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100 líderes antecipam 2016

Pelo sétimo ano consecutivo, o Negócios perguntou aos líderes portugueses como antevêem o novo ano. Para 2016 obtivemos 103 respostas. Muitos quiseram manter-se anónimos, mas perto de uma centena disse o que esperava de 2016.

Negócios jng@negocios.pt 04 de Janeiro de 2016 às 00:01
Miguel Baltazar/Negócios
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Luís Mira Amaral Engenheiro e Economista
Com recuperação nos EUA, lenta consolidação económica e institucional da Zona Euro, desaceleração chinesa, continuação de preços baixos do petróleo e aumento da instabilidade política e financeira em Portugal com o não cumprimento dos objectivos quanto ao défice público e derrapagem nas contas externas.


Franquelim Alves Director-geral da 3anglecapital
Um ano de incertezas acrescidas na Europa, maior crescimento nos EUA, continuado declínio do preço das "commodities" com um efeito negativo no crescimento das economias em desenvolvimento. Instabilidade política acrescida na região do Médio Oriente.


João Vasconcelos secretário de Estado da Indústria
2016 vai ser o ano da maioridade e consolidação de uma nova geração de empresas e empresários portugueses. Quem ainda não percebeu que o empreendedorismo já não é uma moda, anda desatento. Há muito que deixou de ser apenas um mecanismo para fomentar o auto-emprego. Basta constatar que quase 50% de todo o novo emprego criado em Portugal provém de empresas com menos de 5 anos. 2016 vai ser o ano do primeiro Web Summit em Portugal. O maior evento tecnológico do mundo trará até nós empresas de todo o mundo, investidores estrangeiros e imprensa internacional. É uma oportunidade única para Portugal mostrar ao mundo que se tornou num país tecnologicamente competitivo e empresarialmente sofisticado. 2016 vai ser um ano cheio de oportunidades para as empresas portuguesas que tenham ambição global, que apostem na inovação e no "design", que tenham preocupações de sustentabilidade, não só económica mas também ambiental, e que saibam investir nos seus trabalhadores. Sejam empresas dos sectores ditos mais tradicionais, ou de novos sectores. O conhecimento, a tecnologia, a inovação, o "design" - todas estas são questões transversais a todos os sectores e empresas. Quem já percebeu isso, terá certamente em 2016 um ano de maior prosperidade.


Fernando Paes Afonso vice-Provedor da SCML e administrador executivo do Departamento de Jogos
Está a formar-se uma tempestade perfeita. Estou menos optimista do que costumo!




Daniel Proença de Carvalho sócio da Uría Menéndez-Proença de Carvalho
Razoável optimismo.




Óscar Gaspar economista
Espera-se a consolidação dos sinais de retoma e que o novo ciclo político tenha a capacidade de potenciar também um novo ciclo económico (Portugal 2020, novo impulso simplificação administrativa, estímulos ao investimento). Se ultrapassado o "estigma da recessão" Portugal pode ganhar argumentos para atrair de novo IDE [investimento directo estrangeiro] e para reforçar a integração de empresas portuguesas de ponta (e também centros de investigação e universidades) nas redes mais competitivas da Europa e do mundo. Espera-se que os efeitos positivos directos da redução do preço do petróleo não impacte negativamente alguns dos nossos principais parceiros comerciais. Deverá ser um grande ano para o turismo nacional.


Arménio Carlos secretário-geral CGTP-IN
Um ano em que se tem de dar resposta aos problemas do povo e do país para assegurar a mudança de políticas prometidas.


Hélder Barata Pedro secretário-geral da ACAP
Em termos mundiais, vamos continuar a assistir a uma grande instabilidade derivada da situação na Síria e da consequente crise de refugiados. As tensões entre a Rússia e a Turquia assim como a participação dos Estados Unidos neste conflito irão ter um desenvolvimento imprevisível. Em Portugal, e em resultado da existência de um novo Governo que tem um apoio parlamentar sem precedentes, na vigência da actual Constituição, o ano de 2016 é de expectativa face às medidas que virão a ser tomadas. Esta expectativa existe, igualmente, face ao comportamento da nossa economia apesar das previsões positivas relativamente ao crescimento do PIB. Em relação ao sector automóvel, e depois da recuperação do mercado, que tivemos em 2015, prevemos uma variação positiva em 2016, mas abaixo da taxa de crescimento de 2015. Apesar deste crescimento homólogo, em 2015, o volume de vendas registado (e é isso que interessa para as empresas) situa-se 11,7% abaixo da média do mercado dos últimos quinze anos.


Paulo Carmona CEO da ENMC
Positivo apesar de alguns riscos de desaceleração económica global.




