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O tema do financiamento foi debatido no segundo painel da conferência.
Para o presidente da Portugal Ventures, organismo público de capital de risco, José Epifânio da Franca, o País tem de "criar condições para atrair capital internacional".
"A Portugal Ventures tem alguma capacidade de financiar [as start-ups] após a fase de 'seed capital' [capital de semente usado tipicamente na fase de desenvolvimento do projecto] e tem vindo a fazê-lo. Mas quando as empresas estão a chegar à fase de serem campeões do mundo - sendo que para serem campeões precisam de investimentos de dez, 20, 30 milhões de euros - não temos capital", contou. Por isso, sustenta, Portugal tem de conseguir financiamento externo para conseguir apoiar o ecossistema de empreendedorismo de base tecnológica, de forma a "criar os campeões do mundo que precisamos". Ainda assim, acredita que o País aprendeu com os erros do passado e sabe já estabelecer condições para que as start-ups sejam bem sucedidas.
Miguel Farinha, da EY, considerou que nos últimos anos se verificaram mudanças nas empresas, nomeadamente no sentido em que começaram a procurar mais capital privado para se financiarem. "Há uma série de 'private equities' a investirem. É uma forma muito inteligente de as empresas se financiarem", afirmou.
Por outro lado, Luís Filipe Costa, do Montepio Investimento, destacou a inovação no financiamento. "A necessidade aguça o engenho. O sistema de garantia mútua funcionava de forma diferente. O que fizemos a partir de 2008 foi simplificar todo este processo. O empresário passou a ir só ao seu banco e, a partir daí, todo o processo é assegurado pelo banco" salientou adiantando que "de lá para cá, fizemos 12 mil milhões de euros de créditos". O responsável explicou, contudo, que os projectos são analisados em relação ao risco antes de ser concedido o financiamento. E, "a posteriori", são realizadas auditorias.