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Valor aplicado em depósitos cai pelo quarto mês

As baixas taxas de juro estão a reflectir-se numa menor aposta em depósitos. O montante global acumulado nestes produtos caiu para 142,16 mil milhões de euros, em Novembro. Mais de 30% do total está à ordem.

Reuters
29 de Dezembro de 2016 às 11:28
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Os depósitos são o produto preferido dos portugueses para poupar, mas as baixas remunerações oferecidas estão a levar os portugueses a reduzir a aposta nestes produtos. E, à semelhança do que aconteceu nos três meses anteriores, o valor aplicado em depósitos voltou a baixar em Novembro, mantendo-se em mínimos de Maio. Já os depósitos à ordem continuam a crescer.

As famílias mantinham, no final do mês passado, 142.163 milhões de euros aplicados em depósitos, um valor inferior aos 142.994 milhões acumulados em "stock" nestes produtos de poupança, segundo os dados divulgados pelo Banco Central Europeu (BCE). Esta tem sido a tendência registada nos últimos meses, com os portugueses a procurarem outras alternativas de poupança, face às baixas taxas de juro oferecidas pelos bancos.

A taxa de juro média dos depósitos caiu, em Outubro, para um novo mínimo histórico, nos 0,34%, num momento em que as taxas de curto prazo permanecem em valores negativos na Europa e a taxa de referência do BCE é zero. Entre os grandes bancos nacionais, a maioria já está a dar zero nos depósitos.

O BPI, primeiro a dar zero nos depósitos a um ano, tem sido seguido por outros bancos. Entre os grandes bancos, CGD, Santander e BCP não dão mais do que 0,05% nos produtos até 12 meses. Já o Deutsche Bank remunera 0,01% até um ano, mas só para quem depositar mais de 5.000 euros.

Mais de 30% à ordem

Perante esta situação, são cada vez mais os que preferem deixar o dinheiro "estacionado" nos depósitos à ordem, privilegiando a liquidez do capital e à espera de soluções mais atractivas. No final de Novembro, os portugueses mantinham 42.827 milhões de euros à ordem, mais 261 milhões de euros que no mês anterior.

O peso destes depósitos à ordem volta, assim, a atingir um novo recorde no valor acumulado nestes produtos. Representa já 30,1% do "stock" em depósitos, uma percentagem superior aos 29,8% registados em Outubro. E, tendo em conta as remunerações, esta tendência poderá continuar a aumentar nos próximos meses.

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