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Portugueses cépticos e pouco colaborativos

Mesmo tendo na sabedoria popular o ditado "a união faz a força", os portugueses mostram-se pouco receptivos a trocarem ideias ou experiências entre si, mesmo em situações em que os ganhos são notoriamente relevantes.

Negócios 29 de Setembro de 2016 às 11:07
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Na "cloud", como em muitas outras áreas, juntar um grupo de portugueses à mesma mesa em fóruns de discussão ou simplesmente grupos com interesses comuns é ainda uma situação pouco comum. Com um tecido empresarial fortemente assente em pequenas e médias empresas, muitas com gestão familiar, o segredo parece continuar a ser a alma do negócio e partilhar não é tido como um bom princípio concorrencial. Mas o facto é que o mundo está a mudar e se a Europa dá o exemplo de partilha com múltiplas iniciativas em que também os portugueses ganham, e muitos sectores já o fazem em "clusters" sectoriais estratégicos, porque não encontram os gestores portugueses pontos de interesse na "cloud" e procuram complementá-los com outras visões ou interesses?
cotacao Em conjunto é possível acelerar a adopção da 'cloud' pelo mercado empresarial privado e pelo sector público em Portugal. Jorge Queiroz Machado CEO da ITEN e membro do "advisory board" do Cloud 28+ 
António Miguel Ferreira, "managing director" da Claranet Portugal, garante que em conjunto é possível acelerar a adopção da "cloud" pelo mercado empresarial privado e pelo sector público em Portugal, mas assume que "não há massa crítica para este tipo de iniciativas a nível nacional". Além de participar nos fóruns de discussão e acompanhar os temas europeus relacionados com a "cloud", nomeadamente através da sua inclusão no consórcio Cloud 28+, António Miguel Ferreira admite participar em outros grupos que discutem estas temáticas da nuvem com alguns dos seus principais clientes a nível europeu. "Reunimos anualmente, num fórum chamado de Customer Advisory Board e os temas discutidos no último evento, em Março, foram sobretudo 'cloud', automação e segurança", sustentou o responsável.

Por sua vez, Jorge Queiroz Machado, CEO da ITEN e membro do "advisory board" do Cloud 28+, dá conta da existência de várias iniciativas e grupos de discussão em torno da "cloud" e da "digital transformation", mas explica que estes não existem no sentido de promover a oferta nacional já existente ou na transformação de serviços e aplicações portuguesas para modelos "cloud" que lhes permitam entrar no "single market place" europeu, o que na sua opinião "traria um enorme contributo".



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