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Juros da dívida portuguesa recuam na generalidade dos prazos

Os juros associados à dívida portuguesa estão a cair em quase todas as maturidades, acompanhando o sentimento que predomina entre os restantes países periféricos.

Bruno Simão/Negócios
24 de Junho de 2014 às 10:19
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Os juros da dívida pública portuguesa estão em queda esta terça-feira, 24 de Junho, em todas as maturidades, à excepção dos títulos a dois anos. Portugal acompanha, assim, os restantes países periféricos, onde a tendência também é de alívio. A queda dos juros reflecte uma subida do preço das obrigações, que pode sinalizar um maior apetite dos investidores por este tipo de activos.

 

De acordo com as taxas genéricas da Bloomberg, a "yield" associada aos títulos a dez anos, o prazo de referência, desce 4,1 pontos base para 3,467%, enquanto os juros da dívida a cinco anos descem 3,1 pontos-base para 2,253%. A maturidade a dois anos é a excepção, estando a "yield" associada a estes títulos a subir 0,6 pontos-base para 0,888%.

 

Em Espanha e Itália, a tendência é semelhante. Os juros da dívida espanhola a dez anos caem 2,7 pontos base para 2,662%, enquanto a "yield" associada à dívida italiana, no mesmo prazo, diminuem 1,8 pontos base para 2,883%.

 

Em sentido contrário seguem os títulos de dívida alemã, as chamadas bunds que, muitas vezes, funcionam como um activo de refúgio para os investidores, evoluindo em sentido contrário ao dos restantes mercados obrigacionistas europeus. Os juros da dívida alemã a dez anos registam uma subida muito ligeira de 0,1 pontos base para 1,323%, enquanto no prazo a cinco anos, avançam 0,4 pontos-base para 0,390%.

 

Com a alta da "yield" das bunds, o "spread" da dívida portuguesa está a baixar 3,9 pontos-base na sessão desta terça-feira, para 212,4 pontos. Este "spread", ou prémio de risco, mede o preço exigido pelos investidores para comprarem dívida portuguesa em detrimento da alemã.

 

Os juros da dívida dos países periféricos têm seguido uma tendência maioritariamente descendente nos últimos meses, impulsionada, recentemente, pelas decisões dos maiores bancos centrais do mundo. No início de Junho, o BCE desceu a taxa de juro de referência para a Zona Euro de 0,25% para 0,15% e colocou a taxa de depósitos em -0,10%, o que significa que os bancos que colocarem depósitos junto da autoridade monetária terão de pagar um juro.

 

Também a Reserva Federal norte-americana anunciou que vai manter por um "período de tempo considerável" o custo do dinheiro no valor mais baixo de sempre. 

 

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