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O desafio da descarbonização no transporte marítimo

O transporte marítimo representa cerca de 90% das cargas transportadas a nível global e perto de 3% das emissões de gases de efeitos de estufa (GEE). A descarbonização no setor do transporte marítimo é um desafio global e complexo.

21 de Dezembro de 2021 às 11:25
Um dos sete navios que constituem a frota de shipping GS LINES
Um dos sete navios que constituem a frota de shipping GS LINES
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Seria de esperar que a 77ª Reunião do Comité de Proteção do Ambiente (MEPC 77) da Organização Marítima Internacional (IMO), realizada no final do passado mês de novembro após a COP26, definisse a rota a seguir pelo transporte marítimo (shipping) para a descarbonização. Isso não aconteceu.

De facto, a reunião do MEPC 77 limitou-se a dar voz a tendências e divisões quanto à meta de emissões net-zero até 2050, mais ambiciosa do que o atual objetivo de redução de 50% das emissões de GEE da IMO, e à criação de um fundo de I&D da IMO de 5 mil milhões de dólares, que seria financiado por uma taxa obrigatória de 2 dólares por tonelada de combustível de bancas durante um período de 10 anos, bem como à implementação de medidas baseadas no mercado (marked-based measures).


Estas iniciativas, vistas por muitos intervenientes da indústria como uma forma de acelerar a transição energética do shipping, foram agora incluídas na agenda do Intersessional Working Group on Reduction of GHG Emissions from Ships (ISWG-GHG 12), pelo que não haverá qualquer progresso até meados de 2022.

 

A incerteza regulatória

A realidade é que a atividade empresarial do transporte marítimo debate-se com várias questões complexas e ainda não resolvidas, desde logo, devidas à incerteza regulatória e desconhecimento quanto à uniformidade das medidas a impor ao shipping, aos custos acrescidos de compliance que advirão da transição energética, bem como, pelo facto de o sistema logístico global estar num processo de transformação e adaptação aos novos perfis de consumo, cujo desfecho não é possível prever com confiança.


Importa também sublinhar o facto de a transição energética ainda não oferecer soluções tecnológicas ambientalmente compatíveis com os longos ciclos de vida dos navios, na ordem de 25 anos, nem a adequada disponibilidade de infraestruturas de distribuição dos novos combustíveis.


Por esta ordem de razões, os armadores foram colocados, por motivos a que são alheios e que extravasam a sua capacidade de intervenção empresarial, numa situação de impasse quanto às suas decisões de investimento sobre novas construções de navios, e, sobretudo, de retroffiting dos navios existentes. 


Em Portugal importa, sobretudo, compreender que a transição energética no shipping exige uma ação concertada e coerente de vários setores do Estado, e que atenda à dependência das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira da importação de matérias-primas e bens de consumo, a qual é assegurada pelos armadores nacionais que operam na cabotagem nacional, sob pena de ocorrer um acréscimo do custo de vida para as populações destas Regiões, caso não sejam criados mecanismos que as protejam.


Neste contexto, os governos, entre os quais o Governo de Portugal, estão hoje desafiados a encontrar o justo equilíbrio entre as metas ambientais e as suas incidências sociais e económicas para as populações e competitividade dos seus armadores e operadores já que, sejam quais forem as medidas a aprovar, é incontornável que a descarbonização do shipping acarretará sempre sobrecustos.

Grupo Sousa entre os 100 maiores armadores do mundo

O Grupo Sousa é o único armador nacional a entrar na lista dos 100 maiores do mundo. Hoje, o grupo conta com cerca de mil pessoas, opera em quatro países e, em 2020, teve um volume de negócios de 171 milhões de euros. Com sede no Funchal, 70% da sua faturação foi obtida fora da Região Autónoma da Madeira e, 20%, nos mercados internacionais.    

A criação de valor do Grupo Sousa assenta no transporte de carga, transporte marítimo de passageiros e energia, privilegiando a utilização de meios próprios, e garantindo soluções logísticas integradas e otimizadas, aos seus clientes.

O transporte de carga, apresenta-se no mercado com soluções de serviços porta-a-porta, segmentado no transporte marítimo e logística integrada sendo, o armador GS Lines, o maior armador nacional e único português a constar na conceituada lista Alphaliner dos 100 maiores armadores do mundo e, os operadores Logislink e LogiC, referências no mercado.       


No transporte marítimo de passageiros, a Porto Santo Line, armador do Grupo Sousa, assegura o transporte marítimo diário de passageiros e carga entre as ilhas da Madeira e do Porto Santo, com o ferry "Lobo Marinho", uma concessão de serviço público sem quaisquer compensações do Estado. 


Na energia, sobressai a operação da Gáslink, através de um "gasoduto virtual de GNL" proporcionando ganhos ambientais significativos na produção de energia elétrica na ilha da Madeira.



