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Foto em cima: No painel dedicado aos "case studies" em Portugal, moderado por Raul Vaz e Gabriel Coimbra, estiveram presentes Rui Pedroso, do Centro Hospitalar do Porto, Rui Assoreira Raposo, da José de Mello Saúde e Francisco Barbeira, do BPI.
Na era do digital, a agilidade tem de andar de mãos dadas com a complexidade que as inovações criam. Francisco Barbeira, Executive Board Member, Leading Digital Transformation, IT & Operations do BPI, apontou que o mundo actual é "cada vez mais complexo" mas "se há coisa que diferencia o momento em que estamos é a exigência de uma enorme agilidade". "O nosso principal papel é gerir essa agilidade e garantir que a complexidade não impede essa agilidade", acrescentou na conferência Portugal Digital Awards, que decorreu na semana passada, no Museu do Oriente, em Lisboa. Um ambiente que permita aos profissionais errarem é também necessário para que a inovação possa surgir.
No caso específico da banca, Francisco Barbeira assumiu que a transformação digital está "no cerne das nossas preocupações", até porque esta transformação está a promover alterações no negócio bancário. "O sistema financeiro foi sempre bastante digital. O nosso activo sempre foi desmaterializado e os bancos são hoje organizações multicanal porque foram colocando canais atrás de canais". As pessoas têm actualmente "múltiplas formas de se dirigir ao banco" como por exemplo pela internet e pelo smartphone porque as instituições financeiras "foram, ao longo do tempo, criando novas formas e canais, acompanhando a evolução dos tempos".
E a evolução dita precisamente que o sector esteja a repensar o negócio. Isto porque os clientes da banca tem exigências distintas das do passado. As reivindicações que apresentam, defendeu, "advêm não só da experiência que têm com outros bancos mas também com a experiência que têm com outras empresas".
Na opinião do responsável, o "blockchain" (tecnologia subjacente à bitcoin e que está a ser alvo de estudo para várias outras soluções) e a inteligência artificial são dois dos temas que vão ser importantes para o sistema financeiro nos próximos anos.
Mais próximo da actualidade está o papel das "fintech" (geralmente, start-ups que operam na área da tecnologia financeira) no universo financeiro. Francisco Barbeira considera que as "fintech" "são uma bênção por vários motivos". "Primeiro, porque nos estão a obrigar - já tínhamos essa obrigação - a estarmos constantemente a nos reinventarmos. Colocam-nos numa posição [que vai] além de cumprir com aquela que é a nossa missão. Segundo [são uma bênção], porque nos estão a ajudar a esticar as fronteiras da regulação. [E, por fim,] cada vez mais, as 'fintech' estão a colocar-se numa posição de colaboração", concluiu.
A Europa não é o local onde se encontram mais empresas "fintech". Contudo, há algumas - em especial em Londres, considerado o "hub" europeu - em áreas como os pagamentos e o combate à fraude nas transacções.
Transformação digital na saúde é sinónimo de eficiência
No Centro Hospitalar do Porto, a transformação digital já começou há muito tempo, assegura Rui Pedroso, administrador."O nosso caminho no Centro Hospitalar do Porto, e dentro do ecossistema dos hospitais públicos, é criar cada vez mais eficiência. E dar cada vez mais ferramentas aos nossos clientes - sejam internos ou externos - para que a nossa missão seja cumprida", adiantou. Rui Pedroso sublinhou, durante a sua intervenção, que é um preocupação do centro hospitalar que a transformação digital não gere apenas melhorias para os utentes e profissionais de saúde, mas que permita a criação de conhecimento. "Nós, enquanto hospital universitário, queremos estar a criar também conhecimento".
Rui Assoreira Raposo, administrador executivo na José de Mello Saúde, assinalou que no grupo a estratégia passa por tentar perceber quais são as necessidades que os doentes e os profissionais têm, procurando responder a isso adoptando e incorporando as mudanças no modelo organizacional.
O gestor salientou ainda que uma das mudanças verificada no sector é que "os doentes hoje são diferentes daquilo que eram há uns anos", uma vez que são mais informados. Mas não só. Os profissionais também olham para a medicina de uma forma diferente. "Hoje, o apoio que os médicos precisam para a tomada de decisão não tem nada a ver com aquilo que era há uns anos. Os equipamentos médicos hoje estão muito mais desenvolvidos, a dimensão digital no equipamento médico é absolutamente extraordinária".
