Há 20 anos no mercado, a Companhia das Soluções tem uma equipa especializada em comunicação, com três grandes áreas de atuação: moda, beleza e lifestyle. Com larga experiência no setor, Sónia Pereira, a CEO & founder da empresa, explica nesta entrevista sobre a evolução das agências de comunicação e das marcas em que o digital terá um peso cada vez maior na atividade e apresenta-se como o grande desafio da área.
Como evoluiu a Companhia das Soluções nestes últimos anos?
A Companhia tem tido ao longo dos últimos anos um crescimento continuado do seu volume de negócios, procurando acompanhar as necessidades dos clientes e as exigências do mercado.
Quais os desafios de comunicação que se colocam às empresas em Portugal?
Assistimos a um mercado em constante mutação, o que exige às agências de comunicação uma enorme capacidade de reação e constante adaptação no imediato. Não se planeiam estratégias a médio/longo prazo, as variáveis de hoje não são as de amanhã e as estratégias de comunicação são cada vez mais integradas, digitais e complementares.
Que papel desempenha a agência de comunicação para responder a estes desafios?
Enquanto agência somos uma extensão da equipa dos nossos clientes, antecipamos necessidades, oferecemos soluções integradas numa estratégia global de comunicação assente em vários eixos, tais como assessoria de imprensa com showroom, marketing de influência, gestão de redes sociais e performance digital, desenvolvimento de websites, estratégia de e-commerce e organização de eventos.
Que mudanças houve nas agências de comunicação nos últimos anos que merecem destaque?
A grande mudança continua a ser a digitalização do consumidor, que depois se estende por todos os setores. Nas agências, sente-se uma grande necessidade de diversificação de serviços, nomeadamente, criação de conteúdos, marketing de influência, redes sociais, performance&digital, entre outros. Na Companhia das Soluções, fomos construindo os nossos próprios departamentos especializados nestas áreas, e acreditamos que é este o caminho.
De que forma a pandemia acelerou novas formas de comunicação das empresas com os seus clientes e públicos-alvo?
A pandemia veio revolucionar a forma como comunicamos, reforçando a importância da comunicação multicanal e de falarmos para os vários públicos de forma segmentada. Isto além da normalização de reuniões e eventos online e do reforço das redes sociais e do seu impacto.
Que diferenças existem entre uma comunicação B2B e uma B2C?
Acreditamos que o importante é termos os objetivos e as estratégias definidas de forma clara e objetiva, para serem implementadas, quer seja para B2B quer para B2C. As principais diferenças estarão nas plataformas e na linguagem de comunicação utilizada.
Quais as tendências de comunicação que vão marcar o futuro?
A tendência do digital será reforçada com um peso cada vez maior e o grande desafio será desenvolver estratégias de comunicação digitais criativas, humanizadas e empáticas (para não nos tornarmos reféns da performance digital). A aposta nos conteúdos, com destaque para conteúdos áudio e vídeo, o marketing de influência mais profissionalizado e objetivo, o recurso a colaborações e cocriações e a associação de marcas a causas sociais e ambientais são outras tendências que vão marcar 2022.
É possível continuar a crescer no mercado nacional?
Continuamos a acreditar no mercado nacional, nas suas especificidades face a outros países e no seu crescimento.
Quais os três clientes mais importantes/campanhas de comunicação que realizaram nos últimos dois anos?
Encaramos todos os nossos clientes com o mesmo grau de desafio e sentido de responsabilidade, pelo que não conseguimos destacar apenas três. Temos clientes que estão connosco há mais de duas décadas e com quem já desenvolvemos campanhas incríveis e outros com os quais vamos desenvolvendo ações mais exclusivas, mas altamente eficazes.
A Companhia das Soluções foi criada em 2002. Sónia Pereira e Rui Morgado são os sócios da agência de comunicação.
100 clientes ativos
32 empregados
2 milhões de euros de volume de negócios em 2021
10% é a estimativa de crescimento do volume de negócios para este ano