Aposta em energias limpas

O transporte de carga e o transporte marítimo de passageiros são atividades que geram externalidades ambientais negativas e, com respeito às quais, vem sendo dada especial atenção. Assim, o Grupo Sousa assume o compromisso de tornar as suas operações mais amigas do ambiente, realizando investimentos que acrescentem valor à sociedade, enquadrados na moldura ESG (Environmental, Social, and Governance).

É com essa determinação que o Grupo Sousa integrou, na sua matriz económica, o modelo de criação de valor da energia, e que resulta da exploração de várias unidades de exploração energética, empregando meios próprios e operando sistemas e equipamentos que obedecem aos mais exigentes critérios e requisitos ambientais e de segurança.


A adesão a este princípio permite apresentar, à comunidade, serviços progressivamente mais sustentáveis, menos poluentes e com menor pegada carbónica, constituindo exemplos concretos as operações que têm vindo a ser postas em marcha, ao longo de mais de uma década, desde 2009, a que acrescem os investimentos realizados na frota de navios próprios da GS Lines e Porto Santo Line, seja na utilização de combustíveis menos poluentes, bem como, na utilização de esquemas de pintura inovadores (silicone) que permitem reduzir, significativamente, o impacto no meio marinho e incrementar a eficiência energética dos navios.

 

Windmad (2009)

Dispõe de um parque eólico com 3 aerogeradores localizados na Ilha da Madeira, com uma capacidade instalada de 2.550 kW, e cuja produção elétrica de base 100% renovável é injetada na rede pública, com uma produção anual de, aproximadamente, 5 GWh.

 

Gáslink (2014)

Exploração da maior unidade autónoma de gás natural em território nacional, com uma capacidade instalada de até 450 GWh/ano, na qual é efetuada a descarga, armazenamento e regaseificação de gás natural liquefeito para produção de eletricidade na Ilha da Madeira reduzindo, assim, a dependência da Região Autónoma da Madeira de combustíveis fósseis extremamente poluentes. O Grupo Sousa é pioneiro, e o único operador na Macaronésia, com um "gasoduto virtual de GNL" que garante o abastecimento regular e contínuo, com recurso a uma frota de 55 contentores criogénicos, sendo uma referência internacional com mais de 11.000 operações realizadas com sucesso.   

 

Logislink (2020)

Em julho de 2020, em plena crise pandémica, deu-se início à exploração do parque fotovoltaico do Terminal Logístico na Madeira, destinado, maioritariamente, para autoconsumo. Com uma potência nominal de 280 kW, esta unidade foi instalada na principal plataforma logística do Grupo Sousa nas Regiões Autónomas, reduzindo, assim, a dependência energética e o consequente impacto ambiental, com redução de emissões de gases de efeito de estufa.

 

Importa sublinhar que, em 2020, a energia limpa produzida pelo Grupo Sousa superou, em 57%, a totalidade do consumo elétrico das suas infraestruturas terrestres, em todas as geografias onde opera.

 

Os projetos acima referidos, e que integram este modelo de criação de valor, demonstram o empenho e a responsabilidade ambiental que o Grupo Sousa assume perante as comunidades onde opera, os seus clientes, fornecedores e parceiros.

No conjunto das operações de energia realizadas pelo Grupo Sousa, desde 2009, foram poupadas, à atmosfera, a libertação de cerca de 340 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2), 14 mil toneladas de óxidos de azoto (NOx), mais de 3 mil toneladas de enxofre (SOx) e mais de 167 toneladas de partículas.


Investimento de 4,5 milhões em transformação digital

O Grupo Sousa implementou, recentemente, a solução SAP S/4HANA na estrutura e nas suas operações em Portugal, Espanha, Cabo Verde e Guiné-Bissau.

A escolha deste ERP de nova geração constitui um dos vetores da estratégia de crescimento e consolidação do Grupo Sousa, alicerçado na otimização e integração tecnológica e digital dos processos, abrangendo as funções financeira, controlling, recursos humanos, compras e gestão de stocks, vendas e distribuição, operações portuárias e gestão de manutenção.


Desenvolvido ao longo de dois anos e meio com o apoio da Deloitte, este projeto exigiu um elevado nível de inovação, representou um investimento superior a 4,5 milhões de euros, constituindo um relevante salto tecnológico nos processos de negócio, porquanto o Grupo Sousa passa agora a dispor de uma plataforma comum, agregadora dos vários sistemas aplicacionais em uso.


O extenso portefólio de serviços do Grupo Sousa enquanto armador, operador marítimo e fornecedor de logística integrada e customizada, que se estende ao sector da Energia, sai reforçado com a implementação do SAP S/4HANA, contribuindo para a qualidade do serviço e para agilizar a interação com clientes e parceiros, e como fator diferenciador de posicionamento para a entrada em novos mercados e alargamento das suas parcerias.

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