As empresas portuguesas estão a recrutar crescentemente mestres e pós-graduados. A maior parte do tecido empresarial percebe que estes profissionais qualificados trazem um aporte de qualidade às organizações e a cada área de negócio e isso mesmo é confirmado pelas empresas especialistas em gestão de recursos humanos.
Tânia Vicente Coelho, talent acquisition manager na Kelly Services, confirma que as empresas nacionais procuram hoje cada vez mais profissionais mestres e pós-graduados, preocupando-se em integrar na sua estrutura "profissionais mais qualificados, não só com know-how profissional mas também académico, que farão a diferença no seu negócio".
Já Pedro Borges Caroço, senior executive manager Michael Page Sales & Marketing, refere que "no que diz respeito aos mestrados a grande maioria dos profissionais da geração pós-Bolonha tem garantida esta realidade, logo, influencia de forma positiva o nível de procura e exigência da maioria das empresas". "A par com esta realidade, as pós-graduações verificaram uma maior procura", informa o responsável da Michel Page, empresa de consultoria de recrutamento.
Mais preparados
Relativamente às vantagens de ter um mestrado ou uma pós-graduação no mercado de trabalho, Tânia Vicente Coelho fala em "enriquecimento e valorização profissional". Estes são os principais benefícios, assegura. E passa a explicar: "O enriquecimento ao nível da aquisição de novos conhecimentos e capacidades que poderão ser uma mais-valia para o dia a dia na função/empresa. A valorização profissional no que diz respeito ao posicionamento na empresa e/ou mercado de trabalho, possibilidade de destaque perante outros profissionais e a capacidade de negociação de melhores condições, assim como, melhores projetos."
Os benefícios que uma organização tem ao contratar um mestre ou um pós-graduado estão centrados no "valor acrescentado" que estes profissionais podem trazer. "Alavancam o negócio com o seu know-how académico, bem como com as competências e as capacidades que adquiriram."
Por sua vez, Pedro Borges Caroço refere que apesar de "já não ser uma vantagem competitiva tão diferenciadora", os principais benefícios têm a ver com "o nível de especialização e adequação à execução das profissões que possam ter divergido da formação base ou mesmo ao reforço de determinada área/tarefa executada". "Este upgrade confere a elasticidade necessária para dar resposta às constantes alterações."