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Com juros baixos é preciso "pneus de chuva"

"Quanto mais baixo vejo as taxas de juro, quanto mais fácil vejo o financiamento, mais correntes e pneus de chuva coloco".

15 de Abril de 2015 às 09:43
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"Quanto mais baixo vejo as taxas de juro, quanto mais fácil vejo o financiamento, mais correntes e pneus de chuva coloco". Daniel Bessa, director-geral da COTEC, socorreu-se de uma modalidade que aprecia, a Fórmula 1, para alertar para os perigos das baixas taxas de juro, que se verificam actualmente.


"Acho que os tempos são muito perigosos, porque podem fazer regressar a ideia de que o mercado [interno] tem alguma coisa para dar. E terá, no dia em que as empresas exportem [mais], criem emprego, paguem salários e as pessoas, com esses salários, gastem internamente. Mas é só assim, porque antes têm de crescer na área da exportação", sustentou .


É precisamente no mercado externo que está, segundo o responsável, a chave para o crescimento económico nacional. Algo em que a inovação terá uma palavra a dizer porque "a inovação é instrumental para o crescimento". "Tudo o que vejo em matéria de crescimento não chega. Não chega para criar emprego, para reduzir a dívida e reduzir impostos. Alguma coisa terá de ser feita, seja com inovação ou sem inovação. Talvez não seja possível crescer sem inovação" admitiu. Além disso, Daniel Bessa acredita que quando uma empresa vai para novos mercados está a inovar, nomeadamente, porque tem de mostrar claramente o que a distingue das demais num mercado em que está exposta a uma concorrência maior. Para explicar o sua visão, voltou a usar uma imagem, desta vez futebolística.


"Diz-se que o Futebol Clube do Porto é um horror. Ganhou [porque] comprou tudo, [incluindo] árbitros. Mas ganhou lá fora. Acho que lá fora não compraram nada. É impensável que o Futebol Clube do Porto, que ganhou lá fora, tenha comprado. Quando o jogo é virado para o mercado exterior", as empresas mostram as suas capacidades.

 

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