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Continuar a estudar é uma prioridade

Para evoluir e fazer frente à competitividade do mercado atual é necessária formação.

18 de Março de 2020 às 21:35
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Profissionais qualificados têm as portas do mercado de trabalho abertas. É incontornável: é só vantagens para aqueles que optam por fazer um mestrado ou uma pós-graduação, as quais impedem que se fique ultrapassado em relação à concorrência.

 

Manuel Fontaine, diretor da Escola do Porto da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa, explica que atualmente o mestrado já não se destina, como no passado, aos que pretendem seguir uma carreira académica ou de investigação. "Trata-se de um grau que se democratizou e que deve ser entendido como uma via de especialização, depois da formação de banda larga obtida na licenciatura." A tendência nos dias que correm, prossegue o professor, é que os que terminam a licenciatura em Direito procuram realizar o mestrado ainda antes da entrada no mercado laboral, com o objetivo de poderem apresentar "vantagem comparativa face aos concorrentes e utilidade imediata para os seus empregadores". "As pós-graduações, por seu lado, tendem a ser frequentadas por profissionais, numa fase mais avançada da sua carreira, em busca de atualização ou de aprofundamento de conhecimentos em áreas mais específicas".

 

Às questões por que motivo se deve fazer um mestrado ou pós-graduação e que vantagens oferecem no mercado de trabalho, José Crespo de Carvalho, presidente da comissão executiva do ISCTE Executive Education, diz: "Eu responderia com a questão ao contrário. Por que motivo não se deve fazer? Numa learning society como a nossa, estudar, desenvolver, e estruturar a minha pessoa é uma prioridade fundamental. Quem não o fizer depressa ficará obsoleto. Acredito profundamente na formação e em particular na formação executiva ao longo da vida.

 

Por sua vez, Fernando Duarte, diretor dos Serviços do Instituto Lusíada de Pós-Graduações da Lusíada, afirma que a competitividade do atual mercado de trabalho "exige cada vez mais formação direcionada para os objetivos profissionais de quem procura e de quem oferece emprego". "Significa que nos nossos dias a licenciatura já não é um traço distintivo ao nível da inserção do mercado de trabalho – daí a necessidade de obter formação graduada de nível superior, e especializada, como a que a Universidade Lusíada oferece."

 

Salário significativo

 

Já Pedro Dominguinhos, presidente do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), afirma que num mercado de trabalho sempre em mutação e ainda mais com a transição digital, a aprendizagem ao longo da vida tornou-se "cada vez mais relevante". "Um trabalho do World Economic Forum revela que Portugal é o país onde a urgência da formação de adultos é mais relevante. Neste sentido, regressar ao ensino superior é essencial, em termos individuais e também a nível organizacional, no sentido de reter talento por parte das empresas. Alguns estudos para a realidade portuguesa demonstram que existe um prémio salarial significativo para quem detém um mestrado, muito superior ao de quem possui apenas a licenciatura."

 

Quanto a Clara Raposo, presidente do ISEG, explica que é fundamental "atualizar conhecimentos" e isso acontece nos mestrados e pós-graduações. Clara Raposo aproveita para explicar que o ISEG promove uma formação muito completa "do quantitativo ao qualitativo, com uma contextualização social importante, em resposta aos desafios societais, e é importante que isso se perceba lá fora". "E uma das formas de o demonstrar é através da qualidade dos nossos graduados, que atualmente estão a ter muito boa colocação no mercado de trabalho, em que lhes é reconhecida a boa capacidade de integração em equipas, que estão despertos para a atualidade, por exemplo".

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