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A relação dos clientes com os bancos alterou-se por completo. E a digitalização impulsionou essa mudança. Mas, segundo os responsáveis de marketing de alguns dos principais bancos a operar em Portugal, as instituições financeiras estão a acompanhar esta onda já há bastante tempo.
"Os clientes tinham historicamente uma relação muito forte com o seu balcão. Mas esses tempos acabaram. Eram os tempos dos nossos pais. Já não são do nosso tempo e, claramente, não são dos nossos filhos", explicou Miguel Magalhães Duarte (na foto), director de Comunicação do Millennium BCP, na conferência Futura, organizada pelo Negócios.
"Como alguém chegou a dizer, as novas gerações preferem ir ao dentista do que ir ao balcão de um banco. O que quer dizer que os dentistas melhoraram claramente", acrescentou, em tom de brincadeira.
"A banca sentiu a necessidade de se adaptar à digitalização desde sempre", comentou. "Hoje os nossos clientes que usam o digital não chegam a 40%. Mas nos próximos três anos queremos passar para 60%", revelou.
Uma visão partilhada por Vicente Moreira Rato, Director de Marketing Retalho do Novo Banco, que aproveitou para sublinhar que no que toca às fintech, "diria que todos os bancos em Portugal trabalham com alguma. Já estão habituados", sublinhou.
Por sua vez, Vítor Pereira, Director de Desenvolvimento de Negócios, Produtos, CRM & Marketing do Bankinter Portugal, destacou a importância da convivência do mundo digital e do espaço físico. Um casamento que pode ajudar a sustentar um elemento que considera que é essencial nesta indústria a confiança.
Até porque, como acrescentou Sérgio Miguel Santos, director da área Banca Digital do BPI, "as pessoas não querem ter uma relação com o banco, têm um conjunto de necessidades para ter essa relação".
Por todos estes motivos, o importante é garantir que ganhamos esta batalha pela confiança do consumidor", disse Rui Soares, Director Central da Direção Caixadirecta da CGD.