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Uma cidade tão inteligente como os seus moradores

Estima-se que as cidades passem a albergar 67% da população global em 2050, o que obriga as cidades a enfrentarem grandes desafios.

05 de Dezembro de 2016 às 14:39
O desafio para as cidades é o de criar infra-estruturas inteligentes. Nacho Doce / Reuters
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Como podem as cidades com infra-estruturas do século XVIII apoiarem a vida do século XXI? Melhorias na infra-estrutura, como a iluminação inteligente e inovações em mobilidade, poderiam poupar milhões e euros nos orçamentos das cidades.

Infra-estrutura verde

As áreas urbanas que incorporam soluções como telhados verdes, bioswales, pavimentação permeável, bioretenção e gestão de água são consideradas uma maneira eficaz de combater os custos crescentes associados às mudanças climáticas. Menos despesas no tratamento de água e na utilização de energia podem gerar economias substanciais ao longo do tempo. Em 2012, o furacão Sandy causou 32 biliões de dólares de prejuízos à cidade de Nova York. Um ano depois, a cidade lançou um plano de resiliência que exigia pântanos, um sistema de esgoto de grande dimensão, em que esperam economizar 1,5 bilhão de dólares em 20 anos.

Infra-estrutura inteligente

Os avanços na infra-estrutura inteligente também oferecem perspectivas mais promissoras. Utilizando as tecnologias digitais, as cidades poderiam obter mais dos sistemas existentes através de programas analíticos e sensores que se tornaram mais baratos e mais avançados.

Um estudo de caso bem sucedido é o de Barcelona. A cidade procurava sair da estagnação económica e de se desenvolver após a recessão de 2008. Para ajudar a poupar e a optimizar a infra-estrutura urbana, o governo local utilizou as mais recentes tecnologias de computação e abraçou iniciativas de "cidades inteligentes".


1,5
Biliões de dólares
é quanto a cidade de Nova Iorque espera economizar nos próximos 20 anos com novos investimentos.

20000
Sensores
forma instalados pela autarquia de Barcelona para monitorizar o consumo de energia e de água.


Ajudou a reduzir o congestionamento e as emissões através de sensores que levaram os condutores a utilizarem mais racionalmente os espaços de estacionamento; criou uma rede de sensores para monitorar a precipitação e a humidade, e instalou cerca de 20.000 sensores inteligentes para monitorizar o consumo de energia e melhorar a eficiência. No total, Barcelona calcula que economizou 37 milhões de dólares com a iluminação inteligente, 58 milhões de dólares com as medidas de água inteligente e aumentou o fluxo de caixa dos parques de estacionamento em 50 milhões de dólares, graças à Internet das Coisas.

Inovação em transportes

Para os especialistas em transporte, as inovações digitais centradas na mobilidade, como as aplicações que incentivam a partilha de automóveis e microssimulações que prevêem a procura de viagens, são essenciais para o crescimento seguro e eficiente da cidade do século XXI, segundo um novo estudo do EY, "All change, please-How Shifting passenger behavior can improve can improve mobility in cities". Estas ferramentas localizadas aumentam o nível de precisão para áreas de conhecimento difuso. Uma microssimulação em Sydney, na Austrália, por exemplo, mostrou que a partilha de veículos autónomos para o transportar escolar era uma pequena medida mas com impacto significativo no descongestionamento de tráfego.

Investir no futuro

Empregar tecnologia para reduzir os custos de longo prazo das infra-estruturas é provável que se torne uma tendência nos próximos anos. Adoptando estratégias de conectividade as metrópoles podem economizar no presente e investir no futuro. n


Fontes:
http://www.insidephilanthropy.com/home/2016/8/11/turning-run-down-city-land-into-examples-of-equitable-green.html
http://www.csmonitor.com/USA/Latest-News-Wires/2012/1126/Superstorm-Sandy-racks-up-32-billion-in-NY-damages-video
http://www.citylab.com/tech/2012/04/green-infrastructure-could-cities-save-billions/1832/
http://datasmart.ash.harvard.edu/news/article/how-smart-city-barcelona-brought-the-internet-of-things-to-life-789


Este artigo foi produzido em nome de EY por Quartz serviços criativos e não pela equipe editorial Quartz.



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