital lab", um centro de excelência para endereçar a transformação digital", sustentou Gabriel Coimbra.

Todos estes desafios estão a ser analisados pelas empresas de forma a serem ultrapassados da melhor maneira e, desta forma, entrarem na nova vaga da revolução digital considerada, por todos os presentes, uma janela de novas oportunidades de negócio.

Estão as empresas nacionais a trilhar o caminho certo para acompanharem a transformação digital? "A boa notícia é que acho que estamos nos primeiros passos", comentou Mafalda Alves Dias, a "head of large business and public sector" da Vodafone Portugal. Uma opinião partilhada pela maioria dos gestores presentes no encontro. "Não podíamos estar com melhor ponto de situação para arrancar aqui e continuar nesta jornada", acrescentou a responsável da operadora de telecomunicações.


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