Mário Assis Ferreira presidente da Estoril-Sol
2016 vai ser um ano atipicamente populista, em que as classes mais desfavorecidas terão um significativo acréscimo de capacidade de consumo. As classes mais favorecidas irão ter, ao contrário, um agravamento de encargos fiscais e parafiscais, o que poderá determinar um tendencial êxodo de capital para o estrangeiro. No actual contexto sociopolítico e económico tenho séries dúvidas que, em 2016, seja cumprido o défice de 3%. Mas o ano encerrar-se-á com previsível popularidade para o Governo. Já em 2017, a situação complicar-se-á, pois os recursos financeiros do país não são elásticos, os investimentos estrangeiros tenderão a cair e a balança de pagamentos irá acentuar um saldo negativo. Mas o conceito de "Estado Social" manter-se-á como prioridade - até ao limite dos recursos financeiros disponíveis.


Victor Marinheiro director-geral da Molaflex Colchões
Vemos uma janela de oportunidade com a consolidação nos mercados onde actuamos. No próximo ano prevemos um crescimento de 15% e nos 5 anos seguintes pretendemos duplicar a produção e facturação pelo que em 2016 e 2017 investiremos 10 milhões de euros para reforço da nossa capacidade produtiva.


Marco Vaz Souta CEO da Grenke Portugal
Vai ser claramente um ano muito exigente.




André Silva deputado do PAN
Esclarecer que, considerando a visão do PAN em relação ao crescimento económico, as opções de resposta a este questionário tornam-se redutoras. Os governos e as empresas de uma forma global continuam a colocar o crescimento económico como objectivo macro acentuando o paradigma vigente assente num modelo linear de crescimento, ou seja, todo o crescimento é feito à base de recursos primários. Por exemplo, não se referem questões ambientais quando falamos do principal risco para 2016 e estas têm também impactos económicos elevadíssimos. Este modelo económico-social está a contribuir enormemente para as alterações climáticas, por via das emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE) o que originará custos astronómicos para todos os governos à escala mundial. Tudo se subjuga à economia com uma gestão muito pouco racional, entenda-se consciente, dos recursos. Vejamos o exemplo do lobby da Indústria da Carne na COP 21, que conseguiu manter oculto o maior contribuinte para as emissões dos GEE (51%). Encaramos 2016 com um misto de optimismo e preocupação, acima de tudo com confiança. São grandes os desafios que se aproximam. Só podemos esperar que as respostas possam alicerçar-se numa economia mais sustentável, de um ponto de vista sistémico, e menos mercantilista. Acima de tudo, que se verifiquem compromissos efectivos com as mudanças que muitos pedimos, mas que ainda poucos demonstram querer efectivamente integrar.


Ricardo Reis professor de Economia, LSE e Universidade de Columbia
Em Portugal, com eleições presidenciais, um governo de coligação frágil, e a imprevisível evolução da influência da extrema-esquerda nas políticas públicas, a incerteza política é muito grande. Do lado da economia, continua a preocupar-me a saúde do sistema financeiro (já escrevo sobre isso há cinco anos…), e tenho uma nova preocupação que é a reversão do bem sucedido processo de internacionalização e competitividade externa da economia privada. Na Europa, os principais riscos são a continuação da estagnação económica, e a saída do Reino Unido da UE. No mundo, a estabilidade da economia chinesa é a grande incógnita.


Luís Lima presidente da APEMIP
Perspectivo o ano de 2016 como um ano positivo para o sector imobiliário, assente na linha de crescimento que tem registado desde 2013, baseada essencialmente no investimento estrangeiro e na melhoria do mercado interno, sobre o qual prevejo um aumento da representatividade.


Luís Barreto Xavier director da Católica Global School of Law
A palavra que melhor define as minhas perspectivas para 2016 é "incerteza". No plano internacional, importa observar o impacto de diversos acontecimentos: guerra ao Estado Islâmico, terrorismo e migrações; eleições americanas; mudanças políticas na América Latina; crise económica em Angola e no Brasil; evolução económica na China; incerteza na Europa, especialmente na Espanha, na Grécia e em Portugal. Internamente, vai ser interessante observar o modo como o Governo vai conseguir manter o apoio parlamentar e o apoio das instituições europeias, atentas às metas do défice e à necessidade de prosseguir reformas.


Miguel Prudêncio investigador principal no Instituto de Medicina Molecular
Vejo o ano de 2016 com alguma apreensão e muita expectativa. No plano europeu e internacional, julgo que será um ano marcado por uma forte instabilidade político-económica e por crises humanitárias e sociais gravíssimas, advindas de conflitos que o Mundo não soube ou não quis impedir ou interromper. Em Portugal, será um ano marcado por uma mudança de rumo político que, faço votos, abra novas perspectivas para o país e traga alguns benefícios económicos e sociais para a população. Quero acreditar que a Ciência retome o estatuto prioritário que perdeu recentemente e que seja de uma vez por todas encarada como um desígnio nacional e transpartidário. Julgo que é particularmente urgente a definição de regras claras de acesso regular a financiamento e emprego científicos, permitindo aos Investigadores perspectivarem o seu trabalho e a sua carreira duma forma que não tenha de ser redefinida em cada legislatura. Penso que nesse, como noutros domínios, 2016 pode ser um ano de viragem na forma como os diferente poderes encaram questões que se querem do âmbito duma estratégia nacional a longo prazo.


