Outros sites Medialivre
Negocios em rede
Mais informações

C•Studio é a marca que representa a área de Conteúdos Patrocinados do universo Medialivre.
Aqui as marcas podem contar as suas histórias e experiências.

Notícia

Competência para processos complexos

Finangeste demonstra capacidade no domínio imobiliário e no domínio de créditos em incumprimento.

21 de Março de 2017 às 18:29
  • ...

Em discurso directo Rui Madeira, administrador da Finangeste, mergulha na história da empresa, dá a conhecer o negócio no presente e aponta o caminho para responder aos desafios do futuro.

 

 

Qual foi a origem da Finangeste?

 A Finangeste é uma empresa especializada na gestão de créditos em incumprimento e na gestão de imobiliário, criada pelo Governo português em 1978 com o objectivo de gerir elevados volumes de activos malparados, constituídos por créditos, imóveis e participações financeiras, dos então Banco Pinto & Sotto Mayor, Banco Borges & Irmão, Banco Nacional Ultramarino, Banco Intercontinental Português e Banco Fonsecas & Burnay.

 

Em 1990 e 1991, a Finangeste adquiriu novos portefólios de activos da Caixa Económica Faialense, Banco Nacional Ultramarino, Banco Borges & Irmão e Banco de Fomento Exterior, no âmbito de processos de reestruturação destas instituições de crédito. Posteriormente, adquiriu também novos portefólios de activos a diversas sociedades de compras em grupo, à Caixa Económica Açoreana e à Credivalor, no âmbito dos processos de liquidação destas sociedades.

 

Estes activos correspondiam a portefólios de grandes dimensões, constituídos por créditos com garantias hipotecários, créditos sem garantias, imóveis, terrenos rústicos, terrenos com capacidade urbanística e participações financeiras em muitas empresas nacionais de média e grande dimensão. Foi considerado o primeiro "bad bank" criado em Portugal e muito provavelmente um dos primeiros a ser constituídos na Europa.

 

 

Pode explicar melhor…

 …Tratou-se de um conceito, e de uma estrutura, que obteve bons resultados financeiros, devido ao modelo de negócio implementado, ao tipo de gestão que foi seguido e aos processos de recuperação, privilegiando a criação de valor dos activos recebidos e a posterior alienação dos mesmos. Só assim se justifica que este modelo se mantenha ao fim de quatro décadas.

 

Este tipo de estrutura, criado em Portugal, foi de certo modo replicado, embora com diversas variantes, durante a crise dos sistemas financeiros europeus no período de 2008 a 2014, em diversos países do Velho Continente, mantendo-se ainda em funcionamento. Após a gestão e recuperação dos elevados montantes de activos anteriormente referidos, a Finangeste deu continuidade a um plano estratégico de aquisições de novos activos, junto dos bancos a operar em Portugal, através de processos negociais tendo, assim, dado o seu contributo para a resolução dos problemas relacionados com o crédito malparado na banca.

 

 

Qual o modelo de negócio actual da nova Finangeste?

O anterior quadro accionista da Finangeste, constituído pelo Banco de Portugal e por um conjunto significativo de bancos portugueses, cuja estrutura accionista se manteve desde a sua fundação, decidiu vender a Finangeste, há cerca de dois anos. Os novos accionistas, constituídos por investidores privados, com fortes ligações a fundos de investimento estrangeiros, têm como estratégia, uma forte expansão da actividade de aquisição e gestão de activos em Portugal, dando seguimento ao tipo de negócios anteriormente desenvolvidos pela Finangeste.

 

A Finangeste tem actualmente relações com uma grande rede de investidores internacionais, de diferentes dimensões e vocações, o que permite uma capacidade de resposta muito abrangente e orientada para os diferentes tipos de activos não estratégicos, existentes nos balanços dos bancos portugueses. Estes fundos têm políticas de investimento de longo prazo, através da criação de valor dos respectivos activos, não privilegiando a prática de desinvestimento a curto prazo com métodos especulativos.

 

 

Quais as principais políticas de investimento futuras da Finangeste?

Consistem no exercício de actividades respeitantes à aquisição e recuperação de créditos em incumprimento, gestão de imóveis, gestão de participações financeiras e promoção do investimento em projectos e empresas com vista à sua valorização e posterior alienação destes activos. As políticas de investimento assentam, fundamentalmente, em princípios de criação de valor dos activos adquiridos, para posterior alienação, quer se trate de créditos ou de imóveis.

 

 

Quais os tipos de activos geridos pela Finangeste?

Os principais correspondem a créditos hipotecários, créditos sem garantia, imóveis de diversa natureza, projectos imobiliários e participações financeiras em variados tipos de sociedades. A Finangeste tem especiais competências para a gestão de processos complexos, quer no domínio imobiliário, quer no domínio de créditos em incumprimento. A constante evolução dos mercados e as consequências das recentes crises financeiras obrigam a grande capacidade criativa e conceptual para a adaptação de projectos que, embora bem desenhados durante as ultimas décadas, não encaixam no tempo actual, quer em termos de mercado quer em termos tecnológicos, ou ainda, em termos financeiros. Impõe-se, assim, o ajustamento destes projectos às necessidades actuais, gostos e preferências dos consumidores.

 

 

Quais os principais processos de gestão seguidos pela empresa?

Para o segmento dos particulares, os principais processos de gestão da recuperação dos créditos em incumprimento baseiam-se no princípio básico da negociação extrajudicial, visando o reajustamento das condições de pagamento às actuais capacidades financeiras dos devedores. O objectivo primordial é tentar que os devedores particulares possam, a médio prazo, voltar ao sistema bancário, e nomeadamente ao seu banco, de forma a conseguirem usufruir, bem como as suas famílias, dos diferentes produtos e serviços bancários adequados às suas necessidades.

Com a bancarização actual da vida dos cidadãos, é fundamental criar as condições para o restabelecimento do normal relacionamento financeiro dos clientes com o seu banco, após períodos de comportamento de vida financeira em incumprimento. É, pois, fundamental, que as sociedades de gestão de créditos em incumprimento sejam regidas por princípios e métodos similares aos seguidos pelo sistema bancário, embora com os respectivos ajustamentos, nomeadamente em termos de princípios comerciais, ética e informação clara aos devedores. Entendo que este tipo de sociedades deverá ser um complemento natural do sistema financeiro.

 

Para o segmento das empresas, os principais processos de gestão assentam no diagnóstico das condições actuais e na selecção das melhores estratégias de recuperação, que permitam e potenciem, sempre que possível, a viabilidade das respectivas empresas em termos futuros.

Mais notícias