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Os projetos da Galp em Sines

Com as três fases, totalizando 300 MW, será alcançada a substituição total do hidrogénio cinzento pelo hidrogénio verde de origem renovável.

25 de Outubro de 2024 às 14:00
Por dia, são processados na unidade da Galp em Sines cerca de 220 mil barris de petróleo equivalente. É a única refinaria do país.
Luis Guerreiro
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Um dos raros projetos de hidrogénio verde na Europa é o da Galp, que está a transformar o seu parque industrial em Sines. Este projeto visa substituir o hidrogénio cinzento atualmente utilizado na produção de combustíveis na refinaria por hidrogénio verde. A primeira fase está em execução e destina-se à substituição do consumo atual de aproximadamente 60 mil toneladas de hidrogénio cinzento por ano, em diversos processos produtivos, por uma capacidade de eletrólise de 100 MW, que produzirá cerca de 10 mil toneladas por ano - um sexto das necessidades totais.

"Esta primeira fase, para a qual aprovámos o investimento em setembro de 2023, está a ser executada dentro do prazo, e prevemos que entre em produção no início de 2026. A nossa expectativa é conseguir implementar as fases seguintes nos próximos anos, em função do desenvolvimento deste mercado", referiu Diogo Almeida, diretor de Desenvolvimento de Negócios de Hidrogénio da Galp.

A empresa tem mais duas fases planeadas para este grande projeto de hidrogénio verde. Na segunda fase, estão previstos 200 MW, e este projeto foi um dos sete na Europa a garantir um financiamento de 84,2 milhões de euros do European Hydrogen Bank. "Se conseguirmos assegurar a viabilidade económica do projeto, este poderá entrar em produção em 2028. Se tudo decorrer como planeado, seguir-se-á uma terceira fase", acrescentou Diogo Almeida. Com esta terceira fase, de 300 MW, será realizada a substituição total do hidrogénio cinzento por hidrogénio verde de origem renovável.

"Estes projetos de substituição do hidrogénio cinzento pelo hidrogénio verde nas refinarias permitem reduzir as emissões dos combustíveis que utilizamos atualmente, pois não temos alternativas viáveis. Nesse sentido, são, provavelmente, a melhor forma de empregar o hidrogénio hoje para reduzir as emissões à escala europeia", destaca Diogo Almeida.

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