Notícia
Pico mais elevado das taxas da Fed pode pôr mercados emergentes em maus lençóis
As economias dos mercados emergentes poderão ser as que mais vão sofrer com o endurecimento da Reserva Federal dos EUA. Contudo, a reabertura da China poderá dar alívio aos maiores países deste bloco.
Os mercados emergentes podem estar em maus lençóis se a Reserva Federal (Fed) continuar a endurecer a sua política monetária. O aumento das taxas de juro é, no entanto, muito provável e pode dar lugar ao enfraquecimento do produto interno bruto (PIB) global, o que normalmente afeta mais estas economias. O golpe poderá ser amortecido, no entanto, nos maiores países emergentes e com mais exposição à China.
Depois de a Reserva Federal ter diminuído o ritmo da subida das taxas de juro nas duas reuniões anteriores, o seu presidente, Jerome Powell, não pôs de lado a hipótese de o ritmo acelerar novamente, com a inflação a voltar a assombrar a instituição financeira, deixando a possibilidade de que o pico da taxa diretora seja mais elevado do que o esperado. Os investidores apostam agora em 6%.
"O risco de haver uma atualização da taxa final da Fed para 6% num curto período de tempo é uma resposta à inflação persistente que está bem acima da meta [da Fed], num ambiente de enfraquecimento do crescimento do PIB", segundo o economista de mercados emergentes, Satyam Panday, citado pela Reuters.
O elevado ritmo, por sua vez, poderá deixar os investidores céticos quanto a ações, obrigações e moedas de economias emergentes, que tendem a desvalorizar com o aumento das taxas de juro. Aumento esse, que está a provocar o abrandamento da economia global, o que normalmente afeta mais economias mais débeis.
"A Fed a aproximar-se dos 6% iria testar firmemente os limites dos ativos dos mercados emergentes", revelou o estratega do UBS Manik Narain, numa nota citada pela Reuters, prevendo que a rupia da Índia, o yuan da China e os pesos filipinos e chilenos poderiam enfraquecer até 5% se a Fed o fizer.
Mas os maiores países - como o Chile, Índia, Polónia, República Checa e Hungria -, ainda podem ter uma escapatória. Embora seja muito provável que sejam afetados, a reabertura da China pode dar-lhes algum alívio, uma vez que o gigante asiático é responsável por quase um terço no índice de ações de mercados emergentes e tem quase 5% no índice de dívida de divisas emergentes, o que dá apoio à classe de ativos.
Depois de a Reserva Federal ter diminuído o ritmo da subida das taxas de juro nas duas reuniões anteriores, o seu presidente, Jerome Powell, não pôs de lado a hipótese de o ritmo acelerar novamente, com a inflação a voltar a assombrar a instituição financeira, deixando a possibilidade de que o pico da taxa diretora seja mais elevado do que o esperado. Os investidores apostam agora em 6%.
O elevado ritmo, por sua vez, poderá deixar os investidores céticos quanto a ações, obrigações e moedas de economias emergentes, que tendem a desvalorizar com o aumento das taxas de juro. Aumento esse, que está a provocar o abrandamento da economia global, o que normalmente afeta mais economias mais débeis.
"A Fed a aproximar-se dos 6% iria testar firmemente os limites dos ativos dos mercados emergentes", revelou o estratega do UBS Manik Narain, numa nota citada pela Reuters, prevendo que a rupia da Índia, o yuan da China e os pesos filipinos e chilenos poderiam enfraquecer até 5% se a Fed o fizer.
Mas os maiores países - como o Chile, Índia, Polónia, República Checa e Hungria -, ainda podem ter uma escapatória. Embora seja muito provável que sejam afetados, a reabertura da China pode dar-lhes algum alívio, uma vez que o gigante asiático é responsável por quase um terço no índice de ações de mercados emergentes e tem quase 5% no índice de dívida de divisas emergentes, o que dá apoio à classe de ativos.