A Janela Única Logística (JUL) é um projeto que tem como objetivo concretizar a transformação digital do sistema logístico e portuário nacional e pôr os portos nacionais na liderança dos processos de digitalização portuária. O JUL, coordenado e gerido pela Associação dos Portos de Portugal, já se encontra implementado em vários portos nacionais, pelo que pedimos a Raul Magalhães, presidente da APLOG – Associação Portuguesa de Logística, para fazer um balanço deste processo.
O responsável da APLOG explica que com a implementação do projeto num conjunto alargado de portos as vantagens "têm sido óbvias". E concretiza a sua afirmação, referindo apenas alguns aspetos. "Estamos a falar de uma digitalização de um conjunto de processos e uniformização do conjunto dos mesmos. Mas o que o JUL nos dá é: muito mais transparência, ou seja, há visibilidade para todos os intervenientes."
Dá igualmente bastante "mais eficiência, porque se consegue fazer uma sincronização de operações". Desde a chegada da mercadoria à sua descarga, a toda a tramitação aduaneira, e depois à sua saída por rodovia ou ferrovia.
Portanto, no contexto dos portos e das infraestruturas de Portugal, a JUL é claramente um elemento diferenciador e que traz vantagem competitiva. "Tendo nós uma boa localização do ponto de vista atlântico – é o caso de Sines que é um referencial já a nível europeu –, se conseguirmos reduzir a nossa extrema localização na Península Ibérica, através de um ganho de eficiência, podemos ter uma vantagem competitiva nos nossos portos", informa. É o que tem sido feito nesse sentido e há "claramente um ganho para todos os intervenientes, quer para quem esteja a importar quer para quem esteja a exportar", conclui Raul Magalhães.