Com as oscilações financeiras próprias dos mercados e das sazonalidades, o transporte de mercadorias continua a ser uma peça-chave na engrenagem económica do país.
Os últimos dados revelados pelo INE, relativamente à performance do sector dos transportes durante o segundo trimestre de 2016, dão conta de que os veículos rodoviários matriculados em Portugal continental transportaram, ao longo do segundo trimestre de 2016, 40,2 milhões de toneladas de mercadorias, o que representa uma diminuição de 1,7% em toneladas.
As mercadorias transportadas entre localidades do território geográfico nacional representaram 82,5% do total, e o transporte internacional manteve a tendência de crescimento anteriormente verificada +4,3%. As mercadorias transportadas por via ferroviária registaram uma redução de 4,1% em toneladas, mas aumentaram 3,9% em toneladas-quilómetro.
Nos aeroportos nacionais verificou-se uma redução de 1,5% no movimento de carga e correio, ainda assim menor do que o observado nos trimestres precedentes. Neste trimestre movimentaram-se cerca de 36,8 mil toneladas de carga e correio pela via aérea.
Por mar, no segundo trimestre de 2016 entraram 3.780 embarcações nos portos marítimos nacionais, das quais 3.152 de mercadorias, o que se traduziu numa redução de 0,6%. O movimento de mercadorias situou-se em 22,6 milhões de toneladas, diminuindo 1,0%, e contrastando com o aumento de 3,9% registado no trimestre anterior.
Volume e valor em destaque na equação
João Pedro Gonçalves, director comercial da CTT Expresso, considera que o mercado de transporte tem vindo a registar nos últimos anos um crescimento em valor e em volume. De acordo com este responsável, a dimensão "volume" é o elemento mais dinâmico da equação, o que traduz uma erosão ao longo dos últimos anos da variável "valor". "Existem segmentos específicos cujo desempenho tem vindo a alavancar este crescimento, nomeadamente, no âmbito do fluxo 'business to consumer' que em Portugal é responsável por um contributo inferior ao gerado pelo fluxo 'business to business', o 'e-commerce' tem sido a sua alavanca do crescimento com valores de crescimento na ordem dos dois dígitos", explica o director comercial da CTT Expresso.
Olivier Establet, presidente da Chronopost Portugal, confirma também que, nos últimos anos, o advento do "e-commerce" veio exigir às empresas que actuam no sector dos transportes a alteração ou a adaptação dos seus modelos de negócio para soluções mais práticas, convenientes e inteligentes no que diz respeito às entregas das encomendas. "O sector é bastante dinâmico e competitivo e os operadores estão constantemente a procurar formas de diferenciarem a sua oferta porque percebem que o consumidor de hoje é muito mais exigente e muito mais tecnológico", constata o responsável.
Cadeia logística eficaz
Na dinamização da economia nacional o contributo dos transportes é indiscutível, assim como o da logística, cuja orientação para inovar está a motivar alterações em toda a rede das operações comerciais de todos os "stakeholders" que constituem a infra-estrutura de transportes nacional. A logística está presente fortemente na economia portuguesa. Todas as trocas comerciais de produtos pressupõem actividades de logística, seja ela interna ou externa, não esquecendo a componente de transporte. De acordo com Nuno Rangel, presidente da direcção da Associação Portuguesa de Operadores Logísticos (APOL), a logística é crítica para o bom funcionamento de um país e tem um impacto relevante na economia portuguesa, sendo uma prioridade das grandes empresas portuguesas e das multinacionais presentes em Portugal, embora as PME ainda a deixem para segundo plano.
"Acreditamos que no futuro os empresários portugueses das PME vão visualizar a importância e o impacto que uma gestão da cadeia logística eficiente pode trazer para os seus negócios e que pode originar muitas mais-valias", destaca o responsável.
40,2
milhões de toneladas de mercadorias em via rodoviária
22,6
milhões de toneladas de mercadorias por via marítima
36,8
mil toneladas de carga e correio por via aérea
2,7
milhões de toneladas de mercadorias por modo ferroviário
Os últimos dados revelados pelo INE, relativamente à performance do sector dos transportes durante o segundo trimestre de 2016, dão conta de que os veículos rodoviários matriculados em Portugal continental transportaram, ao longo do segundo trimestre de 2016, 40,2 milhões de toneladas de mercadorias, o que representa uma diminuição de 1,7% em toneladas.
