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Ricardo Salgado tem de se apresentar periodicamente na polícia, está proibido de viajar sem autorização e não pode contactar várias pessoas. É nestas condições, embora já livre de prisão domiciliária, que o ex-"Dono Disto Tudo", como era conhecido o banqueiro, aguarda a conclusão das investigações da justiça. Espera acusações e, depois, julgamentos.
Presidente do BES durante 22 anos, Salgado está indiciado "por factos susceptíveis de integrarem os crimes de burla qualificada, falsificação de documentos, falsificação informática, branqueamento, fraude fiscal qualificada e corrupção no sector privado". Falta que o Ministério Público consiga provar tais considerações.
As investigações começaram logo em 2014, ano em que o próprio governador do Banco de Portugal falou em "esquema de financiamento fraudulento" perpetrado pelos líderes da instituição, mas Ricardo Salgado só foi constituído arguido em Julho de 2015 (exactamente um ano antes, tinha visto o mesmo acontecer no âmbito do Monte Branco). A apresentação de uma caução de 3 milhões de euros neste último processo, que averigua branqueamento de capitais – que depois foi usada, em parte, no processo do BES –, permitiu que Salgado esperasse o julgamento em liberdade, sem estar obrigado à permanência na sua habitação.
Não há ainda data para que os cinco inquéritos autónomos sobre o BES e os 73 inquéritos apensos, à data de Julho de 2015, sejam concluídos e cheguem a uma acusação por parte do Ministério Público. Todos estão a avançar no Departamento Central de Investigação e Acção Penal, o organismo responsável pelos crimes económicos de alta complexidade. Contudo, não é certo que possa haver uma acusação - e um julgamento - no próximo ano.
Conhecido como "Dono Disto Tudo", Ricardo Salgado é a face mais visível da ascensão e da queda do Universo Espírito Santo. É, aliás, este o nome chapéu dos processos sobre o tema. Um caso que já levou a justiça portuguesa a actuar com o arresto de bens de vários arguidos, incluindo de Ricardo Salgado mas também do seu administrador financeiro, Amílcar Morais Pires.
Além das investigações na justiça, correm os processos nos reguladores, mais precisamente no Banco de Portugal. O governador Carlos Costa já concluiu duas acusações: nos dois processos, o antigo presidente executivo do BES enfrenta a acusação de nove infracções.
Em curso também seguem, além de investigações internacionais, processos de insolvência de empresas do Grupo Espírito Santo. Um dos exemplos é o da Partran, que geria a participação social: aqui, o administrador da insolvência já considerou que há "culpa grave" de Salgado, mas ainda se aguarda a posição do juiz.
Presidente do BES durante 22 anos, Salgado está indiciado "por factos susceptíveis de integrarem os crimes de burla qualificada, falsificação de documentos, falsificação informática, branqueamento, fraude fiscal qualificada e corrupção no sector privado". Falta que o Ministério Público consiga provar tais considerações.
As investigações começaram logo em 2014, ano em que o próprio governador do Banco de Portugal falou em "esquema de financiamento fraudulento" perpetrado pelos líderes da instituição, mas Ricardo Salgado só foi constituído arguido em Julho de 2015 (exactamente um ano antes, tinha visto o mesmo acontecer no âmbito do Monte Branco). A apresentação de uma caução de 3 milhões de euros neste último processo, que averigua branqueamento de capitais – que depois foi usada, em parte, no processo do BES –, permitiu que Salgado esperasse o julgamento em liberdade, sem estar obrigado à permanência na sua habitação.
Não há ainda data para que os cinco inquéritos autónomos sobre o BES e os 73 inquéritos apensos, à data de Julho de 2015, sejam concluídos e cheguem a uma acusação por parte do Ministério Público. Todos estão a avançar no Departamento Central de Investigação e Acção Penal, o organismo responsável pelos crimes económicos de alta complexidade. Contudo, não é certo que possa haver uma acusação - e um julgamento - no próximo ano.
Conhecido como "Dono Disto Tudo", Ricardo Salgado é a face mais visível da ascensão e da queda do Universo Espírito Santo. É, aliás, este o nome chapéu dos processos sobre o tema. Um caso que já levou a justiça portuguesa a actuar com o arresto de bens de vários arguidos, incluindo de Ricardo Salgado mas também do seu administrador financeiro, Amílcar Morais Pires.
Além das investigações na justiça, correm os processos nos reguladores, mais precisamente no Banco de Portugal. O governador Carlos Costa já concluiu duas acusações: nos dois processos, o antigo presidente executivo do BES enfrenta a acusação de nove infracções.
Em curso também seguem, além de investigações internacionais, processos de insolvência de empresas do Grupo Espírito Santo. Um dos exemplos é o da Partran, que geria a participação social: aqui, o administrador da insolvência já considerou que há "culpa grave" de Salgado, mas ainda se aguarda a posição do juiz.