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APICER procurou sempre o interesse maior da cerâmica e associados

"A certeza que temos é de que fomos úteis ao sector e às empresas, para as quais foram francamente melhores os 20 anos passados com a APICER do que teriam sido sem a APICER" diz José Luís Sequeira.

17 de Novembro de 2016 às 14:14
José Luís Sequeira está ligado à cerâmica e ao associativismo empresarial desde 1976. Por isso o seu conhecimento da história dos 20 anos da APICER é o de uma testemunha participante nessa construção. Durante a conferência a APICER vai também distinguir as empresas com 20 anos de filiação e apresentar os novos sócios honorários.

Que balanço faz dos 20 anos da APICER?
Os primeiros 20 anos da APICER aconteceram num período de grandes mudanças, em que foi necessário dar muito mais do que receber. Para cumprir estas mudanças, as empresas tiveram que se adaptar a muitas e a novas exigências nomeadamente em termos ambientais, tiveram que procurar novos mercados e encontrar novas soluções ditadas por exigências de clientes, também eles sujeitos a grandes mudanças nos hábitos de consumo que obrigam a uma certa multifuncionalidade dos produtos. Na parte dos materiais cerâmicos de construção, os novos materiais têm que satisfazer outras exigências para maior conforto e melhor ambiente na habitação; para os materiais cerâmicos de utilização doméstica, os produtos terão de responder melhor e com mais eficiência aos critérios ditados pela moda e por uma nova cultura da mesa e do bem-estar ao serviço da gastronomia.Para que as empresas possam responder a estas mudanças, a APICER teve que se reinventar para poder estar mais atenta na antecipação da informação relevante, teve de munir-se de quadros técnicos competentes que possam responder aos variadíssimos interesses, teve que envolver-se com os seus parceiros europeus e teve que ganhar confiança, prestígio e respeito dos seus interlocutores nacionais e internacionais, de modo a ser considerado um parceiro credível e competente na discussão dos dossiers técnicos que suportam a sua actividade. No entanto e não tendo ficado tudo feito e quiçá até nalguns casos não tendo sido feito da melhor maneira, a certeza que temos é de que fomos úteis ao sector e às empresas, para as quais foram francamente melhores os 20 anos passados com a APICER do que teriam sido sem a APICER.

Quais foram os principais marcos na história da APICER?
A análise dos principais marcos na história da APICER é relativamente subjectiva porque cada um e cada empresa vê-los-á à sua maneira. No entanto, podemos dizer que sempre que encontramos uma solução para um problema do sector ou de um associado, cumprimos um marco; genericamente reconheço que nas questões ambientais em que tivemos de intervir a vários níveis, fomos capazes de responder de forma adequada. Também nas questões da internacionalização, considero que o trabalho feito no âmbito da Fileira dos Materiais de Construção e Casa merece o nosso registo, pelo impulso que demos num trabalho de parceria com o AICEP e com outras associações sectoriais dessas fileiras. Ainda neste âmbito do comércio externo, tivemos sucesso na abertura de novos mercados nomeadamente do norte de África, abrindo portas a novos exportadores. Registo ainda para a criação de um selo para o sector de cerâmica "Ceramics Portugal does it better". Por fim reconhecemos como marco importante o envolvimento que tivemos e o protagonismo que assumimos a nível europeu, com a criação de medidas anti-dumping para os produtos importados da China nas áreas dos pavimentos e revestimentos cerâmicos e no sub-sector de cerâmica de mesa e decorativa, medidas com as quais evitamos males maiores do que aqueles que aconteceram com a entrada de produtos de baixo preço, só possível por falta de cumprimento de normas a que os produtores europeus se submeteram nomeadamente nas áreas do ambiente e da responsabilidade social das empresas. A estes marcos, acrescento pessoalmente que considero um marco importante em termos associativos, a capacidade que tivemos para colocarmos em causa a estrutura interna da APICER e o seu funcionamento, cometendo a uma entidade externa a análise do modelo de organização que assumimos. Penso que esta análise nos termos em que foi feita, deverá ter constituído caso único no panorama associativo nacional.

A APICER teve que se reinventar para poder estar mais atenta na antecipação de informação relevante, teve de munir-se de quadros técnicos competentes, teve que envolver-se com os seus parceiros europeus e teve que ganhar confiança, prestígio e respeito dos seus interlocutores. José Luís Sequeira
Presidente da APICER
Quais foram as situações mais complicadas para o sector e a APICER?
As situações mais complicadas que aconteceram para o sector tiveram a ver com as crises vividas no sector da construção, que tornaram muito complicada a situação das empresas quer do ponto de vista do mercado quer do ponto de vista económico. Esta dificuldade não está superada de forma nenhuma, pelo que tem sido notável o esforço dos empresários para contornar este problema e conseguir novos mercados em condições de forte concorrência internacional. Do mesmo modo, tivemos que assistir à degradação do mercado para os produtos de louça de mesa e decoração, face à concorrência desleal de produtores de fora da Europa. Quer num caso quer no outro, tratou-se de dificuldades resultantes de factores que não dominamos e que provocaram abalos muito fortes na nossa estrutura produtiva com consequências que levaram ao encerramento de muitas empresas.

Quais são os principais desafios futuros?
Quanto aos principais desafios futuros, entendemos que há uns que são previsíveis e que têm a ver sobretudo com as mudanças que estão a acontecer quer ao nível da economia global, quer ao nível tecnológico sem esquecer o que se passa ao nível social, mas as maiores preocupações vão para os desafios imprevisíveis pois que não há forma de os antecipar e prevenir.


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