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Em Braga trabalham-se três verticais. O IT "que é um saco mais horizontal, a nanotecnologia, e as tecnologias da saúde. Na nanotecnologia temos na cidade condições únicas com a presença INL (International Iberian Nanotechnology Laboratory) e temos como parte da nossa missão ajudá-lo a ter um impacto na economia e a traduzir grande parte do conhecimento produzido na criação de empresas", explica.
Depois têm "uma relação íntima com a Universidade do Minho", como diz Alexandre Mendes. Muitas das startups nasceram nos bancos da universidade. Mais uma vez "queremos ajudar a que o conhecimento produzido na universidade se traduza em valor económico e em empresas".
Peso internacional
Mas a Startup Braga, que existe há quatro anos, já passou para além dos limites da cidade e do concelho. Neste período ajudaram a criar 123 startups, apoiando nas várias fases desde a angariação de investimento, tendo recolhido investimento privado de 28,5 milhões de euros para as startups. "Estas startups não vão só a pitchs e a eventos, contratam e pagam a pessoas, impostos, têm problemas de espaço, contratam bancos, precisam de crescer", refere Alexandre Mendes.
"No nosso último programa de aceleração tivemos candidaturas de 14 países diferentes, trabalhamos com startups de cinco países diferentes e os perfis de empreendedores que nos procuram já não são miúdos sem uma oferta de trabalho, são cada vez mais executivos com grande experiência que já fizeram uma carreira e que a dada altura decidiram dar o salto".
Queremos ajudar a que o conhecimento produzido na universidade se traduza em valor económico e em empresas.
Há mais estrangeiros à procura das competências críticas na área das tecnologias, do que de empresas portuguesas. Mais rapidamente estamos a conseguir uma visibilidade externa do que na própria região. Alexandre Mendes
director da Start-Up Braga
Faz parte da InvestBraga, que é uma empresa municipal, que tem por missão e compromisso o desenvolvimento e dinamização da economia local. "É a via verde para o investimento", explicou Alexandre Mendes. Aumenta a rapidez, é barata, e há uma pool de talento que não existe em outras cidades. "Há mais estrangeiros à procura das competências críticas na área das tecnologias, do que de empresas portuguesas. Mais rapidamente estamos a conseguir uma visibilidade externa do que na própria região".
"O talento é uma coisa que nos preocupa para manter a marca que sempre tivemos", refere Alexandre Mendes. "Mas também queremos ter impacto nas empresas já instaladas através das novas tecnologias, gestão de projectos, novas formas de relação com os clientes".
O conceito de ecossistema aplica-se a Braga, no entendimento de Alexandre Mendes, porque há uma colaboração entre os vários stakeholders, "uma partilha de agenda e de visão, que na prática em Braga é bastante leal, e que se traduz num plano estratégico de desenvolvimento".
A InvestBraga, Agência para a Dinamização Económica de Braga, costuma ouvir as 24 empresas mais importantes da cidade sobre as questões do desenvolvimento e dinamização económica.