António Comprido secretário-geral da APETRO
Como um ano de inúmeras incertezas quer a nível global quer internamente.




Pedro Janela CEO do WYgroup
[Vejo 2016] como o ano em que todas as empresas que tiverem oportunidade de exportar se devem focar a 100% nesse objectivo. O mercado português, com um Governo dependente de acordos com partidos pouco preocupados com a sustentabilidade, e com o bom governo económico das empresas e do sector Estado, afigura-se como um potencial desastre a médio/longo prazo. Os pontos positivos deste Governo são o reinvestimento em C&T [ciência e tecnologia] e maior foco no desenvolvimento de uma nova economia de base tecnológica. Mas que sem uma redobrada atenção à gestão dos gastos públicos nada conseguirá fazer. O sistema bancário nacional continuará a ajustar-se e sem se resolver totalmente o processo Novo Banco e em outra escala Banif (este com muito importância na Madeira e Açores), a economia portuguesa não tem como possível alavanca de crescimento estes sistemas financeiros, ou pelo menos na sua plenitude. O turismo deve continuar a apresentar bons indicadores, bem como o imobiliário para exportação, o que ajudará o sistema económico português no decurso de 2016. Sectores que continuarão a ver um crescimento razoável. As empresas, os empreendedores, os empresários são o futuro deste país. Sem uma política empenhada, forte e permanente de apoio à iniciativa privada, que nos permita competir de igual para igual à escala global cada vez mais, Portugal não tem futuro.


Mário Azevedo Ferreira CEO do NAU Hotels
Muita incerteza a nível nacional e internacional. Será um bom ano turístico e um excelente ano para a minha empresa.


Paulo Cunha presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão
Um ano exigente que convoca a disponibilidade de agentes públicos e privados, cujo bom relacionamento é decisivo para o pretendido sucesso.


João Duque professor Universitário
Prevejo um ano governado em campanha eleitoral para cair e ganhar eleições nos finais de 2016, depois de se distribuírem suficientes benefícios para convencer funcionários públicos, pensionistas e classe D, de modo a conquistarem-se os necessários votos, e libertar o PS de pelo menos um dos parceiros que o apoiam no Parlamento. Por isso prevejo um excelente ano de aumento de consumo privado, aumento do endividamento privado, alguma contenção no crescimento da despesa pública, redução do investimento, com queda no emprego e aumento do desemprego.


Carlos Zorrinho deputado europeu
2016 será um ano de transição, marcado pelo processo eleitoral nos Estados Unidos e pela necessidade de reajustamentos económicos, sociais e políticos à escala global. Prevejo um ano com instabilidade social e mudanças na economia mundial, mas acredito que após a turbulência possa emergir uma globalização mais sustentável e centrada nas pessoas.


José Veiga Sarmento presidente da APFIPP
O ano de 2016 não se afigura hoje um ano fácil, seja porque para ele transitam vários riscos de situações que não foram resolvidas, para além de outros riscos que se foram mesmo agravando durante 2015. Apesar das incertezas domésticas e de toda a agitação política recente, os riscos mais relevantes são, apesar de tudo, de ordem externa. Em primeiro lugar destacam-se as dificuldades que vão sendo cada vez mais patentes de convivência europeia, reforçando-se a convergência dos efeitos da crise económica e financeira que não está resolvida, com as tensões resultantes da situação geopolítica, do terrorismo e dos movimentos migratórios em direcção à Europa. A incapacidade da Europa em assumir uma direcção conjunta e coerente fez ressuscitar as tensões nacionais, que aparecem como a única escapatória possível para os receios colectivos, o que naturalmente vai colocando em causa muito do que consideramos como aquisições europeias. Não é já possível ignorar as dúvidas, cada vez mais notórias, sobre se ainda resta alguma capacidade de sobrevivência para manter em funcionamento o Projecto Europeu, tal como o conhecemos hoje. O referendo inglês, os movimentos populistas e nacionalistas, os fluxos migratórios e o terrorismo são um teste contínuo à capacidade de resistência do projecto que salvou a Europa da guerra durante 70 anos. Projecto que nos últimos anos defraudou as esperanças económicas de uma melhor vida, que nele tinham sido depositadas. Em segundo lugar uma referência ao momento de viragem na política monetária dos Estados Unidos que terá impacto muito para além do funcionamento do sistema financeiro americano. Apesar de amplamente esperado e antecipado, uma gestão menos cuidada das expectativas dos operadores no desenrolar do processo, pode desencadear desequilíbrios, que mesmo infundados afectarão o funcionamento dos mercados financeiros globais, nas taxas de juro, nas taxas de câmbio e na própria liquidez. A Europa será a primeira a registar possíveis ondas de choque. Também a China continuará a preocupar os operadores financeiros, que muitas vezes reagem encadeando situações que na realidade pouca ou nenhuma relação de interdependência têm. A China ao contrário da Europa dispõe de uma direcção forte e centralizada que continuará a procurar as soluções às dificuldades que resultam da transformação inevitável do seu modelo produtivo. A importância absolutamente crítica para a China de integração no sistema global, assegura em princípio que o máximo de cuidados e cautelas será observado. Num registo diferente, do ponto de vista estritamente económico, as perspectivas para a Europa são pelo contrário bem mais animadoras. O combustível da economia global (o petróleo) continuará barato, o que equivale à manutenção de um corte de impostos sem impacto no défice. Regista-se também, já que não seja por algum cansaço da crise, que começam a surgir sinais de melhoria económica e de que a procura está a despontar. Um factor a acompanhar em Portugal é a evolução da situação na VW e a resposta que será dada aos escândalos sobre emissões de poluentes e como sairá afectada a confiança dos utilizadores dos veículos das várias marcas do grupo. A VW tem, através da Autoeuropa, especial relevância em Portugal, pelo que a ultrapassagem da crise é importante para a Alemanha, mas também e muito especialmente para Portugal. A situação política interna nacional continuará a pesar e a limitar a ambição para objectivos de médio prazo, mesmo que as tensões actuais se vão diluindo com o tempo. A instabilidade política, realidade apesar de tudo comum a muitos países europeus, não vai ser uma grande ajuda para os desafios de 2016.


