- Partilhar artigo
- ...
A transformação digital está a acontecer e há três vectores-chave que são incontornáveis nesta viagem transformacional: a mobilidade, a conectividade e a interoperabilidade. Assim sendo, uma estratégia bem delineada para a "cloud" deverá ter em atenção este trinómio, sempre interligado, pois só assim as empresas poderão tirar partido desta nova forma de acesso aos dados em benefício da eficiência e da competitividade.
E nesta jornada todos os fornecedores concordam que não faz sentido uma abordagem "one size fits all". Antes de tudo, as empresas deverão conhecer-se internamente a 100% e perceber que a estratégia de evolução para a "cloud" é essencial, mas que não tem de ser encarada como um exercício complexo ou longo, incompatível com os seus "deadlines" de gestão ou "reporting".
Embora quase sete em cada 10 organizações (68%) já utilizem algum tipo de "cloud", apenas 31% alcançaram um certo nível de maturidade (com estratégias de "cloud" replicáveis, optimizadas ou geridas) para maximizar o seu valor, ao passo que só três em cada 10 contam com uma estratégia optimizada para obter mais benefícios empresariais. Esta é a principal conclusão do estudo global "Cloud Going Mainstream: All Are Trying, Some Are Benefiting; Few Are Maximing Value" levado a cabo pela International Data Corporation (IDC) e patrocinado pela Cisco.
DevOps marca pontos
A adopção da "cloud" aumentou 61% relativamente ao ano passado, quando a IDC apresentou a primeira edição deste relatório. A IDC identifica cinco níveis de maturidade: "ad hoc", oportunistas, replicáveis, geridas e optimizadas. Cerca de 68% das empresas consultadas utilizam algum tipo de aplicação na "cloud" (aumento de 61% face a 2015), mas apenas 31% têm estratégias de adopção maduras ou avançadas (replicáveis, geridas ou optimizadas) face a estratégias "ad hoc" e oportunistas. Por fim, 22% precisam ainda de estratégia.
As empresas deverão conhecer-se internamente a 100% e perceber que a estratégia de evolução para a "cloud" é essencial.
As organizações com estratégias de "cloud" mais maduras caracterizam-se por uma cultura de integração de desenvolvimento e operações ou DevOps (80% das organizações com estratégias optimizadas face a 7% das organizações em regime "ad hoc"), além da grande aposta em ambientes "cloud" de vários fornecedores em função da localização, políticas e princípios de governança (84% contra 40% respectivamente); arquitecturas de microsserviços para desenvolver aplicações "cloud" (79% face a 9% respectivamente) e contentores ou Docker (66% face a 20%, respectivamente).
Ciclos de investimento alinhados
Está claro que é necessário existir uma adequação correcta da aplicação ou serviço, o que leva a mudanças muitas vezes radicais na arquitectura das aplicações. Manuel Piló, "business development - cloud and managed services" na Cisco Portugal, explica que na perspectiva do desenvolvimento aplicacional, as tecnologias de "cloud" estão muitas vezes associadas aos processos de DevOps e Agile, que são também eles mudanças transformacionais nos tradicionais modelos de desenvolvimento (conhecidos por Waterfall). De acordo com este responsável, estes novos modelos permitem um desenvolvimento contínuo e rápido de forma a dar resposta às necessidades imediatas do mercado. "Exemplos como o Facebook ou o Google estão continuamente a fazer evoluções às plataformas disponibilizadas, tirando partido destes modelos de Agile", sustenta o especialista.
No entanto, a renovação da aplicação com serviços mais ágeis como PaaS ou SaaS está, por vezes, alinhada com os ciclos de investimento do cliente que aguarda que a aplicação atinja o final da sua vida útil para então fazer sentido renovar ou redesenhar. Excepções a este padrão são aquelas aplicações que, por imperativos de competitividade, regulatórios ou de revisão de estratégia, necessitam de alterações mais urgentes. Também assistimos a exemplos em que existe uma utilização combinada de PaaS/SaaS e IaaS. No entender do director da unidade de "cloud" e "data center" na Microsoft Portugal, as componentes com menor dificuldade "mudam rapidamente para os novos modelos enquanto o 'legacy' pode ficar em IaaS, não exigindo alterações na aplicação".
Relativamente a barreiras para conseguir maior nível de maturidade, o relatório assinala ainda a falta de pessoal especializado, a falta de estratégia e um plano bem definidos, estruturas de organização desfasadas ou desconectadas e a falta de alinhamento entre o departamento de TI e as Linhas de Negócio (LoBs).
E nesta jornada todos os fornecedores concordam que não faz sentido uma abordagem "one size fits all". Antes de tudo, as empresas deverão conhecer-se internamente a 100% e perceber que a estratégia de evolução para a "cloud" é essencial, mas que não tem de ser encarada como um exercício complexo ou longo, incompatível com os seus "deadlines" de gestão ou "reporting".
