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O desafio dos mercados globais

Portugal, que tem como necessidade estratégica o aumento das exportações. Esta confronta-se com um mercado global competitivo, uma transformação digital acelerada, condições macroeconómicas complicadas, um sistema financeiro em reestruturação e renascimento do proteccionismo.

25 de Outubro de 2016 às 11:29
Bloomberg
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As economias pequenas e abertas tendem a ter o seu futuro influenciado pelo desempenho dos seus principais parceiros económicos e das áreas geográfica e políticas em que se inserem. Portugal, que tem como necessidade estratégica o aumento das exportações dos actuais 40% do PIB para 50%, não é excepção. Contudo, esta estratégia confronta-se com um mercado global competitivo, uma transformação digital acelerada, condições macroeconómicas complicadas, um sistema financeiro em reestruturação e, ainda, um neo-proteccionismo que está relacionado com o recrudescimento de medidas proteccionistas dos mercados.

As PME, que constituem 98% do tecido empresarial em Portugal têm, por isso, um futuro particularmente desafiante. Por um lado, a crise forçou-as à internacionalização sem uma adequada estrutura de capital, o que lhes coloca problemas mas também abre as portas a oportunidades de parcerias, alianças ou aquisições, pois oferecem acesso imediato para os mercados emergentes. Por outro, a transformação digital mudou a forma e o contexto dos negócios.

Na quase totalidade dos negócios, o digital não constitui condição suficiente para que uma empresa seja competitiva mas constitui, seguramente, uma das condições mais necessárias, e mais generalizadas, de competitividade de qualquer empresa. Prevê-se que em 2025 cerca de 75% da força laboral seja, na sua maioria, de origem digital, o que implica uma crescente necessidade de digitalização. Uma antevisão que permite identificar necessidade de recursos qualificados, e de elevados investimentos para que um produto digital seja competitivo e entre no mercado global.

Para ser competitiva uma empresa necessita de pelo menos três competências críticas e não sobrepostas: conhecimento do negócio, conhecimento da empresa e conhecimento da tecnologia, nomeadamente digital. Uma situação preocupante quando o modelo de disseminação das tecnologias digitais tem de ser realizado em PME, que normalmente têm dificuldade em absorver recursos de grande conhecimento e de elevada qualificação.




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