Emanuel Pimenta arquitecto
Preocupante.




Ricardo Rio presidente da Câmara Municipal de Braga
No plano externo, a principal condicionante advirá dos riscos ainda bem vivos ligados às ameaças terroristas, com óbvias repercussões no plano económico nas principais economias ocidentais. Em Portugal, para lá do exercício de equilibrismo contínuo do Governo, merecerá especial atenção a sustentabilidade do sistema financeiro e as prováveis operações de concentração inerentes.


Mário Frota presidente da Associação Portuguesa de Defesa dos Consumidores
Com apreensão! A abertura incondicional do crédito ao consumo reeditará o crédito selvagem em oposição ao crédito responsável para que apontam as directrizes e os comandos da União Europeia. E agravará o malparado, que orça já valores significativos!


Jorge Morgado secretário-geral da DECO
Com esperança, mas reconhecendo as inúmeras dificuldades sócio-económico-financeiras.




Ana Ventura Miranda fundadora e directora do Arte Institute
Muitos desafios para Portugal e a Europa, num ano em que será crucial para o que vai ser o futuro de ambos.




António Miguel Ferreira managing director da Claranet
Melhor que 2015, apesar da conjuntura política ser mais incerta.




Pedro Braz Teixeira economista
O novo governo do PS estará pressionado, por um lado, por um PCP, com o qual aceitou uma posição de fragilidade, desde a primeira hora, sendo de salientar que os comunistas não têm primado pela responsabilidade. Por outro, sentirá a pressão para a consolidação orçamental, quer por parte da UE, quer por parte das agências de rating. O recuo nas reformas estruturais, exigido pelo PC, mas também desejado por grande parte dos socialistas, só pode agravar a pressão europeia sobre o executivo. Pelo que se tem visto, as figuras que, dentro do governo, poderiam e deveriam fazer a pedagogia da moderação e da responsabilidade demitiram-se dessa função. Por isso, considero mais provável que Portugal enfrente novos problemas de financiamento, que podem não chegar a exigir um segundo resgate, mas cujo aparecimento pode condenar a sobrevivência do executivo. No plano internacional, é provável que os riscos políticos (intervenção na Síria, Ucrânia, refugiados, Brexit, etc.) se sobreponham aos riscos económicos. No entanto, uma provável desaceleração na China deverá ter um efeito recessivo, quer nas economias avançadas, quer emergentes.


Agostinho Pereira de Miranda presidente do Conselho Superior - Miranda & Associados
O ano de 2016 será marcado pela recessão em vários países emergentes produtores de matérias-primas, a qual poderá conduzir a graves problemas no sector financeiro e ao recrudescer da instabilidade social. Na frente política, o ano verá provavelmente agravar-se a crise dos refugiados e a radicalização da opinião pública europeia sobre o assunto. A coesão da Europa poderá ter em 2016 o seu maior teste ao tornar-se progressivamente conhecida a posição da Grã-Bretanha quanto à permanência na União. A guerra civil no Médio Oriente e a instabilidade da política externa russa continuarão a ser temas dominantes.


Rafael Campos Pereira vice-presidente Executivo da AIMMAP
Relativamente a Portugal, antecipamos alguma instabilidade política e social. Os acordos partidários que suportam o actual Governo não nos parecem, nem sólidos, nem credíveis. Acresce que os dois partidos de extrema-esquerda que apoiam o Governo irão seguramente continuar a condicionar a acção governativa de uma forma altamente negativa, visando impor medidas que conflituam claramente com as necessidades da economia portuguesa. Apesar de tudo, naquilo que depender das empresas, estou convicto de que continuará a haver condições para que o emprego continue a crescer e para que as exportações mantenham a sua trajectória ascendente. A esse respeito, enfatizo o caso do sector metalúrgico e metalomecânico, o qual, tendo em conta a aposta e os investimentos efectuados ao longo dos últimos anos em factores de diferenciação, terá condições para, apesar das adversidades, continuar a expandir-se no próximo ano [2016].


