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Yellen: controlar a inflação é controlar a pandemia
Yellen admitiu existirem muitos trabalhadores ainda receosos por regressarem aos locais de trabalho, por medo de contágio com a covid-19, e reconheceu existirem mudanças na procura de bens associadas ao confinamento e ao trabalho remoto.
14 de Novembro de 2021 às 21:05
A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, afirmou este domingo que só será possível controlar a inflação se se controlar a pandemia de covid-19. "A pandemia está a dar cartas na economia e na inflação", afirmou Yellen no programa televisivo "Face The Nation", da CBS.
"E se quisermos reduzir a inflação, acho que continuar a fazer progressos contra a pandemia é a coisa mais importante que podemos fazer", atirou a responsável pelo Tesouro norte-americano. As declarações de Yellen surgem numa altura em que os preços nos EUA atingem máximos e em que a administração Biden tenta evitar que a inflação seja um travão à recuperação económica. O índice de preços aos consumidor situou-se em 6,2% em outubro, nos Estados Unidos, numa evolução crescente que representa a subida mais rápida desde a década de 90.
Na entrevista ao canal televisivo, Yellen admitiu existirem muitos trabalhadores ainda receosos por regressarem aos locais de trabalho, por medo de contágio com a covid-19, e reconheceu existirem mudanças na procura de bens associadas ao confinamento e ao trabalho remoto. Ainda assim, a responsável do Tesouro norte-americano afirmou acreditar que os picos de preços em bens como carros usados ou combustíveis deverão desaparecer até meados do próximo ano, se a pandemia for controlada.
Curiosamente, Yellen admitiu também que a remoção das tarifas comerciais às importações chinesas "faria alguma diferença" no que toca à inflação. "As tarifas tendem a aumentar os preços internos", explicou, adiantando depois que a representante comercial dos EUA Katherine Tai estaria a "revisitar" o acordo comercial com Pequim. Aliás, esta segunda-feira o presidente norte-americano Joe Biden e o homólogo chinês Xi Jinping reúne-se numa cimeira virtual que deverá abordar a questão das tarifas.
Janet Yellen recusou-se apenas a comentar se apoiaria a recondução de Jerome Powell para mais um mandato à frente da reserva Federal. "O que é importante é que o presidente Biden escolha alguém que seja experiente e confiável e que haja uma variedade de candidatos.
"E se quisermos reduzir a inflação, acho que continuar a fazer progressos contra a pandemia é a coisa mais importante que podemos fazer", atirou a responsável pelo Tesouro norte-americano. As declarações de Yellen surgem numa altura em que os preços nos EUA atingem máximos e em que a administração Biden tenta evitar que a inflação seja um travão à recuperação económica. O índice de preços aos consumidor situou-se em 6,2% em outubro, nos Estados Unidos, numa evolução crescente que representa a subida mais rápida desde a década de 90.
Curiosamente, Yellen admitiu também que a remoção das tarifas comerciais às importações chinesas "faria alguma diferença" no que toca à inflação. "As tarifas tendem a aumentar os preços internos", explicou, adiantando depois que a representante comercial dos EUA Katherine Tai estaria a "revisitar" o acordo comercial com Pequim. Aliás, esta segunda-feira o presidente norte-americano Joe Biden e o homólogo chinês Xi Jinping reúne-se numa cimeira virtual que deverá abordar a questão das tarifas.
Janet Yellen recusou-se apenas a comentar se apoiaria a recondução de Jerome Powell para mais um mandato à frente da reserva Federal. "O que é importante é que o presidente Biden escolha alguém que seja experiente e confiável e que haja uma variedade de candidatos.