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Seguros de vida “ganham” com travão nos juros dos depósitos em Espanha
O travão nos juros dos depósitos em Espanha está a canalizar as poupanças para os seguros de vida, avança o “Cinco Días”.
A procura de produtos alternativos aos depósitos que ofereçam remunerações atractivas levou as instituições financeiras espanholas a aumentarem a ofertas de seguros de vida. A decisão do Banco de Espanha de agravar os requisitos de capital para os bancos que ofereçam depósitos com uma rendibilidade elevada justifica este comportamento.
O regulador espanhol colocou como barreira os 1,75% na remuneração de depósitos com o prazo de até um ano, 2,25% entre um e dois anos e de 2,75% para os produtos com um prazo superior.
O “Cinco Días” explica que o veto aos chamados “superdepósitos”, decretado em Janeiro, justifica que a adesão aos seguros desenhados com vista à poupança tenha registado um forte crescimento.
O jornal espanhol fala mesmo de um “boom” na comercialização de produtos por parte dos bancos e seguradoras que são designados como seguros de vida-poupança.
A Mutia Madrileña é uma das seguras que melhor reflecte esta tendência que viu duplicar o volume de prémios sob gestão em seguros de vida, para os 109 milhões de euros. “A queda da rentabilidade dos depósitos a prazo justifica, em parte, a transferência de investidores com prazo fixo para produtos de vida-poupança”, explica a empresa ao “Cinco Días”.
Desta mesma instituição, por exemplo, o Plan Ahorro Garantia, que garante a totalidade do capital, oferece uma rentabilidade fixa durante toda a vida do produto de 2,5%, além de uma participação nos ganhos proporcionados pela carteira associada ao seguro.