Octávio Viana presidente da ATM - Associação de Investidores
Um ano de integração bancária e falência/resgate de alguns bancos portugueses.




Manuel Reis Campos presidente da CPCI - Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário
Não obstante as dificuldades que as nossas empresas enfrentam, em 2015 foi possível encerrar um ciclo de 13 anos consecutivos de perda de produção que constituiu a mais profunda e prolongada crise de que há registo no sector. Neste contexto, o que esperamos para 2016 é que todo o esforço de reestruturação e de adaptação do nosso tecido empresarial, seja devidamente acompanhado por políticas públicas capazes de contribuir para a consolidação da actividade. À semelhança da Europa Comunitária, também Portugal terá de assumir o sector da construção e do imobiliário como uma prioridade para criar emprego e alavancar o crescimento económico, através do investimento público com recurso aos fundos comunitários, da resposta atempada aos investidores estrangeiros da concretização da prioridade assumida pelo Governo quanto à Reabilitação Urbana.


João Caiado Guerreiro advogado
2016 vai ser um ano difícil para Portugal. O país está muito melhor que em 2011 mas a situação económica não permite que Portugal se desvie do caminho traçado pelo anterior Governo. O regresso do despesismo pode atirar-nos para outro resgate. Alguns sinais do novo Governo, como a renacionalização da TAP e o resgate das concessões dos transportes são maus indicadores para os investidores estrangeiros. O novo Governo terá de gerir um equilíbrio difícil entre as expectativas que criou, os apoios do PCP e do BE, e as exigências da economia e da UE. Não vai ser fácil, nem para o Governo nem para as empresas, e, por isso também, não será fácil para os Portugueses.


Duarte de Athayde managing partner da Abreu Advogados
O futuro de Portugal irá trazer-nos novos desafios e obstáculos, em 2016, que teremos de enfrentar com serenidade. Empresas que emagreceram, nos períodos mais agudos da crise estão hoje mais rentáveis e algumas começam a beneficiar do investimento de capital estrangeiro. Mas a economia portuguesa apesar de, mais sólida, ainda tem um extenso caminho a percorrer. Também há ventos de mudança no sector da advocacia. Nem todos para melhor: um tema que poderá abalar o sector jurídico português, a multidisciplinaridade, levanta questões complexas e que desde há anos se colocam muito para além das nossas fronteiras. Em tempos de mudança há que não esquecer o essencial: a função da advocacia sempre foi a de defender os interesses do cliente, auxiliando a realização da justiça. Para isso, tem de existir uma relação de confiança entre o cliente e o advogado. E essa relação de confiança funda-se em muitos aspectos pragmáticos, como o sigilo, mas também sobre algo de crucial que é a independência na prossecução dos interesses do cliente. As sociedades globais voltaram a olhar para Portugal e para o papel das sociedades portuguesas, como ponte para países africanos com os quais já têm estreitas relações profissionais. Tendo a sua actividade centrada no cliente, a Abreu Advogados manterá em 2016 uma estratégia de internacionalização intensificando a actividade relativa a países de língua oficial portuguesa. 2016 será ainda um ano marcante para a Abreu Advogados porque corresponderá à revisão da nossa estratégia, em Portugal e no Mundo. Será o ano em que a Abreu Advogados estará em processo de mudança de instalações: a nova sede terá um carácter contemporâneo e mais corporativo. Em 2016, a Abreu Advogados procurará continuar a desempenhar um papel relevante na Comunidade em que se insere. Assim, no próximo ano, iremos procurar aprofundar o nosso compromisso na construção de uma sociedade baseada no desenvolvimento sustentável. Dar robustez à nossa actual cultura de meritocracia e continuar a ser imperativos em termos solidários e de responsabilidade social.


Joaquim Cunha director executivo da Health Cluster Portugal
Vejo 2016 com optimismo, ainda que moderado: porque acredito que serão possíveis avanços significativos no nível de cooperação estratégica orientada à competitividade no mercado global por parte das empresas e instituições de I&D; porque o esforço colectivo de aposta no caminho do conhecimento e da inovação, tarefa longa e persistente, começa a dar os seus frutos e os anos que aí vêm mostrarão isso mesmo; porque temos uma juventude excepcionalmente bem formada e muito capaz que, apesar das muitas adversidades, na ordem interna e na ordem externa, vai começar a mostrar o quanto vale.


Carlos Álvares CEO do Banco Popular
Desafiante.




Luís Miguel Sousa presidente do Grupo Sousa
As perspectivas para 2016 são moderadamente optimistas, com forte possibilidade de se manter algum crescimento económico, com diminuição do desemprego e com os custos da energia, nomeadamente do petróleo, se manterem aos níveis de 2015. Temos como principais ameaças, o País não conseguir ter um défice abaixo dos 3%, o BCE alterar a sua política de cedência de liquidez, o que levará a um aumento substancial dos juros da dívida pública, das empresas e das famílias e os reflexos nas decisões de investimento em resultado da anunciada alterações ao IRC. O país não consegue criar um quadro duradouro de estabilidade em matéria fiscal gerador de confiança e de segurança.


