Os juros implícitos na dívida pública a 10 anos recuaram, esta sexta-feira, 6,6 pontos base para 6,448%, segundo as taxas genéricas da Bloomberg para o mercado secundário. Contudo, as taxas a 10 anos sobem há seis semanas consecutivas, naquela que é a maior série de ganhos semanais desde Junho de 2011. No acumulado do mês, a taxa implícita aumentou 84 pontos base.

Nas restantes maturidades, a sessão também foi de descida com a taxa a dois anos a recuar 1,2 pontos base para 3,473%. No prazo de cinco anos, a descida foi de 9,4 pontos base para 5,266%.

A taxa das obrigações com prazo de 10 anos terminaram a semana abaixo da fasquia de 6,5% pela primeira vez em cinco sessões. A descida dos juros ocorreu num dia em que Mario Draghi terá pedido à sua equipa para que estudasse formas de promover a recuperação da economia da Zona Euro, segundo notícia avançada pelo Seuddeutsche Zeitung.

A dívida de Itália e de Espanha também recuperou, levando os juros implícitos nos títulos a descerem oito e 15 pontos base, respectivamente.

Também a promover a subida dos juros nas economias periféricas está a declaração do membro da Fed, Jeremy Stein, que afirmou que a autoridade monetária dos EUA não sinalizou uma alteração da política com a sugestão de que pretende reduzir o pacto de compras de obrigações.

"Tem havido um fluxo de comentários de bancos centrais que procuram transmitir segurança de que não haverá retirada de liquidez num futuro próximo", observou o estratega do Bayerische Landesbank, Marius Daheim, à Bloomberg. "Isso é o que os mercados estão a escutar neste momentos", concluiu.