O advento do 'e-commerce' veio exigir às empresas que actuam no sector dos transportes a alteração ou a adaptação dos seus modelos de negócio para soluções mais práticas, convenientes e inteligentes
no que diz respeito às entregas das encomendas. Olivier Establet presidente da Chronopost Portugal
No segundo trimestre de 2016 transportaram-se 2,7 milhões de toneladas de mercadorias por modo ferroviário, tendo o respectivo volume de transporte totalizado 691,9 milhões de toneladas-quilómetro.no que diz respeito às entregas das encomendas. Olivier Establet presidente da Chronopost Portugal
Nos aeroportos nacionais verificou-se uma redução de 1,5% no movimento de carga e correio, ainda assim menor do que o observado nos trimestres precedentes. Neste trimestre movimentaram-se cerca de 36,8 mil toneladas de carga e correio pela via aérea.
Por mar, no segundo trimestre de 2016 entraram 3.780 embarcações nos portos marítimos nacionais, das quais 3.152 de mercadorias, o que se traduziu numa redução de 0,6%. O movimento de mercadorias situou-se em 22,6 milhões de toneladas, diminuindo 1,0%, e contrastando com o aumento de 3,9% registado no trimestre anterior.
Volume e valor em destaque na equação
João Pedro Gonçalves, director comercial da CTT Expresso, considera que o mercado de transporte tem vindo a registar nos últimos anos um crescimento em valor e em volume. De acordo com este responsável, a dimensão "volume" é o elemento mais dinâmico da equação, o que traduz uma erosão ao longo dos últimos anos da variável "valor". "Existem segmentos específicos cujo desempenho tem vindo a alavancar este crescimento, nomeadamente, no âmbito do fluxo 'business to consumer' que em Portugal é responsável por um contributo inferior ao gerado pelo fluxo 'business to business', o 'e-commerce' tem sido a sua alavanca do crescimento com valores de crescimento na ordem dos dois dígitos", explica o director comercial da CTT Expresso.
Olivier Establet, presidente da Chronopost Portugal, confirma também que, nos últimos anos, o advento do "e-commerce" veio exigir às empresas que actuam no sector dos transportes a alteração ou a adaptação dos seus modelos de negócio para soluções mais práticas, convenientes e inteligentes no que diz respeito às entregas das encomendas. "O sector é bastante dinâmico e competitivo e os operadores estão constantemente a procurar formas de diferenciarem a sua oferta porque percebem que o consumidor de hoje é muito mais exigente e muito mais tecnológico", constata o responsável.
Acreditamos que no futuro os empresários portugueses das PME vão visualizar a importância e o impacto que uma gestão da cadeia logística eficiente pode trazer para os seus negócios e que pode originar muitas mais-valias. Nuno Rangel presidente da direcção da APOL
O director comercial da CTT Expresso alerta ainda para o facto de uma grande percentagem do tráfego de "e-commerce" não ser gerado em Portugal, o que coloca um grande desafio aos operadores no sentido da gestão mais proactiva destes fluxos e na criação de valor acrescentado numa operação com tendência para se circunscrever ao "last mile". "Temos vindo a constatar uma maior exigência e estruturação por parte dos nossos clientes o que reflecte modelos de negócio mais exigentes e complexos. Temos vindo a acompanhar esta evolução", garante João Gonçalves.Cadeia logística eficaz
Na dinamização da economia nacional o contributo dos transportes é indiscutível, assim como o da logística, cuja orientação para inovar está a motivar alterações em toda a rede das operações comerciais de todos os "stakeholders" que constituem a infra-estrutura de transportes nacional. A logística está presente fortemente na economia portuguesa. Todas as trocas comerciais de produtos pressupõem actividades de logística, seja ela interna ou externa, não esquecendo a componente de transporte. De acordo com Nuno Rangel, presidente da direcção da Associação Portuguesa de Operadores Logísticos (APOL), a logística é crítica para o bom funcionamento de um país e tem um impacto relevante na economia portuguesa, sendo uma prioridade das grandes empresas portuguesas e das multinacionais presentes em Portugal, embora as PME ainda a deixem para segundo plano.
"Acreditamos que no futuro os empresários portugueses das PME vão visualizar a importância e o impacto que uma gestão da cadeia logística eficiente pode trazer para os seus negócios e que pode originar muitas mais-valias", destaca o responsável.
40,2
milhões de toneladas de mercadorias em via rodoviária
22,6
milhões de toneladas de mercadorias por via marítima
36,8
mil toneladas de carga e correio por via aérea
2,7
milhões de toneladas de mercadorias por modo ferroviário