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"O segredo para a capacidade de atracção da cidade de Braga, que é um referência importante para a região, está nas pessoas", referiu Firmino Marques, vice-presidente da Câmara Municipal de Braga. As pessoas e o tecido que elas forjam nas organizações, nas empresas, nas instituições, nos organismos culturais, desportivos e sociais que colocam Braga como a terceira cidade do país. Mas também "corresponde, desde de 2013, à ambição de ser internacional tanto na Península Ibérica como na Europa e no Mundo".
Hoje Braga está em todos os fóruns importantes que digam respeito ao desenvolvimento da cidade e dos agentes económicos, e que produzam resultados para a economia nacional", afirmou Firmino Marques. A cidade tem uma envolvente regional com mais de 1 milhão de habitantes, e pretende agora posicionar-se no Top 10 das cidades da Península Ibérica.
vice-presidente da Câmara Municipal de Braga
Apesar de a história de Bracara Augusta como território administrativo organizado se perder no tempo dos milénios, Firmino Marques marca, em 2013, o advento de um tempo novo, com a eleição de Ricardo Rio para presidente da Câmara Municipal de Braga, substituindo uma dos dinossauros autárquicos, Mesquita Machado, que foi presidente da autarquia de 1976 a 2013.
"A Câmara tem estimulado a acção de empresas e pessoas para produzir uma realidade que nos oriente e que orienta quem aposta no nosso concelho, sob o ponto de vista económico", acentua Firmino Marques. Sublinhou que "o conhecimento produzido na cidade é um factor de atracção".
Um desígnio que orienta a Câmara Municipal de Braga desde sempre, agora com mais enfoque, em questões importantes, como os valores que levam à excelência, e que é o criar a atractividade, estimular, encantar, produzir motivos para que as instituições, as empresas, as pessoas se sintam bem em Braga.
O antes e o depois da Universidade
Reconhece que, com a instalação da Universidade do Minho em Braga há mais de 40 anos, "nada ficou como estava", nas palavras de Firmino Marques, e tem sido, a par da autarquia e das associações empresariais, um dos motores que colocou Braga no patamar de atracção em que está.
Para Jorge Baptista, co-presidente executivo da Primavera Software, "há um antes e um depois da instalação da Universidade do Minho, apesar de Braga ser uma cidade milenar e com muitos momentos importantes ao longo da sua história", acentuou Jorge Baptista, co-presidente do Conselho de Administração da Primavera. "Foi um abrir das cidades como Guimarães ou Braga, com a vantagem de ser uma universidade nova que foi fundada por inovadores, doutorados que estavam no topo das suas carreiras e havia uma certa inquietude na universidade".
Criou um ecossistema empresarial e de conhecimento que vai crescendo dentro da região. Mas há um segundo momento muito importante que está ligado a apostas claras da autarquia para abrir ainda mais a cidade ao conhecimento e fazendo um conjunto de iniciativas ligados à economia, ao empreendedorismo e à inovação. A conjugação destes diferentes factores , de que a economia e as empresas precisam, faz com que Braga tenha hoje um papel relevante na área tecnológica, nas empresas de base tecnológica e até na transformação das empresas tradicionais em empresas competitivas usando competências e produtos tecnológicos.
Segundo Firmino Pereira, "os valores de Braga que levam à excelência são a consolidação, o equilíbrio, a sustentabilidade, o rigor, a transparência, a gestão, a solidariedade e a promoção". "O nosso modelo de desenvolvimento assenta no conhecimento, no talento qualificado, na inovação. Não é só produção made in Braga, mas criação invented/designed in Braga... No mundo, há cinco grandes players quanto ao automóvel do futuro e dois já estão cá", diz Carlos Oliveira, presidente da InvestBraga, numa entrevista.
A cidade das exportações
Braga passou do 12º lugar em 2015 para 7º no ano passado, com um reforço do peso nas exportações de mercadorias 1,6% para 2,7%, segundo dados do INE. Mas se contassem com as exportações da APTIV seria o terceiro concelho.
Cerca de um décimo do aumento das exportações portuguesas de mercadorias portuguesas entre 2013 e 2017 deve-se a Braga. Só as vendas deste município subiram 724 milhões de euros, duplicando para um valor anual de 1,5 mil milhões euros.