Miguel Machado sócio da WLROD
Continuação das dificuldades.




Carlos de Melo Ribeiro CEO da Siemens Portugal
Restringindo a minha resposta ao contexto português, antecipo que o ano de 2016 continue a colocar um conjunto de desafios à economia, designadamente no domínio das empresas portuguesas. Iremos continuar a observar uma dinâmica de transformação, em linha com o que se verificou nos últimos quatro anos, sendo que acredito que estejamos no início de uma mudança de paradigmas tecnológicos, transversais a todos os sectores de actividade, em que temas como a Digitalização, a Indústria 4.0, a Internet of Things, e o Machine to Machine irão assumir particular relevo.


Francisco Calheiros presidente da Confederação do Turismo Português
Vejo o próximo ano com alguma apreensão. A economia portuguesa tem de crescer a um ritmo mais elevado e a dinâmica das exportações tem de aumentar para que o país possa finalmente entrar na retoma económica. E para que isso aconteça, é fundamental que haja estabilidade política. No que se refere ao sector do Turismo, acredito que se mantenha o ciclo de crescimento. Os nossos empresários estão confiantes com o seu produto e a sua oferta, mas é preciso criar mais condições para que possam continuar a crescer, nomeadamente, no que se refere à obtenção de financiamento, à estabilidade legislativa, à redução de custos de contexto, à melhor articulação entre o sector público e privado.


Paulo Júlio presidente da Frijobel
Para a Frijobel, 2016 será o ano de início de utilização da nova unidade fabril, que lhe permitirá mais do que duplicar a capacidade de produção, utilizando tecnologias de suporte que melhorarão a sua estrutura de custos actuais. Temos metas de crescimento de exportação acima de 20%, aproveitando os mais de vinte países para onde já vendemos. Para Portugal, esperamos que o impasse político de final de 2015 seja ultrapassado e que o novo Governo não descure as metas orçamentais, nomeadamente aquelas que interferem com o "outlook" externo, uma vez que face ao "stock" da dívida do Estado, qualquer descuido provocará abalos para toda a economia. Como estamos em perspectiva, aproveito para formular um simples desafio nacional: Façam "benchmarking" com os países do Sul da Europa (não me enganei, são mesmo os do Sul) no que concerne a políticas de promoção do país e dos seus produtos da fileira agro-alimentar. As empresas portuguesas precisam que Portugal tenha boa imagem externa e credibilidade, sobretudo quanto estão a tentar vender em mercados longínquos.


Miguel St. Aubyn professor catedrático no ISEG
A manutenção de um mínimo de optimismo é resultado mais do esforço consciente do que da fria análise dos factos...


Pedro Lancastre director-geral da JLL em Portugal
Um ano desafiante, em que o mais importante é manter a credibilidade do país face aos investidores estrangeiros. Se isso acontecer será mais um ano muito positivo para o imobiliário em Portugal.


Filipe Garcia presidente da IMF, Informação de Mercados Financeiros
Algumas notas soltas: há riscos de desaceleração na China e de desvalorização do yuan cujos efeitos poderão ser globais; o preço das "commodities" poderá continuar a descer, colocando ainda em maiores dificuldades algumas economias, em alguns casos com impacto sério no tecido empresarial nacional. Há riscos de maiores complicações no sector financeiro português, o que pode ter impacto na confiança, contas públicas e percepção de Portugal vista de fora. No B2B nota-se a tendência para o controlo de custos, mas que pode já estar a afectar a capacidade de inovação das organizações, a implementação de novas estratégias e a mitigação do risco.


João Cotrim de Figueiredo presidente do Turismo de Portugal
Cheio de oportunidades que cabem aos portugueses aproveitar.




Eduardo Rangel presidente do grupo Rangel
Grande expectativa para 2016 perante vários riscos que podem alterar as previsões mais optimistas; Integração dos migrantes, guerra contra o terrorismo e o ISIS, a estabilidade da Zona Euro e a instabilidade financeira podem fazer ruir as notícias sobre a economia mesmo que medianas.


Arlindo Costa Leite presidente da Vicaima
Um ano de alguma incerteza política na Europa, manietado pelo emergir de forças políticas dos extremos. Um ano "flat" para as matérias-primas, com implicações directas nos países parceiros dos produtores de petróleo. Um ano para potenciar as oportunidades da desvalorização do euro face ao dólar.


António Monteiro Fernandes professor universitário
A melhor garantia da estabilidade política está no facto de os partidos que apoiam o Governo jogarem nisso a sua sobrevivência. A grande dificuldade estará em compatibilizar alguma reactivação do Estado Social (deixado pelo anterior governo às portas da morte) com o controlo das finanças públicas. Com um homem sério e determinado à frente do Governo, acredito que esse desafio vai ser vencido.


