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Formação de Executivos Maio 2018
Notícia

O que valorizam as empresas na hora de contratar?

Nos gestores de topo, as empresas procuram uma combinação de características que vai além dos conhecimentos técnicos, mas o peso da formação continua a ser determinante.

28 de Maio de 2018 às 15:27
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Na altura de comparar currículos, empresas e recrutadores pesam vários factores e a formação é sem dúvida um dos aspectos considerados. Não apenas a formação de base, mas os esforços do profissional para manter conhecimentos actualizados e explorar novas áreas. "Para quem recruta executivos, a formação tem de facto bastante relevância na hora de comparar candidatos, embora não seja obviamente o único critério", reconhece José Cardeira Seno, "partner" da Prime Search.

"A formação ocupa sempre um lugar de grande destaque na qualificação dos candidatos e constitui uma enorme mais-valia para os profissionais experientes a oportunidade de actualizarem conhecimentos", continua o responsável.

Os aspectos mais relevantes da formação para executivos, aos olhos do empregador, são o facto de "promover a aquisição de um conjunto de competências que permitem melhorar a performance individual dos participantes e, naturalmente, das suas organizações", sublinha Nuno Freitas, principal da Boyden Global Executive Search Portugal.

O contacto com novos conceitos e metodologias, com docentes que normalmente são referências na sua área e o facto de, em muitos casos, darem acesso a conteúdos programáticos de cariz internacional e estimularem o "networking" são ingredientes vistos como enriquecedores de qualquer perfil. "Sobretudo quando essa formação é realizada em escolas de referência, reconhecidas pelo nível de preparação e capacitação dos seus alunos", nota Nuno Freitas.   

Especializada no recrutamento de gestores de topo e directores de primeira linha, a Boyden identifica como características mais relevantes nos recursos que procura "competências clássicas que definem estilos de liderança, de que são exemplos o pensamento estratégico, a comunicação, o relacionamento interpessoal, a inovação e a orientação para resultados". Junta a estes a ética, a integridade, o "digital awareness" e a capacidade para atrair talento.

Nos perfis mais técnicos, o peso das chamadas "soft skills" volta a ser determinante ainda que, na prática, nem sempre seja valorizado na medida mais adequada. "Perante profissionais com o mesmo nível de qualificações e de experiência profissional, é um facto que aquilo que os diferencia em termos de desempenho são as ‘soft skills’. Contudo, o que a sociedade mais valoriza são as qualificações", considera José Cardeira Seno. 

"No final, temos muitas vezes executivos com qualificações fantásticas, cujos conhecimentos adquiridos só numa pequena percentagem têm aplicação directa na função que desempenham", admite o mesmo responsável, sublinhando que, para um gestor de equipas e projectos, "a capacidade de liderança (juntamente com outras ‘soft skills’) é mais importante para o sucesso no desempenho da função do que os conhecimentos técnicos que também tem de dominar".

Nove critérios para identificar o gestor ideal

. Pensamento estratégico
. Orientação para os resultados
. Capacidade de comunicação
. Bom no relacionamento interpessoal
. Inovação
. Ética
. Integridade
. "Digital awareness"
. Capacidade de atrair talento

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