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Formação de Executivos Maio 2018
Notícia

Fazer a escolha certa entre opções para todos os gostos e necessidades

Onde está e para onde quer ir, profissionalmente falando, quanto tempo tem disponível para “voltar à escola” e o que realmente precisa de aprender são premissas que vale a pena ponderar antes de escolher um programa de formação, entre os muitos que existem.

28 de Maio de 2018 às 15:18
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A oferta de formação para executivos é vasta e assume diferentes formatos, para dar resposta a necessidades distintas, que podem passar por aprofundar conhecimentos numa determinada área, reforçar capacidades de gestão e de liderança, ou de desenvolvimento pessoal. Neste portefólio, os MBA são um dos formatos mais populares. São também a opção mais dispendiosa e mais exigente em termos de trabalho e de tempo, com uma duração média de dois anos. Em Portugal, os preços médios rondam os 20 mil euros, mas nalguns casos ultrapassam os 30 mil euros, valores que podem ser amortecidos pelo recurso a linhas de crédito, já negociadas por várias instituições.

No entanto, a preocupação em combinar experiências que permitam conduzir processos de gestão e decisão do mundo empresarial, em trazer para os programas redes de contactos e docentes de alto nível e de garantir no terreno uma experiência internacional, em colaboração com instituições de referência, vincam a opção de forma distintiva.   

Estão sobretudo direccionados para a preparação de gestores que liderem estratégias de internacionalização, como sublinha Ana Côrte-Real, "associate dean" da Católica Porto Business School, porque contribuem para a criação de uma "rede de diplomacia económica que permite construir vantagens competitivas e capitalizar negócios". Também são um trampolim para novas oportunidades de carreira, no âmbito de uma promoção, ou para quem quer mudar de área ou de empresa, e vários estudos demonstram que, a prazo, têm um forte impacto na progressão de carreira e no nível salarial. 

Em alternativa, existem as pós-graduações e os Executive Masters que têm um carácter mais específico e estão vocacionadas para promover uma maior especialização em determinada área. Têm uma duração menor, entre um e dois semestres e preços mais baixos. Entre os 3 e os 5 mil euros, no caso das pós-graduações, entre os 7 mil e os 12 mil euros, no caso dos Executive Masters.

Paulo Bento, presidente do INDEG-ISCTE Executive Education, explica a diferença entre as duas opções. "Os Executive Masters caracterizam-se por uma forte vertente aplicacional, com base no fomento da partilha, no estudo de casos reais e na variedade de temas e de experiências, num ambiente de permanente interacção com a realidade empresarial". Destinam-se a profissionais já no activo, em fase de ascensão ou de consolidação das carreiras respectivas.

As pós-graduações são programas mais curtos e mais especializados. "Caracterizam-se por uma ligação ainda mais próxima às empresas. É indiscutível a aplicabilidade e a transposição do conhecimento adquirido e as competências desenvolvidas para a realidade empresarial dos participantes", continua.

O catálogo de opções é ainda complementado com formações de curta duração, a partir de 20 horas, para áreas técnicas e não técnicas, com uma gama de preços muito abrangente. Perante tantas opções surge a dúvida: como vou escolher a melhor opção para o meu perfil?

 

Pronto para fazer opções?

"Em primeiro lugar, o executivo deverá procurar perceber quais as competências e os conhecimentos específicos que gostaria de desenvolver ou aprofundar", aconselha Nuno Freitas, principal da Boyden Global Executive Search Portugal. Neste exercício de autodiagnóstico deve tentar avaliar, "tanto quanto possível, quais são as suas necessidades futuras, por forma a investir num programa que potencie o seu desenvolvimento", acrescenta Paulo Bento.

O passo seguinte, continua Nuno Freitas, deve ser a escolha de "uma instituição de prestígio e com um corpo docente de excepção". Deve também haver cuidado na avaliação dos conteúdos programáticos do curso em questão e tentar perceber se estão de acordo com as necessidades e se o horário apresentado é compatível com a actividade profissional. Este é um aspecto relevante, "sobretudo nos cursos de maior duração e mais exigentes", alerta José Veríssimo, professor associado e responsável de Marketing e Relações Externas do ISEG, nem sempre bem avaliado pelos candidatos na altura de tomar decisões. Entre a oferta disponível é possível encontrar programas a full-time e a part-time, sendo que nesta segunda opção há escolas que escolhem concentrar a carga horária em mais e outras em menos dias da semana. Há também modelos desenhados para deixar algumas semanas livres de aulas todos os meses.

José Cardeira Seno, partner da Prime Search, também olha para o tema sublinhando a importância de adequar a escolha a cada perfil e deixa dois exemplos: "Fazer formação em gestão em cima de formação em gestão pode não ser a opção mais enriquecedora. Já para um engenheiro, que tem vindo a consolidar a sua carreira na vertente técnica e que agora pretende progredir para funções de gestão, é importante complementar a formação de base com a vertente da gestão".

Paulo Bento remata com mais um conselho, considerando que outro aspecto indispensável na selecção de uma formação "é colher opiniões de alumni que tenham frequentado o programa nos últimos anos, não necessariamente nos dois últimos, pois a utilidade efectiva por vezes leva um pouco mais de tempo a revelar-se", nota.

Como escolher a melhor formação para cada perfil?

. Identificar as competências e conhecimentos que se pretende adquirir ou aprofundar;
. Tentar antecipar o futuro e as necessidades que aí terá;
. Avaliar os conteúdos propostos nas formações identificadas, em função dos objectivos definidos;
. Escolher uma escola de referência, com um corpo docente de qualidade; parceiros relevantes e capacidade de associar à formação (se for o caso) uma experiência internacional enriquecedora;
. Procurar opiniões junto de quem já frequentou a formação para avaliar o impacto concreto;
. Quantificar o investimento a fazer e avaliar viabilidade/alternativas de financiamento;
. Escolher um horário conciliável com a vida profissional e pessoal.

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