Como o nome indica, trata-se de um financiamento de montantes reduzidos, mas apresenta condições mais vantajosas do que o crédito tradicional. E pode encontrar várias opções, junto da banca e de associações.

O microcrédito funciona como alternativa ao crédito tradicional que, nos últimos anos, se tornou mais difícil e caro. E apresenta condições mais vantajosas, nomeadamente no que se refere à taxa de juro, prazos de reembolso e garantias associadas. Alguns bancos disponibilizam esta solução autonomamente, como é o caso do BES, BCP, CGD e Montepio.

Nas soluções de microcrédito, a taxa de juro resulta da soma da Euribor (a três, seis ou 12 meses) a um "spread" que pode ir dos 1,7% aos 6%. Os bancos disponibilizam também soluções em parceria com a Santa Casa da Misericórdia, a Associação Nacional de Jovens Empresários e a Associação Nacional de Direito ao Crédito (ANDC). O BPI e o Crédito Agrícola apresentam soluções em parceria com algumas destas instituições.

A ANDC tem protocolos com cinco instituições financeiras. O montante mínimo de financiamento é de mil euros. Já o mais elevado é de 15 mil euros, sendo atribuídos 12,5 mil euros no início do primeiro ano e o valor restante no início do segundo. Os prazos do crédito variam entre os 48 e os 60 meses.

Além disso, está em vigor, desde 2010, o Programa Nacional de Microcrédito, desenvolvido pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), em parceria com a Cooperativa António Sérgio para a Economia Social (CASES). Este programa lançado pelo Governo não exige que seja apresentado um fiador, uma vez que o empréstimo é garantido pelas Sociedades Portuguesas de Garantia Mútua. A linha de crédito Microinvest dirige-se a desempregados e jovens até aos 35 anos à procura do primeiro emprego.

Esta linha financia ideias de negócio até um máximo de 20 mil euros, com um prazo de reembolso de cinco anos. A taxa de juro fixada resulta da soma da Euribor a um mês e 0,25%, com taxa mínima de 1,5% e máxima de 3,5%.