Há cinco anos em Portugal, a administradora da SIVA|PHS, Viktoria Kaufmann-Rieger, lidera uma das maiores referências do setor automóvel nacional, impulsionando a transformação sustentável e a inovação no mercado. Acredita que a adaptação às mudanças do setor e a aposta numa cultura organizacional forte são a chave para reforçar a confiança e o sucesso junto de clientes, parceiros e colaboradores.

Olhando para os últimos cinco anos da SIVA|PHS, o que destaca como as principais conquistas da empresa?

Nestes últimos cinco anos estivemos focados em ser pioneiros e em liderar esta transformação que o setor automóvel atravessa, investindo em inovação e sustentabilidade, com uma vasta oferta de veículos BEV & Plug-In, em conjunto com a gama de soluções Moon, que permite opções que vão desde sistemas fotovoltaicos, ao armazenamento doméstico e sistemas de carga. Em todas as nossas marcas – Volkswagen, Porsche, Audi, Seat, Skoda, Cupra, Volkswagen Veículos Comerciais e Bentley & Lamborghini – conseguimos registar um crescimento contínuo e sustentável nos últimos anos. Tudo isto acompanhado por um serviço de pós-venda cada vez mais robusto e de qualidade, atento às necessidades dos seus clientes.

Investimos em sistemas informáticos e de infraestrutura, trabalhando fortemente nos processos de qualidade com os parceiros estratégicos. E tivemos, desde o primeiro dia, um foco muito claro nas pessoas e na equipa da SIVA|PHS, onde efetuámos uma grande transformação na estrutura e organização. Promovemos ativamente uma cultura de confiança e transparência, na qual os nossos valores mostram todo um foco no empoderamento das pessoas e a diversidade das equipas. Esta transformação interna foi igualmente importante para o sucesso que obtivemos durante estes anos.

Quais são as principais transformações que a SIVA|PHS está a implementar para se adaptar às mudanças no setor automóvel em termos de sustentabilidade?

A sustentabilidade é um dos principais focos na SIVA|PHS, alinhada com a estratégia "Way to Zero" do Grupo Volkswagen, que visa alcançar a neutralidade carbónica até 2050 e que inclui a redução de 40% das emissões de CO2 por modelo na Europa até 2030, assim como um investimento significativo de 14 mil milhões de euros em descarbonização e mobilidade elétrica até 2025. Para além disso, estamos a modernizar as nossas operações e infraestruturas, implementando tecnologias sustentáveis, como painéis fotovoltaicos e carregadores elétricos nas nossas instalações, o que já nos permitiu reduzir a pegada carbónica em 123 toneladas de CO2 por ano. Estamos também a trabalhar na expansão da infraestrutura de carregamento em Portugal com a MOON Power, para facilitar a transição para veículos elétricos e temos as nossas marcas cada vez mais adaptadas a esta transição, através de uma vasta oferta de veículos BEV & Plug-In no nosso portfólio.

De que forma a SIVA|PHS está a abordar a questão do pós-venda para melhorar a experiência do cliente?

Na SIVA|PHS, o serviço pós-venda é visto como um pilar central da nossa estratégia para assegurar a plena satisfação dos nossos clientes. Queremos que o Customer Journey seja de tal forma excecional, que o cliente queira ficar sempre connosco dentro do nosso ecossistema, com um serviço pós-venda que, não só resolva de forma eficaz qualquer questão e seja conveniente para os nossos clientes, como também surpreenda pela qualidade e inovação dos nossos serviços. Há uma aposta na formação contínua das nossas equipas técnicas, assim como na oferta de serviços pós-venda, com várias soluções digitais avançadas e inéditas. Queremos assegurar que os nossos clientes se sentem em boas mãos com nossa rede de pós-venda.

Em relação aos veículos elétricos, consideram que as medidas de incentivo à compra destes veículos são suficientes?

Que mais poderia ser feito para promover esta transição? Embora os incentivos atuais à compra de veículos elétricos tenham contribuído para a sua adoção, consideramos que a expansão da infraestrutura de carregamento é essencial, tornando os carregadores rápidos tão acessíveis quanto os postos de gasolina, com uma rede densa e eficiente que cubra todas as áreas, urbanas e rurais. Promover a troca de veículos antigos por elétricos através de programas de abate com benefícios fiscais poderia ter um impacto significativo, ajudando a renovar o parque automóvel e a reduzir as emissões de CO2, enquanto tornaria a compra de um veículo elétrico uma escolha mais atraente e acessível para os consumidores.

Já que estamos a falar em mudanças comportamentais, pode falar-nos um pouco sobre o compromisso da SIVA|PHS com a formação e desenvolvimento das suas equipas?

Na SIVA|PHS, acreditamos que o desenvolvimento contínuo das nossas equipas é essencial para o nosso sucesso a longo prazo. Através da SIVA Academy, oferecemos uma vasta gama de cursos e programas de formação que cobrem áreas técnicas, de gestão e desenvolvimento pessoal. No último ano, disponibilizámos mais de 160 cursos e quase 40 mil horas de formação, permitindo que os colaboradores de toda a rede autorizada das nossas marcas se mantenham atualizados e preparados para enfrentar novos desafios. Estes programas de formação são desenhados para apoiar o crescimento profissional dos nossos colaboradores e para garantir que possuem as competências necessárias para contribuir para a inovação e eficiência da empresa. A transformação contínua é o que nos desafia a liderar e a reinventar o futuro!

Que futuro é esperado para o setor automóvel em Portugal?

O setor automóvel em Portugal é um pilar essencial da economia, desempenhando um papel significativo nas receitas fiscais do Estado, mas enfrenta desafios consideráveis que precisam ser abordados para assegurar um desenvolvimento sustentável e competitivo. O envelhecimento do parque automóvel é uma das questões mais urgentes. Para inverter esta situação, é crucial implementar políticas que incentivem a substituição de carros antigos por modelos mais novos e sustentáveis. Medidas como a criação de um programa de abate de veículos e a revisão das políticas fiscais relacionadas com a compra de novos carros poderiam acelerar a renovação da frota de forma sustentável.