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Foco estratégico para Portugal no digital

A análise serviu de base para, a partir de constatações, se gerarem princípios de acção, que são oportunidades para se alterar o status quo.

Filipe S. Fernandes 05 de Dezembro de 2016 às 15:13
Kacper Pempel/Reuters
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1. Pessoas

Qualificação, actividade e cidadania


Educação
• Preparar as gerações para fazerem opções dando-lhes mais Competências sociais (pensamento crítico e integrado) > Introdução de mais disciplinas de expressão motora e artística.
• Incentivar o Espírito Empreendedor e de iniciativa nas pessoas > Divulgação e valorização de casos de sucessos sobre empreendedorismo.

Sociedade
• Identificar, formar e acompanhar os talentos que cada um dispõe > Fomento e premeio de projectos-piloto no seio das escolas.
• Criar consciência sobre o controlo e a segurança de dados pessoais > Divulgação de boas práticas (guidelines) e sensibilizar para os riscos através de campanhas de sensibilização que causem impacto.
• Educar e sensibilizar as famílias para a gestão/educação das novas gerações nativas digitais > Criação de plataformas de partilha de experiências e promover reflexões comunitárias.

Trabalho
• Apostar na qualificação e requalificação das pessoas e alavancar as competências e conhecimentos para a economia digital > Criação de projectos de requalificação de pessoas e competências, dota-as de novos tipos de skills.
• Equilibrar o balanço entre skills técnicos e soft skills bem como a capacidade de trabalho noutros formatos (horário flexível e teletrabalho) > Alteração de processos de captação de talento e de recrutamento e introdução de novos modelos de trabalho.



2. Organizações
Capacitação, competitividade e escala



Transformação Operacional
• Conceber novas formas de avaliação e de envolvimento dos talentos, adaptação e estímulos > Introdução de mecanismos de participação activa e criação de uma cultura de estímulos relacionados com a actividade, mas também com a responsabilidade social.
• Expandir a dinâmica organizacional, as várias actividades e iniciativas, ao conceito de projecto (equipas com determinado objectivo, prazo, ritmo e impacto) > Criação de portfólios de iniciativas com equipas dedicadas e responsabilidades
• Criar uma base de agentes de mudança e dinamização digital que permitam aproveitar oportunidades (novos modelos de serviço ou produtos) mais digitais > Redefinição de funções e aumento da agilidade organizacional.
• Fomentar culturas organizacionais e modelos de trabalho flexíveis (mais responsabilização e resultados) que permitam gerir melhor a sustentabilidade da digitalização na sociedade > Adopção de práticas de gestão que incentivem a autonomia e a avaliação por resultados.
• Dotar as empresas de criatividade, flexibilidade, capacidade de resposta rápida organizacional para poderem lidar com rápida e permanente mudança > Criação de práticas de criatividade e benchmark que sustentem a geração de ideias disruptivas.
• Apostar na criação de mecanismos de integração em redes internacionais de modo escalar os negócios, sendo participantes activos no mercado digital > Aposta na escalabilidade das operações e na participação activa em redes de conhecimento.
• Adoptar práticas de segurança e privacidade de informação de forma a proteger os dados/informação e mitigar os riscos reputacionais e financeiros > Avaliação regular de comportamentos em matéria de segurança e divulgação de casos de insucesso.

Vínculo relacional
• Criar experiências únicas para os clientes, proporcionando um engagement com a marca > Promoção de momentos diferenciadores de contacto e interacção.
• Conhecer o cliente, entender em profundidade as suas necessidades, e desenvolver uma proposta de valor que, se possível, exceda as suas expectativas > Aposta numa visão customer centric, combinando informação interna com informação externa, estruturada e não estruturada.
• Adoptar e gerir uma multiplicidade de canais (tradicionais e novos) e de pontos de contacto e estar direccionada para o cliente > Promoção de estratégias de actuação multicanal para o lançamento e monitorização dos produtos e serviço, com segmentações finas de personas

Sofisticação tecnológica
• Dominar o ecossistema digital, aliando o conhecimento das tecnologias, ao conhecimento de negócio e ao conhecimento da organização > Aposta na digitalização centralizada do digital nas cidades
• Aproveitar as tecnologias digitais e a consequente recolha exponencial de dados a partir de múltiplas fontes de informação, para a construção de algoritmos e de integração de "pontos de observação" outrora desconexos > Criação de inteligência de negócio, com capacidades preditivas e prescritivas.
• Criar novos modelos de negócio, novos produtos e serviços que tirem partido das tecnologias e dos dados que se conseguem capturar e obter no seu território (empreendedorismo jovem ou intra-empreendedorismo) > Aposta em dados abertos que tenham utilidade para os modos de vida.
• Criar mecanismos de cibersegurança nas organizações > Definição de regras, políticas e instrumentos de monitorização e resposta.



3. Estado

Fomento, regulação e racionalização



Economia
• Assegurar que Portugal é parte activa das redes internacionais de circulação de talento > Criação de mecanismos de retenção do talento nacional e de atracção do talento estrangeiro

Inovação
• Apostar na criação de mecanismos de integração da empresas portuguesas em redes internacionais de modo a adquirir capacidades de escalar os negócios, sendo participantes activos no mercado digital > Criação de um posicionamento de marca "sofisticação tecnológica e de inovação" de Portugal, para facilitar entrada nos mercados.
• Dinamizar a digitalização do Estado de modo a produzir um efeito reprodutivo na sociedade e na economia > racionalização de meios por intermédio da digitalização e sofisticação do serviço aos cidadão e às empresas.

Ciência
• Garantir mecanismos de disseminação das tecnologias digitais nas PME (têm normalmente dificuldade em absorver recursos de grande conhecimento e de elevada qualificação) > Promoção de plataformas cooperativas para partilha de experiências e acesso a boas práticas.
• Regulamentar e legislar, sobretudo ao nível da privacidade e da segurança de informação, para fazer face à evolução e sofisticação das tecnologias Digitais > Criação de enquadramento legal/jurídico que permita penalizar as situações de incumprimento e fomentar a adopção correcta de comportamentos.

Empreendedorismo
• Criar mecanismos de financiamento e de escalabilidade para as start-ups e PME portuguesas (o mundo muda rapidamente e exige criatividade, flexibilidade, capacidade de resposta o que pode ser bom para tecidos económicos como o de Portugal) > Criação de programas de financiamento para novos negócios/projectos com posicionamento.
• Dar visibilidade aos negócios de sucesso de start-ups, criando efeito demonstrador > Criação de fóruns de disseminação e de campanhas de awareness para os resultados e para o percurso.



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