Embora quase sete em cada 10 organizações (68%) já utilizem algum tipo de "cloud", apenas 31% alcançaram um certo nível de maturidade (com estratégias de "cloud" replicáveis, optimizadas ou geridas) para maximizar o seu valor, ao passo que só três em cada 10 contam com uma estratégia optimizada para obter mais benefícios empresariais. Esta é a principal conclusão do estudo global "Cloud Going Mainstream: All Are Trying, Some Are Benefiting; Few Are Maximing Value" levado a cabo pela International Data Corporation (IDC) e patrocinado pela Cisco.
DevOps marca pontos
A adopção da "cloud" aumentou 61% relativamente ao ano passado, quando a IDC apresentou a primeira edição deste relatório. A IDC identifica cinco níveis de maturidade: "ad hoc", oportunistas, replicáveis, geridas e optimizadas. Cerca de 68% das empresas consultadas utilizam algum tipo de aplicação na "cloud" (aumento de 61% face a 2015), mas apenas 31% têm estratégias de adopção maduras ou avançadas (replicáveis, geridas ou optimizadas) face a estratégias "ad hoc" e oportunistas. Por fim, 22% precisam ainda de estratégia.
As empresas deverão conhecer-se internamente a 100% e perceber que a estratégia de evolução para a "cloud" é essencial.
As organizações com estratégias de "cloud" mais maduras caracterizam-se por uma cultura de integração de desenvolvimento e operações ou DevOps (80% das organizações com estratégias optimizadas face a 7% das organizações em regime "ad hoc"), além da grande aposta em ambientes "cloud" de vários fornecedores em função da localização, políticas e princípios de governança (84% contra 40% respectivamente); arquitecturas de microsserviços para desenvolver aplicações "cloud" (79% face a 9% respectivamente) e contentores ou Docker (66% face a 20%, respectivamente).
Ciclos de investimento alinhados
Está claro que é necessário existir uma adequação correcta da aplicação ou serviço, o que leva a mudanças muitas vezes radicais na arquitectura das aplicações. Manuel Piló, "business development - cloud and managed services" na Cisco Portugal, explica que na perspectiva do desenvolvimento aplicacional, as tecnologias de "cloud" estão muitas vezes associadas aos processos de DevOps e Agile, que são também eles mudanças transformacionais nos tradicionais modelos de desenvolvimento (conhecidos por Waterfall). De acordo com este responsável, estes novos modelos permitem um desenvolvimento contínuo e rápido de forma a dar resposta às necessidades imediatas do mercado. "Exemplos como o Facebook ou o Google estão continuamente a fazer evoluções às plataformas disponibilizadas, tirando partido destes modelos de Agile", sustenta o especialista.
No entanto, a renovação da aplicação com serviços mais ágeis como PaaS ou SaaS está, por vezes, alinhada com os ciclos de investimento do cliente que aguarda que a aplicação atinja o final da sua vida útil para então fazer sentido renovar ou redesenhar. Excepções a este padrão são aquelas aplicações que, por imperativos de competitividade, regulatórios ou de revisão de estratégia, necessitam de alterações mais urgentes. Também assistimos a exemplos em que existe uma utilização combinada de PaaS/SaaS e IaaS. No entender do director da unidade de "cloud" e "data center" na Microsoft Portugal, as componentes com menor dificuldade "mudam rapidamente para os novos modelos enquanto o 'legacy' pode ficar em IaaS, não exigindo alterações na aplicação".
Relativamente a barreiras para conseguir maior nível de maturidade, o relatório assinala ainda a falta de pessoal especializado, a falta de estratégia e um plano bem definidos, estruturas de organização desfasadas ou desconectadas e a falta de alinhamento entre o departamento de TI e as Linhas de Negócio (LoBs).
Vantagens crescem com a maturidade Quanto maior o nível de maturidade da "cloud", melhores os resultados empresariais, incluindo um maior crescimento das receitas e assim uma atribuição mais estratégica dos orçamentos de TI bem como as vantagens tácticas - entre as quais custos de TI mais reduzidos, menor tempo de fornecimento para serviços de TI e uma maior capacidade para cumprir os Service Level Agreements (SLA). No estudo global "Cloud Going Mainstream: All Are Trying, Some Are Benefiting; Few Are Maximing Value", percebe-se que organizações com estratégias optimizadas também são muito mais propensas a utilizar a "cloud" privada ou híbrida para IoT. Três em cada 10 organizações (29%) que adoptaram a "cloud" utilizam aplicações de IoT baseadas nesta plataforma, número que aumenta para 62% no caso das organizações com estratégia mais avançada. Com a consolidação de utilização desmistifica-se também a questão de segurança da "cloud", que muitas vezes fez estagnar os projectos. Segundo a Gartner, em 2020, 95% das falhas de segurança serão causadas por falhas no cliente, o que já acontece ao nível a segurança tradicional de TI.