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Reabilitação Urbana 2017
Notícia

Políticas de habitação devem ser mais abrangentes

Levar vida ao centro das cidades, apostando na sua repovoação é um dos desafios que se colocam hoje em dia e cujo o sucesso passa, em grande medida, por assegurar um conjunto de medidas abrangentes ao nível da política habitacional

27 de Julho de 2017 às 15:28
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Repovoar o centro das cidades com quem lá queira viver continua a ser um dos grandes desafios na gestão das políticas públicas de habitação. Nas zonas de reabilitação é para isso fundamental garantir a diversidade da oferta, em termos de preços e características, "tendo em conta a realidade do país", como sublinha Carlos Mineiro Aires.

 

Eduardo Miranda, presidente da Associação de Alojamento Local em Portugal, acrescenta que a solução do problema passa muito mais por uma estratégia abrangente e estruturada de criação de condições actrativas, que implica investimento, do que pela limitação de actividades (como o turismo), que crescem no espaço deixado vago por quem saiu do centro da cidade. E dá o exemplo de Barcelona, que em 2015 tentou inverter a tendência de subida do preço das rendas, congelando as licenças de novas unidades turísticas. Um estudo recente mostra que a medida, por si só, não teve efeito. "Sem uma política de habitação, só se prejudica um sector promissor sem resolver o problema", defende.

 

Manuel Reis Campos junta a esta preocupação a necessidade de manter um clima de estabilidade fiscal, como imprescindível para o bom desenvolvimento do mercado e considera essencial o esforço para manter a competitividade das políticas nacionais de atracção de investimento estrangeiro, "com especial enfoque para o Programa de Vistos Gold e o Regime de Tributação de Residentes Não-habituais", destaca.


23,5 milhões de euros investidos na reabilitação para habitação com renda acessível

O Reabilitar para Arrendar – Habitação Acessível está no terreno há cerca de dois anos e abrangeu até à data 344 fogos, que depois de recuperados vão dar origem a 505, segundo dados do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, que gere o programa. Em 23,5 milhões de euros investidos, cerca de 20 milhões representam financiamento público. Os edifícios intervencionados têm em média 75 anos e quando voltam ao mercado ficam sujeitos a rendas condicionadas, entre 20 a 30% abaixo do valor de mercado. A dotação inicial do programa é de 50 milhões de euros.

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