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Juros portugueses sobem pela segunda sessão consecutiva após dados económicos
As obrigações portuguesas estão a desvalorizar no mercado secundário levando os juros da dívida a subir pela segunda sessão consecutiva. Investidores estão a reduzir exposição às obrigações das economias periféricas depois de dados mensais da actividade na indústria e serviços da Zona Euro.
Os juros da dívida pública portuguesa estão a acompanhar a tendência de subidaque se verifica nas economias da periferia da Zona Euro nesta quinta-feira e sobem pela segunda sessão consecutiva. A contribuir está a divulgação de um indicador de actividade na indústria e serviços, indicando um abrandamento do ritmo de crescimento em Fevereiro.
Apesar da subida, a taxa implícita das obrigações portuguesas a 10 anos permanecem abaixo dos 5%, fasquia que quebrou no passado 14 de Fevereiro, segundo as taxas genéricas da Bloomberg. A tendência de subida é idêntica à das restantes maturidades, com a “yield” a cinco anos a subir 5,2 pontos base para 3,830% e 5,4 pontos base para 2,390% no prazo de dois anos.
As obrigações de Itália a 10 anos também estão a desvalorizar pela segunda sessão consecutiva no mercado secundário, levando a taxa de juro implícita a subir quatro pontos base para 3,63%. Nos títulos de Espanha, a subida dos juros é de cinco pontos base para 3,61%, segundo a Bloomberg.
As subidas ocorrem num dia em que foi divulgado o indicador da actividade na indústria e serviços, medido pela Markit Economics através de inquéritos aos gestores de compras de empresas. A descida foi de 52,9 para 52,7 pontos entre Janeiro e Fevereiro, indicando um abrandamento do crescimento da actividade inesperado. Os economistas apontavam para um crescimento para 53,1 pontos, segundo a agência Bloomberg.