E acrescentou: "o paradigma na saúde está a mudar por exigência não só dos clientes, mas também dos nossos profissionais".
Na era do digital, a agilidade tem de andar de mãos dadas com a complexidade que as inovações criam. Francisco Barbeira, Executive Board Member, Leading Digital Transformation, IT & Operations do BPI, apontou que o mundo actual é "cada vez mais complexo" mas "se há coisa que diferencia o momento em que estamos é a exigência de uma enorme agilidade". "O nosso principal papel é gerir essa agilidade e garantir que a complexidade não impede essa agilidade", acrescentou na conferência Portugal Digital Awards, que decorreu na semana passada, no Museu do Oriente, em Lisboa. Um ambiente que permita aos profissionais errarem é também necessário para que a inovação possa surgir.
No caso específico da banca, Francisco Barbeira assumiu que a transformação digital está "no cerne das nossas preocupações", até porque esta transformação está a promover alterações no negócio bancário. "O sistema financeiro foi sempre bastante digital. O nosso activo sempre foi desmaterializado e os bancos são hoje organizações multicanal porque foram colocando canais atrás de canais". As pessoas têm actualmente "múltiplas formas de se dirigir ao banco" como por exemplo pela internet e pelo smartphone porque as instituições financeiras "foram, ao longo do tempo, criando novas formas e canais, acompanhando a evolução dos tempos".
E a evolução dita precisamente que o sector esteja a repensar o negócio. Isto porque os clientes da banca tem exigências distintas das do passado. As reivindicações que apresentam, defendeu, "advêm não só da experiência que têm com outros bancos mas também com a experiência que têm com outras empresas".
Na opinião do responsável, o "blockchain" (tecnologia subjacente à bitcoin e que está a ser alvo de estudo para várias outras soluções) e a inteligência artificial são dois dos temas que vão ser importantes para o sistema financeiro nos próximos anos.
Mais próximo da actualidade está o papel das "fintech" (geralmente, start-ups que operam na área da tecnologia financeira) no universo financeiro. Francisco Barbeira considera que as "fintech" "são uma bênção por vários motivos". "Primeiro, porque nos estão a obrigar - já tínhamos essa obrigação - a estarmos constantemente a nos reinventarmos. Colocam-nos numa posição [que vai] além de cumprir com aquela que é a nossa missão. Segundo [são uma bênção], porque nos estão a ajudar a esticar as fronteiras da regulação. [E, por fim,] cada vez mais, as 'fintech' estão a colocar-se numa posição de colaboração", concluiu.
A Europa não é o local onde se encontram mais empresas "fintech". Contudo, há algumas - em especial em Londres, considerado o "hub" europeu - em áreas como os pagamentos e o combate à fraude nas transacções.
Transformação digital na saúde é sinónimo de eficiência
No Centro Hospitalar do Porto, a transformação digital já começou há muito tempo, assegura Rui Pedroso, administrador."O nosso caminho no Centro Hospitalar do Porto, e dentro do ecossistema dos hospitais públicos, é criar cada vez mais eficiência. E dar cada vez mais ferramentas aos nossos clientes - sejam internos ou externos - para que a nossa missão seja cumprida", adiantou. Rui Pedroso sublinhou, durante a sua intervenção, que é um preocupação do centro hospitalar que a transformação digital não gere apenas melhorias para os utentes e profissionais de saúde, mas que permita a criação de conhecimento. "Nós, enquanto hospital universitário, queremos estar a criar também conhecimento".
Rui Assoreira Raposo, administrador executivo na José de Mello Saúde, assinalou que no grupo a estratégia passa por tentar perceber quais são as necessidades que os doentes e os profissionais têm, procurando responder a isso adoptando e incorporando as mudanças no modelo organizacional.
O gestor salientou ainda que uma das mudanças verificada no sector é que "os doentes hoje são diferentes daquilo que eram há uns anos", uma vez que são mais informados. Mas não só. Os profissionais também olham para a medicina de uma forma diferente. "Hoje, o apoio que os médicos precisam para a tomada de decisão não tem nada a ver com aquilo que era há uns anos. Os equipamentos médicos hoje estão muito mais desenvolvidos, a dimensão digital no equipamento médico é absolutamente extraordinária".
E acrescentou: "o paradigma na saúde está a mudar por exigência não só dos clientes, mas também dos nossos profissionais".