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A alta velocidade e sem fronteiras

A transformação digital de muitas empresas está decorrer de forma rápida. A IDC estima, por exemplo, que no próximo ano 50% dos grandes grupos industriais vai usar drones para gerirem os seus inventários e armazéns.

26 de Setembro de 2017 às 12:00
Foram entregues 14 prémios em oito categorias. Mais de 200 projectos candidataram-se, tendo sido validados mais de 80. Inês Lourenço
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A forma como as empresas se relacionam com os clientes está a ser alterada com a digitalização da economia. As transformações caminham a passo rápido e, no próximo ano, 50% dos grandes grupos industriais mundiais "vão recorrer a drones para a gestão de inventário e armazéns", antecipa a consultora IDC.

"Prevemos que, em 2020, 50% dos grandes retalhistas irão utilizar alguma forma de inteligência artificial e robotização na interacção com os consumidores nas lojas, isto é não só nos canais digitais, mas também nas lojas físicas. Em 2020, mais de 20% das organizações B2C [business to consumer] irão utilizar e desenvolver projectos na área de realidade aumentada e da realidade virtual. E mais de 20% das grandes organizações mundiais vão incorporar a inteligência artificial naquilo que são os seus processos de negócio", acrescentou Gabriel Coimbra, Country Manager da IDC, no início da conferência Portugal Digital Awards, que decorreu na semana passada, no Museu do Oriente, em Lisboa.

Mafalda Alves Dias, Head of Large Business and Public Sector da Vodafone, optou por assinalar, durante a sua intervenção, que "o país no sentido lato e as empresas e as entidades no campo mais estrito, têm todas as condições" para ficar ao mesmo nível que "outros mercados e assegurar altos níveis de desenvolvimento digital e uma rápida taxa de evolução digital". "O digital elimina fronteiras geográficas, de escala e de economias, possibilitando o acesso a tudo, para todos em tempo real", acrescentou.

Já Paulo Ferreira optou por salientar que a inovação nasce da partilha. "Acreditamos que é nos ecossistemas partilhados, onde todos os intervenientes estão presentes, que podemos partilhar e contribuir para mais facilmente criar inovação e novos modelos de negócio", sustentou o Executive Director, Cloud, Analytics and Business Transformation da Axians.

Como está a transformação digital na banca e na saúde? E o que falta em Portugal?

Durante a conferência, vários intervenientes, de vários sectores, explicaram como decorriam estas mudanças nas suas áreas. Na banca, a transformação digital está no "cerne das nossas preocupações", defendeu Francisco Barbeira, do BPI. "O sistema financeiro foi sempre bastante digital. O nosso activo sempre foi desmaterializado e os bancos são hoje organizações multicanal porque foram colocando canais atrás de canais", acrescentou. O responsável abordou igualmente o papel das fintech. Assinalou que são uma "bênção" porque além de estarem a instigar o sector a reinventar-se, estas empresas estão a posicionar-se como parceiros dos bancos, ajudando à inovação.

Na saúde, as transformações digitais são também uma realidade e uma preocupação, o que levou o administrador da José de Mello Saúde, Rui Assoreira Raposo, a dizer que: "o paradigma na saúde está a mudar por exigência não só dos clientes mas também dos nossos profissionais".

Por outro lado, Rogério Carapuça, presidente da Associação Portuguesa de Desenvolvimento das Comunicações, optou por defender que "o nosso ecossistema de inovação tem várias coisas importantes: tem boas universidades, um bom sistema científico e tecnológico e temos boas pessoas".

Os vencedores dos Digital Awards

O Museu do Oriente foi o palco escolhido para a entrega dos Portugal Digital Awards. O vencedor do Best Digital Strategic Tools foi o IGFE, com o projecto "Sistema de gestão orçamental preditivo". Na categoria Best Digital Product & Customer Experience venceu o "ePark" da Emel . O projecto "Winners", da Worten, ganhou o prémio Best Digital Workplace. O BPI, com o projecto "Transformação digital", venceu na categoria de Best Digital Operational Process. O "MB WAY" da SIBS, arrecadou o 1º prémio na categoria Best Digital Digital Platform. O EDP re:dy venceu o prémio Axians Best Digital Transformation Project. Rogério Campos Henriques, CIO da Fidelidade ganhou o  Vodafone Best Digital Leader. E o James - The Artificial Intelligence for Credit Risk - ganhou o Best Digital Transformation Idea. E foi ainda dada uma referência especial à Associação Florestal de Entre Douro e Tâmega, com o projecto "GeoForest". Foram também entregues menções honrosas.





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