Rui Pena senior parner da CMS - Rui Pena & Arnaut
Com relativo optimismo, mas preocupado com a falta de coesão europeia que, embora não conduza no curto prazo à sua desagregação, pode minar o seu futuro.


João Afonso Fialho presidente da Associação das Sociedades de Advogados de Portugal
Um ano em que a incerteza política pode ser determinante para as decisões de investimento, face à pouca transparência dos acordos de suporte ao Governo, independentemente da bondade e acerto das medidas que possam vir a ser adoptadas. Os primeiros seis meses de 2016 vão ser determinantes para aferir da responsabilidade política de quem propôs e aceitou sustentar um Governo de partido minoritário. A economia não se desenvolve sem estabilidade! O risco não é a desagregação da Zona Euro (desejo de uns poucos e prognóstico de muitos outros que teimam em não querer entender a Europa e os europeus), mas sim de empobrecimento de um país frágil que há três décadas tem vindo a destruir o seu tecido produtivo de forma gradual e total impunidade, sem a inteligência de propor políticas alternativas de desenvolvimento. Mudança de mentalidades e responsabilização dos principais agentes políticos, económicos, financeiros e sociais é essencial para um bom desempenho futuro. Os hábitos esclerosados e a impunidade são a antecâmara do pesadelo nacional. Espero que 2016 seja um ano de ruptura inteligente com um passado demasiado longo, de forma necessariamente moderna e liberal nas práticas económicas, mas também vigilante e responsabilizadora no que aos costumes respeita.


Margarida Almeida CEO da Amazing Evolution
Penso que 2016 será a continuação da evolução positiva que se vinha a verificar desde finais de 2013 fruto das condições económica e financeiras internacionais. Portugal poderá aproveitar para consolidar o destino, reforçando o serviço que já presta de muita qualidade e aproveitar para aumentar os preços.


Carlos Poço presidente do Grupo Poço
Com muita apreensão porque estamos perante um grande desafio de gestão para as empresas. Será necessário muito mais inovação e criatividade. E só nos mercados externos conseguiremos algumas respostas.


Carlos Silva presidente da Seedrs Europe
2016 será um ano de grandes desafios para Portugal e para a Europa. Será um ano em que decisões chave determinarão a continuidade da Zona Euro e a estabilidade financeira de Portugal.


Américo Fernandes managing director da DHL Portugal
Com algumas dificuldades face à mudança de rumo de algumas medidas fundamentais para a sustentabilidade da economia portuguesa.


Ilídio Serôdio presidente da Profabril
Optimistas.




João Reis actor
2016, vai ser um ano de uma enorme instabilidade e desassossego. As traficâncias e os interesses estratégicos das grandes potências empurraram-nos para um beco sem saída. Esta espécie de estado de guerra iminente em que vivemos, os sucessivos fracassos das políticas económicas, as catástrofes humanitárias, o crescimento da radicalização e da intolerância são um grande sinal de alarme, sobretudo para a Europa. É preciso que algo de verdadeiramente novo e sensato aconteça, para podermos olhar para que o falta do final da década com algum alento e sem medo. Por cá, podíamos começar por acreditar que os consensos improváveis talvez sejam o princípio de alguma coisa!...


Carlos Barradas managing partner da Boston Consulting Group Portugal
Um ano de grande exigência política, assegurando os equilíbrios mínimos mas assegurando também o cumprimentos dos nossos compromissos. Do lado das empresas espero que continue o esforço de melhoria da nossa competitividade e expansão internacional. Não antecipo que seja um ano determinante em termos de investimento estrangeiro, que em minha opinião é uma das alavancas mais críticas para o nosso crescimento sustentável.


Eric van Leuven managing partner da Cushman & Wakefield
Para o mercado do imobiliário comercial, prevejo mais um ano com bastante actividade, eventualmente menos efusivo do que 2015 devido às alterações políticas no país e alguma instabilidade na Europa.


Jose Minguez country manager da Air Europa Portugal
Optimismo, sempre. Que o brent e o euro continuem estáveis como até agora numa visão global da economia mundial. Num plano local falando de Portugal acho que é preciso um aumento do investimento em infra-estruturas e descida dos custos aeroportuários.


Pedro Pita Barros professor de Economia da Universidade Nova de Lisboa
O ano de 2016 será o ano de todas as negociações parlamentares. No campo da saúde, dado o consenso generalizado sobre várias matérias, caberá ao ministro da Saúde conseguir transformar esses consensos em acções. Caberá aos partidos políticos reconhecerem o que têm de comum ou acentuarem as diferenças.


Gonçalo Rebelo de Almeida administrador do grupo Vila Galé
Em termos de turismo, o ano de 2016 afigura-se um ano positivo semelhante a 2015.




João Miranda CEO da Frulact
Ao nível do Grupo Frulact, vejo com optimismo. Ao nível do país, e do tecido empresarial português vejo com muita preocupação. Há uma necessidade premente de dotarmos as empresas de meios para crescerem e serem competitivas no mercado global, porque só assim o serão no mercado doméstico.


