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O desafio das comunidades de energia

Um dos projetos em que a Câmara Municipal está a trabalhar é a criação de comunidades de energia renovável, uma das quais se concretizará em breve: a do Taguspark.

29 de Novembro de 2024 às 15:00
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Foto em cima: Francisco Rocha Gonçalves, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Oeiras

Um dos projetos em que a Câmara Municipal está a trabalhar é a criação de comunidades de energia renovável, uma das quais se concretizará em breve: a do Taguspark. "Não é uma tarefa fácil envolver a população, sobretudo devido a uma dimensão importante desta questão da produção de energia residencial, que está relacionada com o armazenamento. É preciso garantir a capacidade de armazenar a energia para motivar as pessoas a aderir a esta mudança", explicou Francisco Rocha Gonçalves, durante uma iniciativa do Electric Summit, um projeto do Negócios, da Sábado e da CMTV, em parceria com a Galp, a REN e a Siemens, que conta com a EY como knowledge partner e com Oeiras como município anfitrião.

A racionalidade económica é essencial para motivar o cidadão.Francisco Rocha Gonçalves
Vice-Presidente da Câmara Municipal de Oeiras

A escala é fundamental para que a energia produzida possa ser armazenada e vendida, sendo injetada na rede. "A racionalidade económica é essencial para motivar o cidadão", destacou Francisco Rocha Gonçalves.

No passado mês de março, o município e a Galp inauguraram o ‘Caxias Living Lab’. Este projeto inclui um espaço de teste para conceitos, tecnologias e soluções energéticas, localizado no Mercado Municipal de Caxias, e uma comunidade energética composta por 20 edifícios, entre os quais o Centro Comunitário e Paroquial Nossa Senhora das Dores, a Escola Nossa Senhora do Vale e o próprio Mercado Municipal de Caxias.

Com 10 produtores de energia renovável provenientes de painéis fotovoltaicos, o objetivo é maximizar a utilização da energia para atender às necessidades dos próprios produtores. Isto inclui o fornecimento de energia para termoacumuladores elétricos e bombas de calor, substituindo esquentadores e caldeiras tradicionais e, consequentemente, reduzindo significativamente as emissões de CO2.

Além disso, o sistema alimenta também carregadores de veículos elétricos, que, quando necessário, podem fornecer energia de volta às residências, criando um ciclo de energia sustentável e eficiente.

Esta iniciativa promete gerar, anualmente, 140 MWh de energia verde, reduzindo o consumo de energia da rede em 30% e eliminando 20 toneladas de emissões de CO2.

Francisco Rocha Gonçalves referiu ainda que a Câmara Municipal de Oeiras tem, há mais de três décadas, um programa de educação ambiental nas escolas do concelho, "que é o mais antigo programa de educação ambiental do país". No passado, o programa era mais focado na correta separação e reutilização de resíduos sólidos urbanos. Atualmente, tem uma abordagem muito mais holística e global, abordando não apenas questões ambientais, mas também as transições do século XXI.

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