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Quem são os principais clientes da Sodecia Guarda?
A Renault é um cliente de grande importância, porque temos uma peça que fornecemos para o mundo inteiro, que vendemos para o Chile, França, Espanha, Portugal (Cacia), Índia (Chennai), China e Rússia. Fornecemos também a Visteon, em Palmela, que faz auto-rádios e sistemas de airbag, e temos um projecto com a Mitsubishi no Tramagal, em que fazemos estruturas de assentos de bancos. E desde o ano passado fornecemos a Daimler, para a fábrica de Estugarda.
Quanto facturaram em 2014? Quem tem mais peso nessas vendas?
Vendemos cerca de sete milhões de euros em 2014, e, disso, 90% corresponde a exportação. Até 2012, a Renault representava 75% das vendas. A maior parte disto era exportação. Para 2015 vamos ter uma inversão e 75% das vendas serão representadas pela Daimler. A Renault vai pesar 15% e a Visteon 5%.
Como é que esta unidade resistiu à crise no sector?
A Guarda estava a definhar, a perder negócio há coisa de seis anos. Se tivéssemos seguido a relação directa com as vendas, teríamos de ter feito um despedimento colectivo de 10 pessoas. Em 89 pessoas, em 2010, era significativo, mas decidimos manter as pessoas noutras acções para ter rentabilidade. Invertemos um ciclo negativo quer para a fábrica, quer para a região. Perdemos vários projectos mas ganhámos este projecto [Daimler] que foi óptimo.
só peças mas profissionais portugueses para o mundo.
Director-geral da Sodecia Guarda
A Guarda pesa pouco nas contas do grupo. Que importância tem esta unidade?
É muito importante do ponto de vista simbólico. A Sodecia nasceu aqui e tem um valor muito importante para o fundador e para a administração. E é uma academia de profissionais, gestores e decisores. A pessoa que estava antes de mim está a gerir a fábrica de Dalian, na China. A que estava antes dela está nos EUA, e a que estava antes dessa está na Tailândia. A fábrica exporta não só peças mas profissionais portugueses para o mundo inteiro.
Está preparado para dar o salto?
Na Sodecia temos de estar preparados para tudo. Trabalhei sempre em multinacionais alemãs, e ver que uma empresa 100% portuguesa, do interior do país, trabalha, combate com empresas de grandes dimensões americanas, alemãs, francesas e com o sucesso que está à vista, dá-me um gozo enorme.