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Powell garante que a Fed não vai hesitar em apertar mais se necessário

O presidente do banco central dos Estados Unidos advertiu que não é claro que o caminho esteja concluído para levar a inflação de volta à meta de 2%.

Reuters
09 de Novembro de 2023 às 19:43
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A Reserva Federal dos EUA pode inverter o caminho e voltar a apertar ainda mais a política monetária caso seja necessário. A hipótese é admitida pelo presidente do banco central norte-americano, Jerome Powell, esta quinta-feira, numa sessão de perguntas e respostas que ficou marcada por protestos de manifestantes pelo clima que interromperam o discurso.

"Se se tornar apropriado apertas mais as políticas, não hesitaremos em fazê-lo", disse Powell, na abertura da conferência do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington. "Vamos continuar a mover-nos cuidadosamente, mas permitindo-nos afastar o risco de sermos erradamente conduzidos por alguns bons meses de dados e o risco de apertarmos demasiado".

No último encontro, a 1 de novembro, o Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC na sigla em inglês) decidiu manter inalterado o intervalo dos juros diretores entre 5,25% e 5,5%. Justificou a decisão com os mais recentes indicadores económicos no país e os "traders" começaram a sinalizar esperar que o ciclo de subidas tenha chegado ao fim e que a primeira descida de juros aconteça no início do próximo ano.

Para determinar o grau de aperto monetário adicional apropriado para que a inflação volte à meta de 2%, os decisores norte-americanos explicaram então que teriam em conta a restritividade cumulativa da política monetária, os desfasamentos com que a política monetária afeta a atividade económica e a inflação, bem como a evolução económica e financeira.

Uma semana depois, Powell clarifica que, neste momento, não é claro quanto mais progressos serão conseguidos na inflação. "No futuro, poderá acontecer que uma grande parcela dos progressos na redução da inflação tenham de vir das restrições causadas pelo aperto na política monetária ao crescimento agregado da procura", referiu.

Logo após ter começado a falar, Powell foi retirado da sala, de acordo com a Bloomberg. Um grupo de uma dúzia de manifestantes pelo clima saltaram para o palco a cantar e a segurar uma faixa, tendo ficado durante cerca de cinco minutos. Já a 19 de outubro tinha acontecido um protesto semelhante no Clube Económico de Nova Iorque, durante um discurso do presidente da Fed.
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