Carlos Barbot CEO das Tintas Barbot
Com apreensão.




Francisco Horta e Costa director-geral CBRE Portugal
Positivamente.




Carlos Silva secretário-geral da UGT
Com confiança no cumprimento das expectativas criadas pelo novo Governo.




António Saraiva presidente CIP
Com relativa preocupação.




Francisco Veloso dean Católica-Lisbon School of Business and Economics
Com alguma apreensão devido ao que antecipo ser a instabilidade política que se vai manter no país. Penso que o momento mais difícil venha a ser a negociação para o orçamento de 2017, em Outubro, que pode levar à queda do Governo.


Abel Sequeira Ferreira director executivo da AEM
2016 é um ano de escolhas decisivas. O principal risco, em Portugal, continua a ser a falta de investimento. Se não conseguirmos atrair investimento directo, em quantidade e qualidade, não conseguiremos assegurar o acesso a fontes autónomas de financiamento, para lá da acção do BCE. Sem investimento directo não será possível assegurar níveis de crescimento que permitam recuperar a criação de emprego, ou provocar a mudança da atitude das agências de "rating", no sentido de uma revisão em alta das respectivas notações, essencial para a melhoria das condições de financiamento. A capacidade de atrair investimento, naturalmente, depende da atractividade da economia. Para este efeito, parece indispensável: manter a evolução e consolidação orçamental acordada com os nossos credores, prosseguir um caminho de alívio da carga fiscal excessiva que asfixia as empresas e bloqueia a procura e o investimento, respeitando os compromissos anteriormente assumidos (por exemplo em matéria de "participation exemption" e reforma do IRC), realizar a reforma dos serviços e das funções do Estado por forma a diminuir a despesa pública, e actuar sobre o problema do endividamento bancário excessivo da generalidade das empresas. Portugal não pode dar-se ao luxo de continuar a prescindir de ferramentas indispensáveis: o mercado de capitais pode e deve ser utilizado como instrumento de (re)capitalização das empresas, e, neste contexto, a existência de benefícios fiscais ao investimento em acções e a redução de todos os custos associados à presença das empresas em bolsa, constituem aspectos essenciais e de concretização urgente.


Pedro Galvão presidente do CPC (Conselho Português de Carregadores)
Muito difícil: internacionalmente. Caso o euro não desvalorize mais, teremos acrescidas dificuldades de exportação. No plano interno, reposição e reversão das políticas do anterior governo podem minar a confiança dos investidores: menos investimento, menos emprego.


Paulo Vaz director-geral ATP
Um ano desafiante, pleno de riscos e incerteza, mas confiante na capacidade do país em os ultrapassar, como sempre fez, com mais ou menos dor.


Mário Ferreira CEO da Douro Azul
Vejo 2016 com optimismo moderado.




José Eduardo Sampaio presidente da Casa do Marquês
Com uma expectativa receosa face a uma possível instabilidade social proveniente de decisões incoerentes face às reais necessidades do país.


Manuel Pinheiro presidente da CVR Vinhos Verdes
Vejo com confiança na exportação mas com apreensão no mercado nacional.




João Vieira Lopes presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal
Um ano de incertezas, nacionais mas fortemente condicionadas pelas opções europeias.




António Ventinhas presidente do SMMP
Ano de grande instabilidade política e económica em Portugal.




Fortunato Frederico presidente da APICCAPS
Um ano internacionalmente difícil, com as principais economias a procurar consolidar processo de crescimento.




Paulo Nunes de Almeida presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP)
Ano positivo.




Gonçalo Soares da Costa director-geral da Fonte Online
Enquanto, empresa, vemos 2016 como um ano de oportunidade, em que antevemos um forte crescimento das nossas operações, especialmente motivado pela importância crescente dos mercados externos. Enquanto cidadão português, vejo com cautela a gestão difícil do equilíbrio orçamental, considerando as promessas eleitorais a que o actual e invulgar Governo se obrigou. Enquanto europeu, preocupa-me a gestão trapalhona da crise de refugiados, que tem sido de extremos, quando deveria ser de moderação, para ser sustentável a prazo.


Henrique Soares presidente da Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal
Um ano de transição: para o caos ou para um novo ciclo.




Luís Aguiar Conraria professor de Economia
Escolhemos o ano errado para entrar em aventuras políticas.




Miguel Fonseca CEO EDIGMA
Será um ano exigente, onde é necessário muita atenção e pró-actividade.




Francisco Madelino presidente do IPPS-ISCTE
Em 2016 as principais incertezas internacionais residirão nos preços do petróleo e nas taxas de juro. Quanto a Portugal, estará na forma como a UE tolerará metas mais lentas de ajustamento orçamental e como o sistema financeiro estabilizará.


Carlos Magno presidente da ERC
Vejo 2016 como o ano em que vamos ficar surpreendidos por acontecer tudo aquilo de que estávamos à espera.

 

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