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Dar aos clientes o que eles precisam

A maioria das empresas foca-se na optimização da experiência do cliente. Mas numa era de ruptura, são essas melhorias incrementais o suficiente para chegar ao sucesso?

05 de Dezembro de 2016 às 14:27
As empresas inovadoras também ajudam a mudar o mercado. Mariline Alves/Correio da Manhã
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Organizações bem-sucedidas ouvem constantemente os desejos dos clientes, criam experiências mais intuitivas para os consumidores ou oferecem um melhor atendimento ao cliente, e reagem rapidamente à entrada de novos produtos no mercado. Mas numa era de inovação disruptiva, é suficiente concentrar-se em melhorias ?

As empresas mais inovadoras procuram soluções para os maiores problemas ou desejos que os clientes poderão enfrentar no futuro próximo e abordar as necessidades que os próprios clientes podem ainda não ter articulado ainda. Ao fazê-lo, essas empresas inovadoras estão a preparar-se para mudar o mercado.

Fora com o currículo

O recrutamento de pessoas feito pelas empresas é uma das muitas áreas que está a enfrentar a disrupção. Novas empresas inovadoras procuram mudar a forma como os candidatos são seleccionados - um método que manteve-se o mesmo durante décadas. O tempo despendido no recrutamento e formação de talento é muitas vezes dispendioso mesmo para uma grande empresa, por isso é importante que não haja perdas de tempo e de recursos em pessoas que podem não se adequar. Mas, como é que as empresas podem encontrar maneiras eficazes e novas para identificar e atrair os melhores talentos?

Encontrar lacunas contra a concorrência

Com sede em Nova York, a Switch, opera com o mesmo modelo de negócio da aplicação Tinder, permitindo que potenciais empregados e empregadores façam match e se "correspondam" quando há um interesse mútuo. A Switch tem sido capaz de atrair recrutadores e pessoas à procura de emprego conectando os dois mais rapidamente. É uma forma de atrair pessoas com perfis específicos, mas que não estão activamente à procura de emprego, de forma mais original e envolvente que os headhunters tradicionais. "Os recrutadores estão a tentar conectar-se com pessoas de que necessitam mas que são não estão a utilizar aplicações tradicionais nem estão sentados ao computador o dia todo", disse o CEO, Yarden Tadmor. "É uma maneira disruptiva de procurar o seu envolvimento."

A necessidade de velocidade

Outra start-up, a sueca SelfieJobs, permite que os candidatos a um emprego revelem as suas personalidades com vídeos e fotos, além de poderem destacar a sua história de emprego, competências e experiência. Ao atrair seus clientes, a empresa também enfatiza a importância da velocidade. " A coisa mais importante para as empresas é a velocidade", disse Martin Tall, CEO da SelfieJobs. "Acreditamos que se pudermos aumentar a simplicidade e a rapidez de resposta aos anúncios de emprego das empresas, mais aplicativos serão lançados. Conseguimos diminuir o processo de candidatura para um ou dois minutos. "

Empresas como a SelfieJobs e a Sqore resolvem problemas aos clientes com necessidades globais. As empresas de grande crescimento precisam de contratar rapidamente, e por isso há uma maior necessidade de o processo de recrutamento mudar e acompanhar a procura.

Inovação lidera o caminho

Lyngman, da Sqore, observa que, como uma start-up de base sueca que cresceu rapidamente, teve que ser criativa para atender às necessidades de uma base de clientes global. Isso exige que a tecnologia, a escalabilidade e a qualidade do produto sejam as prioridades mais importantes para a empresa. "Podemos estar em Estocolmo e ajudar uma empresa da Indonésia a encontrar e recrutar o talento certo sem ter de estar presente fisicamente" diz . "Podemos fazer o mesmo em Nova York ou Seattle".

Mas o que faz da Sqore verdadeiramente inovadora é a sua capacidade de pensar de forma diferente sobre as necessidades dos seus clientes. A empresa está a revolucionar uma indústria antiga que tem sido lenta, e, muitas vezes ineficiente e exclusiva.


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